STM mantém condenação de falsa filha de expedicionário da 2ª Guerra que recebeu R$ 3,7 mi

Política
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Os ministros do Superior Tribunal Militar mantiveram a condenação de uma mulher de 55 anos que recebeu quase R$ 4 milhões, ao longo de 30 anos, após falsificar uma certidão de nascimento e se passar por "filha" de um expedicionário da 2ª Guerra Mundial, integrante da Força Expedicionária Brasileira, um pracinha. FULANA DE TAL, a falsa pensionista, foi condenada a três anos e três meses de reclusão e a ressarcir R$ 3.723.344,07 aos cofres públicos. O Estadão busca contato com a defesa. O espaço está aberto.

 

Por unanimidade, o colegiado confirmou decisão de primeira instância da Justiça Militar da União, em Campo Grande, que havia acolhido a denúncia por estelionato. O juiz responsável pela sentença, Luciano Coca Gonçalves, não reconheceu o direito da mulher à suspensão condicional da pena - quando alguém escapa da prisão por se comprometer com outras medidas - em razão da "longa duração da fraude, o prejuízo de mais de R$ 3,7 milhões ao erário e a resistência da ré em cessar a conduta ilícita, mesmo após alertas de seu marido".

 

No STM, o relator do caso foi o ministro relator Odilson Sampaio Benzi. O julgamento teve início em setembro, quando o ministro Artur Vidigal de Oliveira pediu mais tempo para analisar o caso. Agora, ele acompanhou o voto do relator, confirmando por unanimidade a condenação da mulher

 

Segundo a denúncia do Ministério Público Militar, a fraude teve início em 17 de outubro de 1988 e foi descoberto e cessado em 31 de maio de 2022. A Procuradoria sustentou que o esquema foi articulado pela avó da ré, que era irmã e procuradora do veterano. Ela só não foi denunciada porque morreu em maio de 2022.

 

O Ministério Público Militar narra que a mulher percebeu que a pensão do irmão, que não tinha filhos ou dependentes, seria extinta após sua morte e por isso armou um plano para manter o benefício na família. Ela decidiu, em 1986, registrar a neta - à época com 15 anos - como filha do veterano. Avó e neta combinaram que parte da pensão seria repassada à mulher.

 

A acusação narra como a dupla foi até o cartório e alterou o nome e a data de nascimento da menor, registrada como filha do pensionista. A anotação foi feita no Cartório Santos Pereira, em Campo Grande, no dia 25 de setembro de 1986. Em seguida, foram expedidos o RG e o CPF da então adolescente, com informações falsas.

 

Dois anos após a fraude, o tio-avô da menina morreu e a avó pediu à Administração Militar a habilitação da pensão em nome da suposta "filha" e única herdeira.

 

Em 1989 a moça passou a receber integralmente os proventos correspondentes ao posto de segundo-sargento.

 

A fraude só foi descoberta em dezembro de 2021, quando a avó, "insatisfeita com os valores repassados pela neta, denunciou o caso à Polícia Civil e ao Exército". A mulher revelou que a pensionista era sobrinha-neta do militar falecido e usava um nome falso.

 

O Exército abriu um Inquérito Policial Militar que confirmou a irregularidade e interrompeu os pagamentos. Em interrogatório, a acusada confessou que usava o nome falso para receber a pensão e admitiu que sabia não ter direito ao benefício. Ela também relatou que dividia o valor com a avó, que "ameaçava denunciá-la sempre que não recebia o montante acordado".

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A Força Aérea de Israel voltou a bombardear alvos da milícia xiita Hezbollah no Líbano nos últimos dois dias, menos de uma semana depois de acordarem um cessar-fogo de dois meses. Os bombardeios aconteceram no domingo, 1º, e na segunda, 2, e mataram nove pessoas, de acordo com as autoridades libanesas.

Tanto Israel quanto o Hezbollah se acusam de descumprir o acordo de trégua. A milícia também fez ataques na segunda-feira, alegando "resposta defensiva" aos bombardeios que Israel realizou no domingo.

O Exército de Israel afirmou que os ataques de domingo, que não deixaram vítimas, foram uma ação preventiva para evitar ofensivas do Hezbollah. A milícia, no entanto, atacou no dia seguinte a região do Monte Dov com dois mísseis e provocou a resposta de Israel.

O Hezbollah alegou que os ataques contra o território israelense foram uma resposta a "repetidas violações" do cessar-fogo por parte de Israel.

Antes de responder com bombardeios, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que a milícia havia violado o cessar-fogo. "Os disparos do Hezbollah contra o Monte Dov constituem uma violação grave do cessar-fogo e Israel responderá fortemente a esta situação. Estamos determinados a continuar a fazer cumprir o cessar-fogo e a responder a qualquer violação por parte do Hezbollah - pequena ou grave", publicou na rede social X.

Os bombardeios da segunda-feira foram realizados em dois vilarejos do sul do Líbano, próximo da fronteira com Israel, e são os mais mortais no país desde o começo do cessar-fogo, no dia 27.

Cinco pessoas foram mortas em Haris e outras quatro, em Tallousa. Além das mortes, três pessoas ficaram feridas.

Apesar dos ataques, Israel afirma que mantém o acordo de cessar-fogo. "O Estado de Israel exige que as autoridades do Líbano cumpram suas responsabilidades e impeçam a atividade hostil do Hezbollah de dentro do território libanês", diz o comunicado de Israel.

Desde o início do acordo, o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, e os militares libaneses afirmam que Israel tem realizado ataques pontuais e sobrevoos sobre o Líbano, o que estaria proibido pelo cessar-fogo.

Os libaneses que vivem entre a fronteira Israel-Líbano e o rio Litani, localizado no centro do país, também estão sob toque de recolher imposto pelos israelenses.

Mesmo com as violações no sul, o Líbano tenta retornar a algum nível de vida normal após meses de bombardeios intensos que causaram o deslocamento de 1,2 milhão de pessoas e a destruição de uma grande área do país.

Os militares libaneses foram enviados para o sul com o objetivo de fazer cumprir o cessar-fogo.

A primeira fase do acordo determina a cessação das hostilidades entre Israel e o Hezbollah por 60 dias, no qual os combatentes da milícia deveriam se retirar do sul para o norte do rio Litani.

As tropas israelenses também se retirariam da região, retornando para Israel. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial de emergência, acusando a oposição do país de controlar o Parlamento, simpatizar com a Coreia do Norte e paralisar o governo com atividades antiestatais. Yoon fez o anúncio durante um pronunciamento televisionado.

Ele justificou o movimento como essencial para defender a ordem constitucional do país. Não ficou imediatamente claro como as medidas afetariam a governança e a democracia do país.

Desde que assumiu o cargo em 2022, Yoon luta para impor suas agendas contra um Parlamento controlado pela oposição. Fonte: Associated Press.

O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol declarou lei marcial na terça-feira à noite, prometendo eliminar as forças "antiestado" enquanto luta contra uma oposição que controla o parlamento do país e que ele acusa de simpatizar com a Coreia do Norte comunista.

Horas depois, o parlamento votou para revogar a declaração, com o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won Shik, declarando que os parlamentares "protegerão a democracia com o povo". Woo pediu que a polícia e os militares se retirassem do recinto da Assembleia.

A atitude surpreendente do presidente remete a uma era de líderes autoritários que o país não via desde a década de 1980, e foi imediatamente denunciada pela oposição e pelo líder do próprio partido conservador de Yoon.

Após o anúncio de Yoon, os militares da Coreia do Sul proclamaram que o parlamento e outras reuniões políticas que pudessem causar "confusão social" seriam suspensas, de acordo com a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul.

Os militares também disseram que os médicos em greve do país devem retornar ao trabalho em 48 horas, disse a Yonhap. Milhares de médicos estão em greve há meses por causa dos planos do governo de expandir o número de alunos nas faculdades de medicina. Os militares disseram que qualquer um que violar o decreto pode ser preso sem mandado.