Toffoli propõe situações em que redes devem remover conteúdo antes de notificação do usuário

Política
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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), propôs dois regimes de responsabilidade das redes sociais por conteúdos para substituir o atual, previsto no artigo 19 do Marco Civil da Internet.

Como regra geral, o ministro defendeu que os conteúdos ilícitos e ofensivos devem ser removidos após a notificação do usuário. Caso não removam em "prazo razoável", as plataformas estão sujeitas à responsabilização, como multas. A exceção a essa regra é em casos que ele considera "especialmente graves", como riscos ao Estado democrático de direito, à saúde pública ou ao processo eleitoral. Nessas situações, que ele enumerou em seu voto, as plataformas devem agir antes mesmo da notificação do usuário.

"Como os provedores lucram com isso, devem arcar com os riscos e prejuízos a que derem causa", argumentou Toffoli. Ele é relator de uma das ações que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que estabelece que as plataformas só podem ser responsabilizadas por danos causados por postagens caso elas deixem de cumprir uma ordem judicial de remoção. O ministro considerou que esse artigo oferece imunidade às plataformas e é inconstitucional.

"Havendo dúvida razoável acerca da configuração de uma dessas práticas ilegais especialmente graves, a plataforma pode se valer do artigo 21 (regra geral) e aguardar uma notificação", explicou.

Ele também disse que a regra geral não retoma o regime anterior ao Marco Civil da Internet - o chamado notice and take down, ou de notificação e retirada. Ele afirmou que sua proposta, na verdade, é de "notifica-se e se analisa". Ou seja, a plataforma pode analisar se o conteúdo denunciado é ilícito, e se considerar que não há irregularidade, o caso pode ser decidido no Judiciário.

O magistrado ainda defendeu que seu voto busca "ser respeitoso ao Parlamento" e procura no "próprio Marco Civil da Internet um marco legal para ser a regra geral de soluções dos conflitos que surjam nas plataformas".

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Em um post em sua rede social X, o bilionário Elon Musk, CEO da Tesla, voltou a criticar o projeto de lei do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve começar a ser apreciado pelo Senado americano ainda neste sábado, 28. Segundo Musk, o projeto "destruirá" milhões de empregos nos EUA e "causará imensos danos" estratégicos ao nosso país.

"Completamente insano e destrutivo", escreveu o empresário, ressaltando que a proposta "oferece esmolas" às indústrias do passado, enquanto "prejudica severamente" as indústrias do futuro.

Os repetidos ataques de Musk a Trump pelas redes sociais se intensificam desde que o bilionário deixou seu emprego como funcionário especial do governo, no final de maio.

No início de junho, Trump chegou a rebater algumas críticas, se mostrando "desapontado" com o empresário. "Ajudei muito ele. Ele conhecia os detalhes do projeto de lei melhor do que qualquer pessoa aqui presente. De repente, passou a ter um problema, e só desenvolveu esse problema quando descobriu que vamos reduzir a exigência para veículos elétricos", disse Trump na época.

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Al-Hassan desempenhou um "papel significativo" no planejamento e execução do brutal massacre de 7 de outubro de 2023, afirmou as IDF, destacando que nos últimos dias ele também ajudou a planejar ataques contra civis israelenses e tropas da IDF que operavam na Faixa de Gaza.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O presidente dos EUA, Donald Trump, não economizou elogios à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na plataforma TruthSocial. "Que pessoas incríveis conheci na Otan, incluindo alguns dos líderes mais incríveis do mundo!", frisou. O presidente participou esta semana de uma cúpula da organização, que classificou como "altamente produtiva" e que "não poderia ser melhor".

Na sexta-feira, 27, o republicano reiterou sua expectativa de que a Espanha comece a integrar o compromisso da Otan sobre aumentar gastos com defesa nos próximos anos. A declaração veio acompanhada da ameaça de que as tarifas vão subir para países que se aproveitam dos Estados Unidos.

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