Resolução de diretório do PT considera pressões, realizações e tentativa de golpe, diz Gleisi

Política
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, comentou os destaques da resolução política aprovada pelo Diretório Nacional do partido neste sábado, 7. O texto base, segundo Gleisi, passa por análise de conjuntura, pressões do mercado financeiro, realizações do governo Lula e sobre a tentativa de golpe de estado.

 

"A nossa linha (no texto da resolução) é a punição aos golpistas. Isso tem que acontecer. Sem anistia. Dando apoio à nossa proposta, que já foi apresentada à Câmara, de arquivamento do projeto de anistia. Isso está bem claro na resolução", disse a presidente do PT a jornalistas.

 

Sobre as pressões do mercado financeiro à atual gestão, Gleisi afirmou que o Diretório considera não estar havendo a devida resposta mesmo diante de iniciativas do governo. "Mesmo apresentando medidas para contenção do crescimento de despesa. Não se sacia, quer mais."

 

Ressaltou ainda que o texto "reafirma a defesa dos direitos do povo brasileiro", com destaque para "as conquistas na Constituição". "Falamos de algumas bandeiras. A redução da escala 6x1. Falamos sobre a questão das bets, que é algo que nos preocupa muito também. Falamos da questão do transporte público. Reafirmamos nosso compromisso com a tarifa zero do transporte público", acrescentou.

 

O texto, antes das emendas, que ainda estão em discussão, terá dez páginas. A divulgação deve ocorrer ainda neste fim de semana.

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Ataques de drones ucranianos no sul da Rússia provocaram um incêndio em um grande terminal de petróleo na região de Oryol, que já foi contido, disseram autoridades neste sábado, 14. Fotos publicadas pelo Estado-Maior Geral da Ucrânia e em canais de notícias russos no Telegram mostravam enormes colunas de fumaça engolindo a instalação, iluminadas por um brilho laranja.

O governador de Oryol, Andrey Klychkov, confirmou neste sábado que um ataque de drone ucraniano incendiou um depósito de combustível lá.

Em uma publicação separada, ele disse que o incêndio havia sido contido e que não houve vítimas.

Na véspera, a Rússia havia lançado um ataque aéreo expressivo contra Kiev, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, considerando-o um dos bombardeios mais intensos ao setor energético do país desde que foi invadido há quase três anos. Fonte: Associated Press

O ex-jogador de futebol Mikheil Kavelashvili tornou-se presidente da Geórgia neste sábado, 14, após ter sido o único candidato por conta do controle do partido Sonho Georgiano sobre um colégio eleitoral de 300 lugares que substituiu as eleições presidenciais diretas em 2017. Este é composto por membros do Parlamento, conselhos municipais e legislativos regionais.

O Sonho Georgiano manteve o controle do Parlamento na nação do Cáucaso Sul em uma eleição em 26 de outubro, que a oposição alega ter sido manipulada com a ajuda de Moscou.

Desde então, a presidente em fim de mandato Salome Zurabishvili e os principais partidos pró-Ocidente boicotaram as sessões parlamentares e exigiram uma nova votação.

O Sonho Georgiano prometeu continuar avançando em direção à adesão à União Europeia, mas também diz querer "redefinir" os laços com a Rússia.

Em 2008, a Rússia teve uma breve guerra contra a Geórgia, que levou ao aumento da presença militar russa na Ossétia do Sul e na Abcásia. Fonte: AP

A crise política instalada na Coreia do Sul com a declaração de lei marcial, no dia 3 de dezembro, e que custou o cargo do presidente Yoon Suk Yeol neste sábado, 14, resultou na queda de dois ministros entre um evento e outro.

Yoon Suk Yeol decretou lei marcial em 3 de dezembro; o Congresso derrubou a lei marcial poucas horas após ela ter sido instituída. A iniciativa de implantar a lei marcial foi a base para o pedido de impeachment aprovado neste sábado.

O primeiro ministro a cair desde a crise da lei marcial foi o da Defesa, Kim Yong-hyun, que renunciou ao cargo na quinta-feira, 5. Três dias depois, foi a vez do ministro do Interior, Lee Sang-min.

Lee declarou que renunciou "em grave reconhecimento de sua responsabilidade por não servir bem o público e o presidente", segundo um jornal local.

Além das demissões dos ministros, o Ministério da Defesa sul-coreano suspendeu três oficiais de alto escalão do Exército por participação na aplicação da lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol.

Os três militares punidos foram o comandante militar de Seul, o comandante das forças especiais e o comandante de contraespionagem, informou o ministério em um comunicado.

Contexto

O então presidente Yoon Suk Yeol impôs a lei marcial na noite de terça-feira, 3, e enviou tropas e helicópteros ao Parlamento. A medida, inédita desde a democratização do país em 1987, desencadeou uma crise política no país.

Os legisladores sul-coreanos iniciaram os procedimentos de impeachment contra o presidente poucas horas depois que o parlamento votou unanimemente para cancelar a lei marcial, forçando o Yoon a suspender sua ordem cerca de seis horas após o início.

Yoon Suk Yeol resistiu à primeira moção de impeachment apresentada pela oposição e votada no sábado, 7. Uma segunda moção de impeachment foi apresentada, e resultou na destituição do presidente após votação realizada neste sábado, 14.