TSE estuda medidas para diminuir abstenção e pode dificultar justificativa de ausência

Política
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda medidas para diminuir a abstenção nas eleições, que no pleito municipal deste ano atingiu o patamar de 29,26%, o segundo maior desde 2012. Entre as opções na mesa estão aumentar o valor da multa para quem deixa de votar e acabar com a justificativa de ausência no mesmo dia da eleição. A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, prefere priorizar campanhas de conscientização, mas não descarta a possibilidade de enfrentar a abstenção em várias frentes.

"Eu acho que o brasileiro já está tão cansado de tudo que aumenta de ônus. Uma coisa é você contar para ele que esse é um direito importante para você, para quem vem depois de você, para quem já veio antes de você. Eu sempre acho que o que é só uma imposição não fica para sempre", disse a ministra a jornalistas após a apresentação do Relatório de Avaliação das Eleições de 2024.

De acordo com a ministra, a Justiça Eleitoral vai examinar as múltiplas causas que levam à abstenção para buscar diminuir essa taxa, "ou pelo menos convidar (o eleitor) com mais foco".

Na apresentação do relatório, a ministra rejeitou a avaliação de que o eleitor perdeu o interesse em votar e destacou que o dado sobre a abstenção abrange, inclusive, o eleitorado facultativo - jovens entre 16 e 18 anos e com mais de 70 anos. Enquanto no eleitorado jovem a ausência nas urnas foi de 10,57%, entre pessoas 70+ o porcentual foi de 51,08%. "Pegar um dado frio e dizer que é a abstenção total leva eventualmente a equívocos", observou.

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O Hamas afirmou nesta quarta-feira, 15, que "cumpriu o que foi acordado" no cessar-fogo com Israel, ao entregar "todos os prisioneiros vivos" e os corpos aos quais "conseguiu ter acesso". Em comunicado, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo, disseram que os corpos restantes "precisam de grandes esforços e equipamentos especiais para serem localizados e recuperados" e que estão "fazendo um grande esforço para encerrar esta etapa".

A declaração ocorre após o Exército israelense informar que um dos corpos entregues pelo Hamas na véspera não corresponde a nenhum dos reféns mantidos em Gaza, o que elevou a tensão sobre a trégua mediada pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o grupo "cumpra os termos do acordo" e devolva todos os corpos, afirmando que Israel "não vai abrir mão disso e não cessará seus esforços até que o último refém morto seja devolvido".

Nos últimos dois dias, o Hamas entregou oito corpos à Cruz Vermelha, enquanto Israel acusa o grupo de atrasar as devoluções. O governo israelense reduziu o envio de ajuda a Gaza e manteve fechada a passagem de Rafah até que todos os restos mortais sejam entregues. Segundo o Hamas, a demora ocorre devido às dificuldades de localizar cadáveres sob os escombros após dois anos de guerra.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira, 15, que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se comprometeu a parar as compras de petróleo russo, destacando o papel do país asiático no esforço para encerrar a guerra na Ucrânia. "Modi é uma ótima pessoa. Ele me ama", disse o republicano, acrescentando que o líder indiano "me disse que a Índia não pode parar imediatamente de comprar petróleo russo. Isso será gradual".

Durante coletiva de imprensa no Salão Oval, Trump reforçou que "se a Índia parar de comprar petróleo da Rússia, será mais fácil acabar com a guerra na Ucrânia".

As declarações ocorrem logo após o presidente expressar insatisfação com as importações indianas de energia russa e pedir também que Pequim reduza suas compras de petróleo do país.

Trump comentou também que a "profunda animosidade" entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Volodmir Zelenski, "está obstruindo a paz", enquanto o governo norte-americano "analisa opções" sobre um pedido de Kiev para uma nova ofensiva militar.

Gaza

Em outro momento, Trump comentou a situação em Gaza, dizendo que "os reféns vivos foram todos devolvidos pelo Hamas", como acordado, e que o grupo "está retirando outros corpos de escombros".

Segundo ele, "o Hamas concordou em entregar armas. Se não o fizerem, nós faremos isso por eles", mas garantiu que "não há razão para o exército americano ser utilizado em Gaza".

Shutdown

O presidente também mencionou o impasse orçamentário que mantém o governo federal paralisado, afirmando que "os programas democratas que não gostamos serão permanentemente encerrados com o shutdown", sem entrar em detalhes.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 15, que seu governo está "analisando a viabilidade de ataques em terra contra cartéis na Venezuela", ampliando o tom de ameaça militar após o New York Times afirmar que a Casa Branca autorizou a CIA a conduzir operações secretas no país sul-americano. "Temos os oceanos controlados na região. Estamos começando a olhar para ataques em terra", declarou durante coletiva de imprensa no Salão Oval.

Segundo ele, o objetivo é "parar os cartéis de droga da Venezuela em terra também, além do que já fazemos nos oceanos".

Trump evitou responder uma pergunta direta sobre a suposta autorização para a CIA agir na Venezuela com o objetivo de derrubar o regime de Nicolás Maduro.

A reportagem do NYT, citando autoridades americanas, afirma que o novo mandato permite à agência realizar "operações letais" e atuar de forma independente ou em coordenação com uma ofensiva militar mais ampla no Caribe.

Em outro momento, Trump criticou as compras de petróleo russo pela Índia. "Não estou feliz com a Índia comprando petróleo da Rússia", disse, antes de acrescentar que o premiê indiano, Narendra Modi, "é um amigo meu" e que "me assegurou hoje que não irá mais comprar petróleo da Rússia". O republicano também afirmou que "precisamos fazer a China parar de comprar petróleo russo".

O presidente aproveitou ainda para mencionar sua política de segurança interna, afirmando: "salvaremos outras cidades do crime em breve, assim como fizemos com Washington", ao citar Memphis, Chicago e São Francisco como próximas metas de seu governo.