Ministro do STJ diz que já foi eleito 'o mais bonito' do tribunal durante julgamento

Política
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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha afirmou durante um julgamento realizado nesta terça-feira, 10, que já foi eleito o "mais bonito" da Corte. A declaração, em tom de brincadeira, ocorreu enquanto o tribunal analisava a condenação de um médico que deformou os seios de uma mulher durante uma cirurgia estética.

 

"Beleza tem quem a tem, e não quem a deseja. Não é verdade? Eu não esperei resultado nenhum. Depois que eu fui eleito o ministro mais bonito do STJ, a gente tem essas invejas. Agora, o resultado vale até a minha aposentadoria", afirmou Noronha no julgamento realizado pela 4ª Turma da Corte.

 

Durante a apreciação da ação, relatada pela ministra Maria Isabel Galotti, Noronha brincou que não é possível esperar que os procedimentos estéticos saiam perfeitamente como os pacientes esperam.

 

"Se fosse esperar que as cirurgias saíssem como todo mundo deseja, nós só teríamos Alain Delon (galã suíço de cinema que fez sucesso entre as décadas de 60 e 80) e Sophia Loren (atriz italiana que alcançou a fama nas décadas de 60 e 70)", afirmou Noronha.

 

Em resposta, o ministro Marco Buzzi afirmou que um procedimento estético feito por Noronha foi um "grande sucesso". "Minha cirurgiã, o sucesso foi tão grande que ela vai me indenizar", respondeu o magistrado.

 

Na sessão desta terça-feira, o STJ manteve, por unanimidade, a condenação de um médico de Mato Grosso por danos estéticos após ele ter deformado os seios de uma paciente. Galotti entendeu que, no caso das cirurgias plásticas, há a obrigação de se haver um resultado conforme foi consolidado pelo profissional.

 

"Como as mamas da recorrida não ficaram em situação esteticamente melhor do que a existente antes da cirurgia, ainda que se considere que o recorrente tenha feito o uso da técnica adequada, como ele não comprovou que o resultado negativo da cirurgia tenha se dado por algum fator alheio à sua vontade, a efeito de reação inesperada do organismo da paciente e como esse resultado foi insatisfatório segundo o senso comum, há o dever de indenizar", votou a ministra.

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Mais de 100 organizações humanitárias e de direitos humanos alertaram que o bloqueio de Israel e sua ofensiva militar contínua estão empurrando a população da Faixa de Gaza para a fome. Segundo autoridades locais de saúde, bombardeios israelenses mataram 21 pessoas entre a noite de terça, 22, e a manhã desta quarta, 23.

Em carta aberta, 115 entidades, entre elas Médicos Sem Fronteiras, Mercy Corps e Save the Children, denunciaram que estão vendo "seus próprios colegas e os palestinos que atendem se definharem". O texto culpa as restrições israelenses e "massacres" em pontos de distribuição de ajuda. Segundo testemunhas, autoridades de saúde e o Escritório de Direitos Humanos da ONU, as forças israelenses abriram fogo diversas vezes contra multidões que buscavam alimentos, matando mais de mil pessoas. Israel nega os números e diz que seus soldados disparam apenas tiros de advertência.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que Gaza enfrenta "um aumento letal" de desnutrição e doenças relacionadas, e que "uma grande proporção" dos 2 milhões de habitantes da região passa fome. A OMS também relatou que centros de atendimento a desnutrição aguda estão lotados e sem suprimentos. Segundo o representante da agência na Palestina, Rik Peeperkorn, mais de 30 mil crianças com menos de 5 anos estão em estado de desnutrição aguda, e ao menos 21 já morreram este ano.

Israel, que nega as acusações e culpa as falhas na entrega às agências da ONU, afirmou que as ONGs "ecoam a propaganda do Hamas", segundo o ministério das Relações Exteriores.

Enquanto isso, o enviado do governo Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, deve se reunir com um alto funcionário israelense para discutir um possível cessar-fogo. O Hamas exige um cessar-fogo permanente e retirada israelense em troca dos cerca de 50 reféns que ainda mantém, cerca de 20 deles vivos. Israel promete seguir a guerra até derrotar ou desarmar o grupo. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 59 mil palestinos foram mortos desde outubro, mais da metade mulheres e crianças.

*Com informações da Associated Press

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast. Saiba mais em nossa Política de IA.

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou uma mensagem para imigrantes brasileiros que estão ilegalmente no país americano, incentivando-os a voltar para casa.

"Se você está nos EUA ilegalmente, faça como o E.T.: é hora de ligar para casa. Use o aplicativo CBP Home e vá embora agora, com apoio e dignidade. Você receberá assistência para a viagem e uma ajuda de custo para retornar ao seu país de origem", diz a publicação.

Na imagem, a embaixada usa imagem do filme de ficção científica "E.T., O Extraterrestre", com a frase: "Até o E.T. sabia a hora de voltar para casa".

O CBP Home citado na mensagem é um aplicativo móvel gratuito, desenvolvido pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), destinado a imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos que desejam retornar voluntariamente ao seu país de origem.

A publicação reforça a política anti-imigração aplicada pelo presidente Donald Trump desde o início de seu segundo mandato na Casa Branca.

Contra o Brasil especificamente, as relações estão estremecidas desde o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros no início do mês.

Trump tem dado diversas declarações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pedindo para que "deixem Bolsonaro em paz", além de chamar os processos judiciais contra o ex-presidente brasileiro de "perseguição" e "caça às bruxas".

A Embaixada emitiu nota no dia 9 deste mês, endossando Trump. A representação afirmou que Bolsonaro e sua família têm sido "fortes parceiros" dos norte-americanos e afirmou que a "perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil".

Na semana passada, a Embaixada criticou a atuação da Suprema Corte brasileira e a chamou de "Supremo Tribunal de Moraes".

Na última terça-feira, 15, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) iniciou uma investigação sobre o Brasil, para apurar se práticas comerciais brasileiras prejudicam de alguma forma o comércio americano.

Para conferir o post da Embaixada dos EUA no Brasil contra imigrantes ilegais, clique aqui

Peter Lamelas, escolhido pelo presidente americano, Donald Trump, como embaixador dos Estados Unidos na Argentina, já causou controvérsia antes mesmo de sua chegada a Buenos Aires. Durante sua apresentação na Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano, suas declarações chamaram atenção dos argentinos.

Lamelas destacou que seus principais objetivos serão limitar a influência da China na nação sul-americana, garantir que a ex-presidente de centro-esquerda Cristina Kirchner seja condenada por supostamente encobrir os responsáveis pelo atentado contra à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) e apoiar as reformas de Javier Milei.

"Existem 23 províncias e cada uma tem governos separados que poderiam negociar com forças externas, com os chineses e outros, para que cheguem e realizem projetos. E isso também poderia contribuir para a corrupção por parte dos chineses", comentou Lamelas.

"Um dos meus papéis como embaixador seria viajar por todas as províncias, estabelecer diálogo e uma verdadeira parceria com esses governadores", ressaltou.