Barroso exalta atuação de Fernanda Torres e 'mensagem histórica' de 'Ainda Estou Aqui'

Política
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comentou nesta segunda-feira, 6, a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro, que recebeu o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama por Ainda Estou Aqui, longa dirigido por Walter Salles. O filme, baseado no livro escrito por Marcelo Rubens Paiva, aborda a vida da família Paiva durante a ditadura militar.

Barroso destacou a relevância do filme, descrevendo-o como uma obra que "retrata os males de uma ditadura: arbítrio, tortura, assassinatos e desaparecimento forçado de pessoas". O ministro elogiou a abordagem do longa, que expõe esses temas sob "a perspectiva original do sofrimento de uma família. Com arte, poesia e sensibilidade".

De acordo com Barroso, o reconhecimento à atuação de Fernanda Torres "reverencia o seu talento e dedicação, assim como resgata para o mundo uma história triste, que todos devemos trabalhar para que não se repita".

O contexto das declarações inclui investigações conduzidas pelo STF sobre os planos de golpe que visavam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022. Entre os investigados está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No dia 26 de novembro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório de mais de 800 páginas em que a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Bolsonaro e aliados dele e militares de alta patente, por crimes de golpe de Estado, organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O Ministério Público Militar aguarda ser comunicado em breve pela PGR sobre a existência de crimes militares no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no País. A expectativa é que isso ocorra no início deste ano, quando a PGR deve denunciar os investigados. Caso isso ocorra, o caso deve ser julgado pela Primeira Turma do Supremo.

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O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, rejeitou a proposta do presidente eleito EUA, Donald Trump, de usar a "força econômica" do país para absorver o Canadá.

"Não há a menor chance de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos", escreveu Trudeau nesta terça-feira na rede social X. "Os trabalhadores e as comunidades de ambos os países se beneficiam do fato de serem os maiores parceiros comerciais e de segurança um do outro".

Trump já disse ser a favor várias vezes de que o Canadá se tornasse "o 51º estado".

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, lançou nesta terça-feira uma campanha nacional contra o uso de drogas, especialmente o fentanil, que visa atingir 11,8 milhões de jovens. A iniciativa surge em meio à pressão do futuro presidente americano, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas pesadas ao México se o país não interromper o tráfico do opioide sintético para os EUA.

Ao anunciar a campanha "Fique longe das drogas, o fentanil mata", Sheinbaum disse que "o fentanil em nosso país não é realmente um problema, não há uma crise como a dos EUA", mas afirmou que "não queremos que ele venha para cá".

A presidente defendeu as ações que foram tomadas desde o início de seu governo, em outubro, para combater o tráfico de fentanil e outras drogas e declarou que "os laboratórios que foram desmantelados em nosso país são principalmente de metanfetamina ou metanfetamina cristal".

Enchentes graves inundaram partes da Inglaterra e a neve forçou três aeroportos a fecharem temporariamente nesta terça-feira, já que o clima úmido e gelado, que deveria durar até amanhã, se combinou para estender o caos de viagens que tem atormentado o Reino Unido desde o início do ano.

Desde segunda-feira, dezenas de pessoas foram resgatadas de casas inundadas e carros encalhados na região de Midlands, e centenas de escolas foram fechadas para os primeiros dias de aula de 2025 nas áreas do norte do Reino Unido.