Blindagem em vidros e reconhecimento facial: como ficou a segurança de Brasília após 8/1

Política
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Os ataques do 8 de Janeiro forçaram uma série de mudanças em protocolos e equipamentos de segurança da Praça dos Três Poderes para melhorar o monitoramento e a reação a novos atos violentos. Os reforços envolvem vidros blindados, ampliação de vigilantes privados e câmeras com inteligência artificial capazes de fazer o reconhecimento facial de pessoas. Também houve publicação de uma portaria que permite barrar manifestações consideradas ameaçadoras à "estabilidade institucional" e atualizações na forma como são elaborados os planos de ação em protestos.

 

O sistema de videomonitoramento do Palácio do Planalto está sendo ampliado de 44 para 348 câmeras, sendo 23 com tecnologia para reconhecimento facial. Ao todo, as instalações presidenciais, como a Granja do Torto, o Pavilhão de Metas e os palácios Jaburu e Alvorada, chegarão a 708 câmeras. Eram 68. O custo dos novos equipamentos é de cerca de R$ 8,5 milhões.

 

A Presidência também se prepara para colocar vidros blindados no primeiro andar do Palácio do Planalto. As paredes envidraçadas foram destruídas por radicais no dia da tomada da sede do Poder Executivo. Hoje, só o gabinete presidencial, no terceiro andar, tem a proteção. A mudança precisou passar pelo aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e já está liberada. A blindagem, com custo estimado de R$ 14 milhões, ainda não foi concretizada.

 

Os ataques também levaram a um reforço da equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança do presidente da República e do vice. Desde o 8 de Janeiro, o efetivo cresceu 60%.

 

Também parcialmente destruído há dois anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) adotou medidas para ampliar a segurança do prédio e dos seus ministros. Entre elas, aumentou o efetivo de policiais judiciais que guardam as instalações e protegem os membros da Corte. Também reforçou o seu corpo de seguranças terceirizados.

 

Assim como fez o Planalto, implantou um sistema de videomonitoramento mais moderno, com uso de inteligência artificial para alertas e identificação. As câmeras têm tecnologia de visão noturna e "barreiras virtuais" que alertam para acessos a áreas indevidas. "Essas ferramentas foram decisivas no atentado de 13 de novembro, quando uma câmera de videomonitoramento identificou a ameaça de um criminoso portando diversos artefatos explosivos", pontuou o chefe da segurança do STF, Marcelo Schettini.

 

O atentado também levou o governo do DF a criar, dentro da Polícia Civil, uma divisão específica para monitorar e investigar riscos de novos atentados. No último dia 29 de dezembro, a equipe fez a primeira prisão. Um homem que ameaçava, nas redes sociais, um ataque em Brasília foi preso na Bahia ao tentar uma carona em um caminhão que seguia para a capital federal.

 

O decreto permite barrar protestos e mais reuniões integradas

 

Uma das primeiras medidas do governo do DF após os ataques foi estabelecer, por portaria, ainda em março de 2023, uma Área de Segurança Especial (ASE), correspondente à Zona Cívico Administrativa de Brasília, com regras mais claras para exercício do direito de manifestação. O perímetro abrange Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, o Eixo Monumental e outros setores. A medida atualiza um decreto de 2006.

 

A portaria dá poder para a SSP-DF barrar manifestações em determinados locais, horários ou datas quando, por exemplo, houver "grave ameaça à estabilidade institucional, ao Estado Democrático de Direito, à segurança ou à ordem pública".

 

Além disso, houve mudança na forma como são elaborados os Protocolos de Ações Integradas (PAIs), documentos nos quais são traçados planos e ações para lidar com manifestações em Brasília. A segurança de Brasília é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), com a participação dos órgãos federais.

 

Agentes que participam do comitê integrado relataram à reportagem que, em virtude dos erros de janeiro de 2023, as reuniões se tornaram mais frequentes e as atribuições de cada órgão e agência nos grandes eventos foram definidas de forma mais claras.

 

Falhas na elaboração do PAI para os atos de 8 de janeiro de 2023, que se anunciavam violentos, são apontados como decisivos para os episódios de vandalismo. Os departamentos de segurança da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestaram formalmente em ações que tramitam sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes dizendo que as atribuições definidas para cada Poder no PAI eram incompatíveis com os riscos que eles mesmos reportaram ao governo do DF.

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O presidente eleito, Donald Trump, entrou com um recurso de última hora pedindo à Suprema Corte dos EUA para bloquear sua sentença em Nova York por usar dinheiro como suborno para silenciar uma estrela de filmes adultos.

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Funcionários de órgãos de combate a incêndios locais e de regiões próximas foram deslocados para a área dos incêndios, mas não conseguiram conter o fogo. Segundo o chefe dos bombeiros de Los Angeles, Anthony Marrone, os recursos estão nos limites e ajuda de outros condados continuam necessária. Pelo menos um bombeiro que lutava contra o incêndio foi ferido gravemente.

Nas últimas 24 horas, os serviços de emergência da região receberam 3,6 mil chamadas de atendimento, mais do que o dobro da média diária (1,5 mil). Centenas de pessoas foram transportadas para hospitais, afetados pela fumaça.

Durante a noite de ontem, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA chegou a registrar uma rajada de vento de 150 km/h ao norte de Pasadena. As previsões indicam que a velocidade deve cair ao longo desta quarta, mas as condições climáticas continuam favoráveis aos incêndios.

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Em uma nova provocação ao país vizinho, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou na terça-feira, 7, em suas redes sociais, um mapa no qual o Canadá aparece como parte dos Estados Unidos. Trump postou a imagem em sua rede Truth Social um dia após ter afirmado, depois de o primeiro-ministro Justin Trudeau anunciar sua renúncia, que o Canadá deveria se fundir com os Estados Unidos - um comentário que irritou o país vizinho.

"Os comentários do presidente eleito Trump demonstram uma total incompreensão do que faz do Canadá um país forte. Nunca recuaremos perante as ameaças", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Melanie Joly, ao jornal X. Pouco depois, o primeiro-ministro Trudeau, acrescentou: "O Canadá nunca, mas nunca fará parte dos Estados Unidos."

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Segundo a Fox News, o republicano brincou dizendo que, se o Canadá não pudesse arcar com tarifas de 25% sobre suas exportações para os EUA, então o país deveria ser incorporado pelos EUA. Desde então, passou a chamar Trudeau de governador.

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Falando com a imprensa menos de duas semanas antes de tomar posse em 20 de janeiro, Trump reiterou na terça-feira suas ambições territoriais para seu segundo mandato - especialmente com Canal do Panamá e Groenlândia - e não descartou o uso de força militar para assumir o controle dos territórios.

"Desde que vencemos as eleições, a percepção do mundo é diferente. Pessoas de outros países me telefonaram e disseram: 'Obrigado, obrigado'", afirmou Trump, ao apresentar sua agenda para os próximos quatro anos.

Eliminar a fronteira "artificialmente traçada" entre os Estados Unidos e o Canadá seria uma grande ajuda para a segurança nacional, ressaltou o republicano.

Ele disse, no entanto, que não usaria força militar para invadir o país, que abriga mais de 40 milhões de pessoas e é um parceiro fundador da Otan.

Em vez disso, afirmou que confiaria na "força econômica" ao lançar o déficit comercial dos EUA com o Canadá - uma nação rica em recursos naturais que fornece aos EUA commodities como petróleo bruto e petróleo - como um subsídio que estaria chegando ao fim.