Moraes também nega recurso e Bolsonaro não vai à posse de Trump

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou nesta sexta-feira, 17, o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro e manteve a apreensão do passaporte do ex-chefe do Executivo, que queria comparecer à posse de Donald Trump nos Estados Unidos. O relator do inquérito do golpe foi categórico: "Mantenho a decisão que indeferiu os pedidos formulados (por Bolsonaro) por seus próprios fundamentos".

No breve despacho, Moraes pediu uma nova manifestação da Procuradoria-Geral da República sobre o caso, em até cinco dias. Antes, o órgão não viu "interesse público" que justificasse a flexibilização da restrição imposta ao ex-chefe do Executivo, indiciado por crime de golpe de Estado. O chefe do Ministério Público Federal Paulo Gonet destacou como a viagem pretendia "satisfazer interesse privado" de Bolsonaro, o que não é "imprescindível".

Seguindo o parecer, Moraes negou nesta quinta, 16, o pedido do ex-presidente ressaltando que há possibilidade de "tentativa de evasão" de Bolsonaro "para se furtar à aplicação da lei penal". Moraes destacou inclusive que Bolsonaro vem defendendo a fuga do Pais e o asilo no exterior para os diversos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Bolsonaro se irritou com a negativa. "Não estou indo para uma festa de batizado, da filha ou da neta de ninguém. É um evento de posse da maior democracia do mundo", disse.

Foi então que a defesa resolveu insistir no pedido. Os advogados do ex-presidente argumentaram que ele tem respeitado as restrições que lhe foram impostas na Operação Tempus Veritatis. Alegaram que "nada indica que a pontual devolução do passaporte, por período delimitado e justificado, possa colocar em risco" tal situação.

O pedido não compadeceu Moraes, que negou, mais uma vez, liberar o passaporte de Bolsonaro. No despacho assinado nesta sexta, 15, o magistrado também não citou o pedido do ex-presidente para que o caso passasse pelo crivo do Plenário do STF.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.