Costa: Independente do instrumento, normativa, decreto, é importante centralidade em decisões

Política
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou, nesta segunda-feira, 20, que sua pasta será responsável por centralizar os atos do governo para que haja um plano de comunicação, em especial em temas mais sensíveis.

O chefe da Casa Civil falou com a imprensa após a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao longo desta segunda-feira. O encontro foi realizado na Granja do Torto, em Brasília.

Costa foi questionado sobre a fala do presidente Lula no início da reunião de que "portarias" teriam de passar pela Casa Civil daqui em diante para evitar ruídos de comunicação. A bronca não foi direcionada nominalmente a nenhum ministro, apesar de ter ficado claro o recado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por causa de uma instrução normativa da Receita Federal sobre o monitoramento de transações por Pix que provocou polêmica nas últimas semanas.

"Independente do instrumento, portaria, instrução normativa, é importante que em qualquer medida a gente tenha centralidade nos anúncios. Nesse mundo de alta velocidade da comunicação, a informação organizada precisa chegar primeiro à população, antes de chegar a mentira e desinformação. Por isso qualquer iniciativa temos de garantir a centralidade para fazermos um plano de comunicação. Se vai impactar muitas pessoas, precisa discutir com a comunicação para ter um plano", declarou Costa.

O ministro disse que "não podemos permitir que a mentira prevaleça sobre a verdade". "Os fatos e a verdade precisam chegar à população. E não primeiro sair a fofoca e a mentira e depois vir os fatos e a verdade." O chefe da Casa Civil, porém, disse que não necessariamente haverá uma formalização desse novo "rito" no governo, mas que há uma nova orientação para a partir de agora.

Reorientar a comunicação para feitos do governo serem perceptíveis

Rui Costa também afirmou nesta mesma ocasião que foi feito um rápido balanço sobre os dois primeiros anos de gestão e a programação de entrega das pastas para 2025. De acordo com ele, este ano é o de consolidar o que já foi feito e reorientar a comunicação para que os feitos do governo sejam perceptíveis na população.

"Uma reunião de rápido balanço do que foram esses dois anos e da programação que será entregue este ano", resumiu o ministro a jornalistas nesta segunda-feira. A declaração ocorreu após ter participado da primeira reunião ministerial promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro durou 7h e ocorreu na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidência.

De acordo com ele, o ano de 2025 será o "ano das entregas, de ganhar materialidade e consolidar tudo o que foi feito para que a população tenha a nítida percepção do que foi feito de reconstrução desse país". Na fala, Rui Costa também comentou que houve uma melhora nos indicadores econômicos, além dos índices de emprego, valorização do salário e investimentos.

"Esse é o ano de consolidar dois anos de trabalho e reorientar a percepção e comunicação", disse. Segundo ele, cada ministro saiu da reunião com suas metas estabelecidas para 2025.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.