Costa: Lula não decidiu sobre reforma ministerial e isso não foi discutido na reunião

Política
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse, nesta segunda-feira, 20, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não falou na reunião ministerial de hoje sobre a reforma ministerial em estudo. Segundo o ministro, aquele não era o "ambiente" para esse tipo de discussão e que Lula ainda não tomou uma decisão sobre o assunto.

"(Na entrevista que dei há algumas semanas) disse que o presidente estava refletindo sobre a reforma ministerial. O presidente não tomou nenhuma decisão sobre isso e isso não foi pauta da reunião. Ele pode trocar as pessoas em qualquer momento. No futebol, tem prazo para contratar jogador de fora e inscrever. Aqui não tem. Presidente pode substituir a qualquer hora. Não há previsão nem data de fim de uma reforma ministerial", afirmou.

O chefe da Casa Civil falou com a imprensa após a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao longo desta segunda-feira. O encontro foi realizado na Granja do Torto, em Brasília.

"O ambiente de concluir a reflexão não é na reunião de ministros. Ele (Lula) não deu nenhum recado (aos ministros sobre eventuais trocas)", disse.

Rui Costa disse que o objetivo do presidente da República é que os ministros funcionem "como uma orquestra, com o maestro afinando em uma nota só". O ministro afirmou, ainda, que a ideia de Lula é ter mais contato com a imprensa daqui para frente.

De acordo com o chefe da Casa Civil, o recado do presidente aos ministros foi para que eles "dialoguem com suas bancadas de seus partidos" para ajudar na comunicação e na política.

"Estamos tratando de política. Ministros são agentes políticos, não só administrativos. Portanto, ele (Lula) deseja que os ministros dialoguem muito com as bancadas de seus partidos. Isso faz parte da percepção da população e disputa política. A oposição começou os ataques, como fez na campanha anterior, com mentiras e fake news. Precisamos de articulação política para poder responder politicamente. Não é a Secom que vai resolver isso sozinho. Tem um conjunto de articulação política que ele (Lula) quer que os ministros façam", declarou Rui Costa.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.