Bolsonaro é nome mais competitivo contra esquerda em 2026, diz Zema

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo inelegível, é o nome à direita mais competitivo para a eleição presidencial de 2026. "Não há, segundo as próprias pesquisas, nenhum nome que supere o dele com chances de ganhar da esquerda", disse o governador nesta terça-feira, 28, em entrevista ao canal do jornalista Claudio Dantas no YouTube.

O mineiro defendeu a reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e impedido de concorrer a cargos eletivos até 2030. "Eu espero que ele vença essa batalha", disse Zema sobre a reversão das condenações eleitorais do ex-presidente.

Em um cenário no qual Jair Bolsonaro siga inelegível, Zema avaliou como improvável, por "questões partidárias" e "de ego", que o campo político à direita forme unidade em prol de um candidato. "Mas que se tente, pelo menos, que se trabalhe e que ele [Jair Bolsonaro] também venha a apoiar", disse o governador mineiro.

Em entrevista ao jornal O Globo na semana passada, o governador afirmou que a indefinição quanto ao futuro político do ex-presidente atrasava a construção de uma alternativa à direita. "Essa indefinição sobre ele ser ou não candidato, com toda certeza acaba postergando essa decisão e o trabalho que já poderia estar acontecendo", disse o governador.

Nesta terça-feira, Zema voltou a dizer que sua prioridade para as eleições de 2026 é a sucessão do Executivo mineiro. Em entrevista ao Estadão, o governador já havia dito que a disputa em Minas Gerais seria seu foco nas próximas eleições gerais. O nome apoiado por Zema é o do vice-governador Matheus Simões (Novo).

Ao falar de Jair Bolsonaro como o único candidato competitivo à direita, Zema concorda com o próprio ex-presidente. Em outubro de 2024, Bolsonaro afirmou que não existe direita política no País a não ser a liderada por ele, pois não há representantes nesse campo que saibam "a linguagem do povo" como ele.

"Já tentaram várias vezes e não conseguiram. Esses caras juntam quantas pessoas no aeroporto num bate-papo?", afirmou o ex-presidente.

Além do próprio Romeu Zema, nomes como os dos governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e de Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, também são cotados para a próxima eleição presidencial.

Condenado na primeira instância, Caiado enfrenta um processo na Justiça Eleitoral que pode resultar em sua inelegibilidade. Pablo Marçal (PRTB) coloca-se como pré-candidato, mas também pode estar inelegível até o pleito. O nome do cantor sertanejo Gusttavo Lima também é especulado para a disputa.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 21, que há uma "boa chance" de que a Rússia e a Ucrânia cheguem a um acordo nesta semana para acabar com a guerra. O conflito já dura três anos.

"Há uma boa chance", declarou Trump quando perguntado se ele achava que Moscou e Kiev poderiam selar um acordo até sexta-feira, acrescentando que teve boas reunião com os dois lados.

Durante o evento anual Easter Egg Roll realizado na Casa Branca, o republicano também disse que teve "reuniões muito boas sobre o Irã" e expressou confiança de que uma solução comercial seria alcançada com a União Europeia. "No final das contas, teremos um acordo com qualquer um", afirmou ele.

A secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou nesta segunda-feira, 21, que o governo americano tenha iniciado o processo de busca por um novo secretário de Defesa, conforme noticiou a NPR. "Essa história da NPR é uma notícia falsa completa, baseada em uma fonte anônima que claramente não tem a mínima ideia do que está falando. Como o presidente disse esta manhã, ele apoia firmemente o secretário da Defesa", escreveu Leavitt, em publicação na rede social X.

Segundo fontes ouvidas pela NPR, a Casa Branca teria a intenção de substituir o atual secretário de Defesa, Pete Hegseth, diante das controvérsias pelo compartilhamento de detalhes sigilosos de operações militares por meio de bate-papos no aplicativo Signal.

De acordo com a Reuters, o presidente americano Donald Trump disse a jornalistas hoje que "Pete está fazendo um ótimo trabalho" e que "todos estão felizes com ele". Quando questionado se continuaria confiando em Hegseth, Trump disse: "Ah, totalmente".

Caças britânicos interceptaram duas aeronaves russas voando perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As interceptações marcam o primeiro voo da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) como parte da Operação "CHESSMAN" e ocorrem poucas semanas após o início da defesa britânica, junto à Suécia, do flanco leste da Otan.

O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

Depois, na quinta-feira, dia 17, outros dois Typhoons partiram da base para interceptar uma aeronave desconhecida que deixava o espaço aéreo de Kaliningrado e se aproximava do espaço aéreo da Otan.

Ainda segundo o documento, a medida segue o compromisso do governo britânico de aumentar os gastos com defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Reino Unido é inabalável em seu compromisso com a Otan. Com a crescente agressão russa e o aumento das ameaças à segurança, estamos nos mobilizando para tranquilizar nossos Aliados, dissuadir adversários e proteger nossa segurança nacional por meio do nosso Plano para a Mudança", disse o ministro das Forças Armadas, Luke Pollard, em nota.