Juízes federais acionam CNJ por penduricalhos pagos a magistrados estaduais e membros do MP

Política
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Um grupo de 53 juízes federais acionou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Poder Judiciário, para receber benefícios e indenizações que são pagos fora do teto a juízes estaduais e a promotores e procuradores do Ministério Público.

Os magistrados pediram a intervenção do CNJ para "assegurar o tratamento isonômico" entre as categorias. "A todos devem ser assegurados os mesmos direitos", argumentam.

Eles alegam que o Conselho da Justiça Federal e os Tribunais Regionais Federais são resistentes em conceder benefícios, enquanto o Ministério Público "avança na valorização remuneratória, com diversas vantagens já pagas administrativamente". Também afirmam que há "disparidades remuneratórias" entre juízes estaduais e federais.

A Reforma do Judiciário, aprovada pelo Congresso em 2004, incluiu na Constituição a previsão de simetria entre as carreiras do Ministério Público e da magistratura. É com base nessa previsão que os juízes federais reivindicam os benefícios.

Em 2003, ao estender aos juízes um penduricalho criado pelo Ministério Público que dá direito a folgas ou bônus em dinheiro por excesso de trabalho, o CNJ reconheceu que as carreiras devem ter o "mesmo grau de atratividade".

Os juízes federais argumentam ainda que a magistratura tem "caráter nacional" e, por isso, não podem ser admitidas "disparidades remuneratórias" entre os tribunais federais e estaduais.

Veja alguns dos benefícios reivindicados pelos juízes federais:

- Pagamento retroativo, a contar de 2015, da licença compensatória por acúmulo de acervo e função, que dá aos juízes o direito de gozarem de até 10 folgas no mês ou receberem um adicional em dinheiro;

- Licença-prêmio;

- Auxílio-saúde com piso de 8%;

- Aumento do auxílio-alimentação;

- Venda de férias sem limite de 1/3 - magistrados têm direito a 60 dias de férias por ano e podem vender parte dos dias de descanso;

- Bônus por exercício em "unidades de difícil provimento" - varas afastadas de grandes centros urbanos e com transporte reduzido;

- Gratificação por diferença de entrância.

O pedido de providências foi encaminhado ao gabinete do ministro Mauro Campbell Marques, corregedor do CNJ.

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Saiba quem assina a ação:

1.Adrian Soares Amorin de Freitas;

2.Carlos Alberto Loverra;

3.Cassio Murilo Monteiro Granzinoli;

4.Charles Renauld Brazão de Ferraz;

5.Cristiane Farias Rodrigues dos Santos;

6.Danilo Fontenele Sampaio Ganha;

7.Dartanhan Vercingetórix de Araújo e Rocha;

8.Diana Wanderlei;

9.Elidia Aparecida de Andrade Correa;

10.Fabiano Bley Franco;

11.Fabrício de Lima Borges;

12.Fabrício Fernandes de Castro;

13.Fernando Cezar Carrusca Vieira;

14.Francisco de Assis Basílio de Moraes;

15.Frederico Botelho de Barros Viana;

16.Glêdison Marques Fernandes;

17.Gustavo Catunda Mendes;

18.Haroldo Nader;

19.Higino Cinacchi Júnior;

20.Hudson Targino Gurgel;

21.Isabela Guedes Dantas Carneiro;

22.Ivo Anselmo Höhn Junior;

23.José Luiz Paludetto;

24.Leandro Cadenas Prado;

25.Leonardo da Costa Couceiro;

26.Leonardo Pessorrusso de Queiroz;

27.Lincon Pinheiro Costa;

28.Luciano Andrascko;

29.Gustavo Barbosa Coelho;

30.Márcia Souza e Silva Oliveira Fernandes;

31.Maria de Lourdes Coutinho Carvalho;

32.Marianna Carvalho Bellotti;

33.Monica Lucia do Nascimento Alcântara Botelho;

34.Monique Martins Saraiva;

35.Narendra Borges Morales;

36.Noemi Martins de Oliveira;

37.Paulo Henrique da Silva Aguiar;

38.Pedro Luís Piedade Novaes;

39.Raimundo Bezerra Mariano Neto;

40.Raquel Vasconcelos Alves de Lima;

41.Raquel Domingues do Amaral;

42.Raul Mariano Junior;

43.Renato Câmara Nigro;

44.Ricardo Augusto Soares Leite;

45.Ricardo Uberto Rodrigues;

46.Richard Rodrigues Ambrósio;

47.Rodolfo Kronemberg Hartmann;

48.Rodrigo Gasiglia de Souza;

49.Ronaldo José da Silva;

50.Rosmar Antonni Rodrigues Cavalcanti de Alencar;

51.Samuel Parente Albuquerque;

52.Sandro Helano Soares Santiago;

53.Silene Pinheiro Cruz.

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O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., ofereceu nesta quinta-feira, 29, a remoção de um sistema de mísseis de médio alcance dos Estados Unidos no país se a China interromper o que ele classificou como "comportamento agressivo e coercitivo" no Mar da China Meridional.

Anteriormente, os chineses exigiram que as Filipinas removessem o sistema americano, instalado no ano passado, dizendo que estava "incitando o confronto geopolítico e uma corrida armamentista".

Hoje, no entanto, o líder filipino afirmou que não entendia a posição da China, que possui sistemas "mil vezes mais poderosos".

"Vamos fazer um acordo com a China: parem de reivindicar nosso território, parem de assediar nossos pescadores e deixem que eles tenham uma vida, parem de abalroar nossos barcos, parem de atirar canhões de água em nosso povo, parem de disparar lasers contra nós e parem com seu comportamento agressivo e coercitivo, e devolveremos os mísseis Typhoon", disse em coletiva com jornalistas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não houve sobreviventes do acidente de avião em Washington, que ocorreu na noite desta quarta-feira, 29. Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta, 30, o republicano culpou, sem provas, as políticas de diversidade pelo acidente, mas também disse estranhar a falta de movimentação do helicóptero militar poucos segundos antes da colisão.

"Falo com vocês hoje em angústia. Estamos todos de coração partido pelas vidas perdidas nesta noite trágica", disse Trump, ao iniciar a coletiva. "Ainda não sabemos exatamente o que levou ao acidente, mas temos teorias e uma boa ideia do que aconteceu."

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Segundo Trump, a culpa do acidente está no rebaixamento do nível de qualidade das contratações durante a gestão de Joe Biden. Sem evidências, o presidente americano culpou as políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) pelo acidente e disse que suas ordens executivas para reformular o quadro de funcionários federais deve "resolver este problema".

Trump repetiu diversas vezes que apenas pessoas "sãs e com inteligência superior", sem condições psiquiátricas e deficiências, devem operar o tráfego aéreo. Ao mesmo tempo, lançou dúvidas sobre a postura do piloto do helicóptero, evitando dar detalhes sobre suas conclusões. "Não está claro se ele é o culpado, mas em algum momento começamos a nos questionar porque ele não tentou se mover e mudar de rota", disse.

Sobre as vítimas, Trump afirmou que ainda não tem os nomes dos passageiros que estavam no avião, contudo, revelou que haviam cidadãos de outros países além dos dois patinadores artísticos da Rússia já identificados.

O grupo terrorista Hamas libertou oito reféns nesta quinta-feira, 30, na terceira semana do cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza. Os israelenses Gadi Moses, Agam Berger e Arbel Yehud saíram do cativeiro junto com cinco tailandeses. Todos já estão em Israel.

A primeira refém, a soldado israelense Agam Berger, foi libertada no norte de Gaza, pelo Hamas. Ela foi capturada em uma base militar perto da fronteira com o enclave palestino junto de outras quatro militares que foram libertadas no sábado passado, 25.

Agam, de 20 anos, teve que acenar e subir em um palco em frente de uma multidão de palestinos no campo de refugiados de Jabália.

O governo israelense divulgou fotos e vídeos do reencontro da ex-refém com sua família.

Cenas caóticas

Horas depois, o grupo terrorista Jihad Islâmica libertou o restante dos reféns na cidade de Khan Yunis, em frente a casa destruída do ex-líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, que foi morto pelas forças israelenses em outubro do ano passado.

A libertação destes sequestrados foi adiada por conta da imensa multidão que cercava os carros onde estavam os reféns e os veículos da Cruz Vermelha.

Durante a entrega dos reféns, Arbel Yehud, de 29 anos, parecia atordoada enquanto era escoltada por terroristas da Jihad Islâmica até a Cruz Vermelha.

Os veículos da organização transportaram os reféns para as forças israelenses dentro de Gaza e todos já estão em território israelense.

O governo de Israel indicou que Thenna Pongsak, Sathian Suwannakham, Sriaoun Watchara, Seathao Bannawat e Rumnao Surasak são os nomes dos sequestrados tailandeses que foram libertados, segundo o gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

O governo israelense estima que oito cidadãos do país asiático seguem em cativeiro e dois deles são considerados mortos.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, celebrou a volta dos reféns, mas condenou a entrega caótica dos sequestrados. Ele apelou aos mediadores internacionais do cessar-fogo para que eventos semelhantes sejam evitados.

Prisioneiros palestinos

Israel deve libertar 110 prisioneiros palestinos nesta quinta-feira, mas de acordo com o Canal 12 de Israel, Netanyahu suspendeu a liberação dos prisioneiros como forma de protesto pela maneira que os reféns israelenses foram entregues à Cruz Vermelha.

Cerca de 30 dos prisioneiros que serão soltos estão servindo penas de prisão perpétua em Israel por ataques terroristas contra israelenses. Zakaria Zubeidi, um terrorista que chegou a fugir da prisão em 2021, está entre os que serão soltos.

Os reféns e os prisioneiros deveriam ser libertados no final de semana, mas Israel demandou a libertação de Arbel Yehud nesta quinta-feira porque o acordo de trégua previa que todos os civis deveriam ser libertados antes dos militares. Tel-Aviv chegou a proibir a passagem de palestinos para o norte de Gaza por conta da questão, mas recebeu uma prova de vida da refém e permitiu a passagem.

No próximo sábado, 1º de fevereiro, três reféns devem ser libertados. Dessa vez, todos serão homens. Fonte: Associated Press.