Bolsonaro diz que não tem tempo de ler livros: 'tenho rede de Zap e informações'

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não ter tempo de ler livros e que se mantém informado por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia nesta sexta-feira, 31, o ex-presidente foi questionado sobre o último livro que havia lido.

 

Bolsonaro respondeu não ter tempo para ler livro, dedicando-se somente ao que recebe por uma "rede de Zap e informações". "Livro eu não leio mais, não dá, não tenho tempo. Sou sincero. Eu tenho rede de Zap e informações. A China assinou com o Brasil 37 acordos. Esses eu tenho que ler", disse Bolsonaro.

 

Em seguida, o ex-presidente foi questionado se tem o hábito de ver filmes. "Não dá. Só vejo futebol", disse.

 

Durante a entrevista, Jair Bolsonaro comentou ainda sobre as duas penas à inelegibilidade, a cassação de Carla Zambelli (PL-SP) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo e sobre a candidatura de Marcos Pontes (PL-SP) ao comando do Senado.

 

Bolsonaro voltou a criticar as condenações que o tornam inapto a concorrer a cargos eletivos até 2030, mas evitou responder sobre a possível reversão da pena e não comentou sobre um "plano B" para as eleições presidenciais de 2026.

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As Forças de Defesa de Israel informaram que realizaram um ataque contra posições do Hezbollah na fronteira do país com o Líbano na manhã desta sexta-feira, 31, apesar do cessar-fogo. Em comunicado, o exército diz que atingiu "um local militar que incluía infraestrutura subterrânea para desenvolver e produzir equipamentos de combate, além de espaço para cruzar a fronteira sírio-libanesa".

A nota também acusa o grupo xiita libanês de lançar um drone de reconhecimento em direção a Israel na quinta-feira, 30, o que seria uma violação do cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, anunciado no fim de novembro. Legislador do Hezbollah, Ibrahim Moussawi classificou os ataques como uma "violação muito perigosa" e acrescentou que o governo e o exército libanês tomarão medidas imediatas.

De acordo com o Ministério de Saúde do Líbano, duas pessoas foram mortas e outras 10 ficaram feridas na ofensiva. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que o país está "em um momento crítico" e esperando por "tempos difíceis" devido à iminente imposição de tarifas pelos Estados Unidos e garantiu que os canadenses estão prontos para responder, caso as tarifas prometidas pelo presidente Donald Trump sejam aplicadas a partir deste sábado, dia 1ª. "Qualquer resposta do Canadá às tarifas será deliberada, firme e imediata."

"Não é o que queremos, mas se ele Trump avançar, agiremos", acrescentou. "Eu não vou minimizar a situação. Nossa nação pode ter que enfrentar tempos difíceis nos próximos dias e semanas. Eu sei que os canadenses podem estar ansiosos e preocupados. Quero que saibam que o governo federal está ao lado deles", completou Trudeau.

O premiê do Canadá também destacou que, caso o país precise agir contra as políticas de Trump, não desistirá até que todas as tarifas sejam definitivamente removidas. "Tudo está em pauta. Se forem necessárias medidas retaliatórias, tudo o que fizermos será justo em todo o país", pontuou.

Cerca de metade dos dinamarqueses passou a ver os Estados Unidos como uma ameaça considerável ao país depois das ameaças do presidente Donald Trump relacionadas à Groenlândia, mostra uma pesquisa do instituto YouGov ao jornal The Guardian, ambos do Reino Unido. A maioria esmagadora se opõe à anexação da ilha do Ártico por Washington.

Realizada entre os dias 15 e 22, a pesquisa entrevistou cerca de mil pessoas na Dinamarca. Destes, 46% responderam que consideram os EUA uma "ameaça muito grande" ou "ameaça relativamente pequena" para o país. O porcentual é maior do que os que consideram a Coreia do Norte ou o Irã uma ameaça, com 44% e 40%, respectivamente. A ameaça mais citada é a Rússia, por 86% dos entrevistados.

Com relação a soberania da Groenlândia, 78% dos dinamarqueses responderam que se oporiam à anexação dos EUA, mas que a decisão final deveria ser dos groenlandeses, não dos dinamarqueses.

A ilha do Ártico tem uma população estimada em 57 mil pessoas e faz parte da Dinamarca, apesar de um movimento cada vez maior a favor da independência. Um referendo deve ser realizado em breve para os groenlandeses decidirem sobre o futuro.

A divulgação da pesquisa da YouGov acontece dias depois da primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, entrar em um embate com Trump relacionado à Groenlândia e viajar pela Europa para se reunir e buscar apoio de líderes. Na terça-feira, ela foi a Berlim, Paris e Bruxelas para discutir a melhor forma de responder às demandas dos EUA, um dos aliados mais próximos da Dinamarca.

Em apenas alguns dias desde o início do seu segundo mandato, Trump disse querer que os Estados Unidos assumissem o controle da Groenlândia como "uma necessidade absoluta" para a segurança ocidental e se recusou a descartar o uso de força militar ou econômica para tal fim. Ele demonstra o interesse em anexar a ilha desde o primeiro governo. Em 2019, ele pediu a assessores para descobrir como os EUA "poderiam comprá-la".

Além de petróleo e gás, o fornecimento de matérias-primas para tecnologia verde na Groenlândia está atraindo interesse de todo o mundo, inclusive da China.

Se Trump usar tarifas para pressionar a Dinamarca, a União Europeia poderia responder com suas próprias tarifas ou até mesmo usar um "instrumento anti-coerção" especial adotado em 2023, que oferece uma série de contramedidas. Mas essas foram pensadas como fator de dissuasão, e a Dinamarca e os europeus prefeririam muito mais algum tipo de acordo com Trump - embora um que não seja a entrega da sua soberania. Muitas autoridades europeias já estão comparando as exigências de Trump com a forma como o presidente Vladimir Putin, da Rússia, insistiu que a Ucrânia entregasse a Crimeia e outras quatro regiões.

Uma pesquisa de opinião publicada no início desta semana mostrou que 85% dos groenlandeses não queriam que a ilha se tornasse parte dos EUA. A pesquisa do instituto Verian, encomendada pelo jornal dinamarquês Berlingske, mostrou que apenas 6% dos groenlandeses eram a favor de se tornarem parte dos EUA, com 9% indecisos.