'Azarões' na eleição do Senado optam por isolamento e discrição no plenário

Política
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O favoritismo de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado ofuscou seus adversários presentes no plenário na manhã deste sábado, 1.°. Apesar de ter fingido suspense e protocolado sua candidatura nos últimos minutos, ele é tratado como sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) há meses.

O senador Marcos Pontes (PL-SP), que insistiu em manter sua candidatura à revelia do partido, passou por uma saia-justa durante a reunião preparatória antes da votação. Isolado no fundo do plenário, ele foi alvo de risos ao ser criticado pelo líder da bancada, Carlos Portinho (PL-RJ), durante fala no púlpito.

"Queria mandar um recado ao senador Marcos Pontes. Ninguém vai à lua sozinho. É preciso agregar", disse Portinho, fazendo trocadilho com o fato de Pontes ser astronauta. Ele pediu que o colega respeitasse a articulação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro por apoio a Alcolumbre.

Marcos do Val (Podemos-ES), primeiro dos senadores a registrar a candidatura, podia ser visto minutos antes da sessão sentado sozinho em sua mesa, revisando o texto que leria no púlpito. Cada um dos candidatos têm direito a 15 minutos de discurso.

As presenças de Eduardo Girão (Novo-CE) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) também passaram batidas diante do estrelismo de Alcolumbre. Em determinado momento, quando o amapaense voltou a se levantar durante a sessão para cumprimentar aliados, Pacheco comentou no microfone que a andança de Alcolumbre estava provocando alvoroço no plenário, e pediu que se sentasse de novo.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)