Padilha: Hugo Motta vai discutir anistia com líderes, mas esse tema perdeu muita força

Política
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) deve discutir com os líderes das bancadas o projeto que concede a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, mas afirmou ver perda de força no assunto.

As declarações ocorreram à imprensa neste sábado, 1º, pouco antes da votação da eleição para a presidência da Câmara. Na ocasião, Padilha havia sido questionado se impedir o avanço da anistia será uma prioridade do governo federal na Câmara dos Deputados.

"Eu acho que esse tema da anistia perdeu força, pela evidência dos crimes planejados por uma verdadeira organização criminosa", afirmou. Em seguida, ele mencionou a descoberta de planos de assassinatos de autoridades, que incluem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a explosão de um carro-bomba em Brasília.

Padilha prosseguiu: "O que eu vi do presidente Hugo Motta, e neste ponto de vista, é o procedimento de um presidente, é que ele vai discutir esse tema com os líderes. Agora, esse tema perdeu muita força".

O projeto está parado em uma comissão especial, que já foi criada, mas não instalada. O próximo presidente da Câmara ficará encarregado de designar os integrantes da comissão, entre eles o presidente e o relator.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito". A declaração foi realizada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13.

"Precisamos conversar com os EUA sobre quem controlará o acordo. O cessar-fogo em si é certo e nós o apoiaremos, mas há questões a serem discutidas", mencionou Putin, ao ressaltar ser "impossível" não levar em consideração os interesses russos para as negociações.

Na ocasião, Putin disse que "talvez" ele e o presidente norte-americano, Donald Trump, precisem fazer uma ligação por telefone para discutir mais detalhes do acordo. "Agradeço Trump por dar tanta atenção para o acordo com a Ucrânia", afirmou.

Segundo o Kremlin, tropas ucranianas estão em total isolamento em Kursk e a atual proposta do cessar-fogo não deixa claro como a situação se desdobrará na região e em outros locais.

O presidente russo disse que, caso os EUA e a Rússia concordem em estabelecer uma cooperação energética, um gasoduto para a Europa pode ser fornecido.

"Será benéfico para a Europa, graças ao gás russo barato", defendeu Putin.

A Rússia e a Bielorrússia consideraram as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no contexto do conflito com a Ucrânia como "hostis e desestabilizadoras", segundo uma declaração em conjunta dos países lida pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13, ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. "A Rússia e a Bielorrússia estão prontas para tomar medidas militares e diplomáticas em resposta às ações da Otan", menciona o comunicado. De acordo com o informativo, planos para implantar mísseis americanos na Europa desestabilizam a situação.

O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, se opôs ao cessar-fogo temporário proposto pelos Estados Unidos, aceito pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em entrevista para um canal televisivo russo, nesta quinta-feira, 13. "Este cessar-fogo proposto não é nada mais do que uma trégua temporária para os militares ucranianos. Nosso objetivo é um acordo de paz de longo prazo", afirmou. Segundo o representante, os russos querem um acordo de paz que leve em consideração "os interesses legítimos e preocupações" da Rússia, o que, segundo ele, são conhecidos. "Ninguém precisa de passos que imitem um caminho pacífico", ressaltou Ushakov.