Nunca houve imposição de agenda nem de Bolsonaro nem de Lula, diz Alcolumbre

Política
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O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou neste sábado, 1º, que, nas conversas sobre sua candidatura, nem PT, nem PL, ou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) impuseram alguma pauta como condição para apoiar seu nome. Questionado se Bolsonaro teria condicionado apoio ao avanço da pauta da anistia a condenados do 8 de janeiro, Alcolumbre afirmou que discutiu com o ex-presidente sobre liberdade partidária e sobre a pacificação do Brasil, o que ele teria compreendido.

"O que houve, e não posso me negar a ouvir o debate daqueles que acreditam que esse é o tema, é o desejo de parte da Câmara e parte do Senado de debater esse assunto. E disse que não podemos nos furtar de debater qualquer assunto. Quando temos preconceito com um assunto, acabamos empurrando o problema para depois", afirmou Alcolumbre em entrevista ao Estúdio i, da Globonews.

Segundo Alcolumbre, discutir um assunto não quer dizer que se vá "resolvê-lo". "Ouvir manifestação de um lado ou outro não quer dizer que está apoiando manifestação", disse. Ele argumentou que, enquanto presidente, vai pedir a compreensão de atores políticos de que não é saudável debater os extremos. "Quando puxa determinadas agendas tanto a direita ou esquerda, a gente voltar a debater os extremos. Precisamos debater o Brasil", disse.

Ao ser questionado então se não pretendia pautar o tema da anistia, ele afirmou que não se tratava de "pretender ou não pretender". "Discussão é salutar".

Mais cedo, na mesma entrevista, ele afirmou que a pauta da anistia não é um assunto que irá pacificar o Brasil. "Temos que nos dedicar à agenda de pacificação do Brasil. Esse assunto não vai pacificar o Brasil. Agenda do brasileiro é trabalharmos para reduzir a pobreza do Brasil", afirmou.

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Pelo menos oito pessoas morreram em ataques de drones e mísseis russos que atingiram cidades da Ucrânia entre ontem e hoje, disseram autoridades locais neste sábado, 1º. As tropas russas continuam avançando sobre o leste do país.

Um ataque de míssil russo em um bloco de apartamentos na cidade ucraniana de Poltava matou pelo menos sete pessoas e feriu outras 14 pessoas, incluindo três crianças, disse o Ministério do Interior da Ucrânia. Equipes de resgate permanecem no local.

O bombardeio ocorre enquanto as forças russas continuam sua campanha de meses para capturar os principais redutos de Donetsk, Pokrovsk e Chasiv Yar. O Ministério da Defesa da Rússia disse que suas tropas haviam assumido o controle de Krymske, um subúrbio ao norte da cidade de Toretsk, na linha de frente disputada, na região de Donetsk, na Ucrânia.

A metrópole de Odesa, no sul da Ucrânia, também foi atacada na sexta-feira à noite, com mísseis russos caindo no centro histórico da cidade, designado patrimônio mundial pela organização cultural da ONU UNESCO. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que Odesa está se recuperando dos ataques que atingiram prédios históricos. De acordo com ele, representantes diplomáticos noruegueses estavam na região.

Mais de dez mil civis ucranianos já morreram desde o início da guerra com a Rússia, de acordo com as Nações Unidas.

Ataques ucranianos também atingiram a Rússia, com defesas aéreas interceptando nove drones nas regiões de Bryansk, Belgorod e Saratov, disse o Ministério da Defesa da Rússia em um comunicado neste sábado.

Israel e Hamas devem começar na próxima segunda-feira, 3, as negociações para uma segunda fase do cessar-fogo. A segunda etapa, considerada a mais difícil, exige a libertação dos reféns restantes e a extensão da trégua sem tempo definido. Caso um acordo não seja alcançado, a guerra na região pode recomeçar no início de março.

Neste sábado, o Hamas libertou três reféns no sul da Faixa de Gaza no sábado e Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, durante a quarta rodada de trocas em meio ao cessar-fogo. As liberações foram rápidas e ordeiras, após manifestações na troca da última quinta-feira. Outra troca está prevista para o próximo sábado.

Neste sábado, o corredor humanitário de Rafah também foi reaberto para a passagem de palestinos feridos e doentes. A fase 1 do cessar-fogo de seis semanas exige a libertação de 33 reféns israelenses pelo Hamas e de quase 2 mil prisioneiros palestinos pelo governo de Israel, bem como o retorno dos palestinos ao norte de Gaza e um aumento na ajuda humanitária ao território devastado.

Muitos detalhes da segunda fase do cessar-fogo ainda precisam ser definidos entre as partes. O governo de Israel segue afirmando que está comprometido em destruir o Hamas. O grupo terrorista, por sua vez, diz que não libertará os reféns restantes sem o fim da guerra e a completa retirada das tropas israelenses de Gaza.

Em meio ao início das negociações para a segunda fase do cessar-fogo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca na próxima terça-feira.

Sete pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas em decorrência da queda do avião de pequeno porte que caiu na noite de ontem, 31, na Filadélfia, segundo autoridades que acompanham a retirada dos destroços do avião. Segundo as autoridades, dos mortos, seis estavam no avião e um estava na via terrestre.

O avião de pequeno porte transportava seis pessoas, incluindo uma criança que tinha acabado de passar por tratamento em um hospital. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, confirmou que todos os seis passageiros a bordo do jato de transporte médico morreram. Todas as vítimas eram do México. Ela lamentou as mortes.

O avião caiu em um cruzamento movimentado logo após a decolagem do pequeno Aeroporto Nordeste da Filadélfia. As autoridades inspecionaram carros queimados e destroços carbonizados para reunir pistas que possam explicar o acidente. O jato caiu em uma área residencial e explodiu em uma bola de fogo ao cair no cão que engoliu várias casas.

Adam Thiel, diretor administrativo da cidade, disse que pode levar dias - ou mais - até que as autoridades possam confirmar o número total de mortos e feridos. É "inteiramente possível" que haja mudanças nos números de vítimas, disse Thiel. Há "muitas incógnitas" sobre quem estava onde nas ruas do bairro quando o avião caiu.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou as mortes, quando não havia confirmação de sobreviventes.

A Jet Rescue Air Ambulance está sediada no México e tem operações lá e nos Estados Unidos. A empresa operava o Learjet 55, que foi registrado no México. O porta-voz da Jet Rescue, Shai Gold, disse que uma equipe experiente operou o avião e todas as tripulações de voo passaram por um treinamento rigoroso. A Jet Rescue fornece serviços globais de ambulância aérea.

A Administração Federal de Aviação (FAA) disse que o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes liderará a investigação, com o envio de mais investigadores ainda neste sábado.