O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou neste sábado, 1º, que, nas conversas sobre sua candidatura, nem PT, nem PL, ou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) impuseram alguma pauta como condição para apoiar seu nome. Questionado se Bolsonaro teria condicionado apoio ao avanço da pauta da anistia a condenados do 8 de janeiro, Alcolumbre afirmou que discutiu com o ex-presidente sobre liberdade partidária e sobre a pacificação do Brasil, o que ele teria compreendido.
"O que houve, e não posso me negar a ouvir o debate daqueles que acreditam que esse é o tema, é o desejo de parte da Câmara e parte do Senado de debater esse assunto. E disse que não podemos nos furtar de debater qualquer assunto. Quando temos preconceito com um assunto, acabamos empurrando o problema para depois", afirmou Alcolumbre em entrevista ao Estúdio i, da Globonews.
Segundo Alcolumbre, discutir um assunto não quer dizer que se vá "resolvê-lo". "Ouvir manifestação de um lado ou outro não quer dizer que está apoiando manifestação", disse. Ele argumentou que, enquanto presidente, vai pedir a compreensão de atores políticos de que não é saudável debater os extremos. "Quando puxa determinadas agendas tanto a direita ou esquerda, a gente voltar a debater os extremos. Precisamos debater o Brasil", disse.
Ao ser questionado então se não pretendia pautar o tema da anistia, ele afirmou que não se tratava de "pretender ou não pretender". "Discussão é salutar".
Mais cedo, na mesma entrevista, ele afirmou que a pauta da anistia não é um assunto que irá pacificar o Brasil. "Temos que nos dedicar à agenda de pacificação do Brasil. Esse assunto não vai pacificar o Brasil. Agenda do brasileiro é trabalharmos para reduzir a pobreza do Brasil", afirmou.
Nunca houve imposição de agenda nem de Bolsonaro nem de Lula, diz Alcolumbre
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