Lula recebe Alcolumbre e Motta e vai à abertura do Ano Judiciário nesta 2ª-feira

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe os novos presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), na manhã desta segunda-feira, 3. O encontro está marcado para as 10 horas no Palácio do Planalto e contará ainda com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os dois foram eleitos no sábado, 1º, com ampla maioria, com apoio do PT de Lula ao PL de Jair Bolsonaro. Alcolumbre recebeu 73 votos e Motta, 444. Eles vão comandar as Casas pelos próximos dois anos.

À tarde, Lula vai à sessão solene de Abertura do Ano Judiciário de 2025, marcada para as 14 horas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula começa a segunda-feira despachando com o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, e o secretário de Imprensa da Secom, Laércio Portela, agenda que tem sido regular nos últimos dias.

O presidente ainda tem outra reunião da qual o ministro da Secom também participa. Será às 16h, com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Às 17 horas, Lula despacha com o ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba.

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse neste domingo, 2, ao presidente do Panamá, José Raúl Mulino, que o país deve reduzir a presença chinesa na região do Canal do Panamá ou poderá enfrentar retaliações do governo de Donald Trump, segundo comunicado do Departamento de Estado americano.

A Casa Branca considera que a atuação de empresas chinesas nos portos que cercam o canal compromete a neutralidade da via, transferida ao Panamá em 1999. Durante a reunião em Cidade do Panamá, Rubio afirmou que o presidente dos EUA já fez uma "determinação preliminar" de que a influência chinesa viola o tratado que rege a administração do canal. "O secretário Rubio deixou claro que esse status quo é inaceitável e que, sem mudanças imediatas, os Estados Unidos terão de tomar medidas para proteger seus direitos sob o tratado", afirmou o Departamento de Estado.

O governo panamenho minimizou o risco de um impasse com Washington. "Não vejo uma ameaça real ao tratado e sua validade", disse Mulino, após o encontro. Ele reconheceu que a presença da China nos portos que dão acesso ao canal preocupa os EUA, mas destacou que a concessão da empresa Hutchison Ports, responsável pela operação, está sendo auditada e pode ser revisada. Mulino também anunciou que o Panamá não renovará sua adesão à Iniciativa do Cinturão e Rota da China, acordo que busca expandir a influência econômica de Pequim pelo mundo por meio de investimentos em infraestrutura.

A visita de Rubio ocorre em meio a uma escalada na política externa de Trump na América Latina, com aumento da pressão sobre aliados regionais. No sábado (1º), os EUA impuseram tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá e elevaram em 10% os impostos sobre produtos chineses, provocando retaliações imediatas.

Rubio também cobrou do Panamá maior cooperação no controle da imigração e no combate ao tráfico de drogas, agradecendo Mulino pelo compromisso de reforçar as deportações de migrantes. Segundo o Departamento de Estado, os EUA estudam rever a suspensão de programas de assistência externa na América Central, mas detalhes sobre eventuais exceções ainda não foram divulgados.

O encontro gerou protestos em Cidade do Panamá, onde cerca de 200 manifestantes carregaram bandeiras panamenhas e cartazes contra a presença de Rubio. Alguns participantes queimaram um banner com imagens do secretário de Estado e de Trump, antes de serem bloqueados por forças de segurança no caminho para o Palácio Presidencial. Rubio seguirá viagem para El Salvador, Costa Rica, Guatemala e República Dominicana nos próximos dias.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo que o Canadá deveria se tornar o "precioso 51º Estado" de seu país.

Como argumento, Trump diz que os EUA pagam "centenas de bilhões de dólares para subsidiar o Canadá" e que, "sem esse subsídio massivo, o Canadá deixa de existir como um país viável".

O presidente disse ainda que os EUA não precisam de nada que o Canadá tenha. "Temos energia ilimitada, deveríamos fazer nossos próprios carros, e temos mais madeira do que jamais poderemos usar", afirmou, em rede Truth Social, neste domingo, 2.

"Portanto, o Canadá deveria se tornar nosso precioso 51º Estado. Muito menos impostos, e proteção militar muito melhor para o povo do Canadá - e sem tarifas!"

Tarifas

Os Estados Unidos anunciou tarifas de 25% sobre importações do Canadá a partir de terça-feira, 4, com exceção dos recursos energéticos (petróleo, gás natural e eletricidade), que terão tarifa de 10%.

O país também anunciou tarifa de 25% sobre produtos do México e uma tarifa adicional de 10% sobre produtos da China.

Em retaliação, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou taxas de 25% sobre até US$ 155 bilhões (R$ 903 bilhões) em importações dos EUA.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmou neste domingo que o presidente russo, Vladimir Putin, "teme negociações diretas com a Ucrânia" e, por isso, "sinaliza desesperadamente que quer conversar - não conosco, mas com (o presidente dos EUA, Donald) Trump, com a América".

"Em sua mente, isso (negociar diretamente com a Ucrânia) significaria derrota e fraqueza. Em vez disso, ele insiste na velha narrativa de que esta é uma guerra entre o Ocidente e a Rússia - porque admitir que está perdendo para a Ucrânia é insuportável para ele", escreveu na rede social X.

Segundo Zelenski, conversas entre Rússia e Trump, sem a Ucrânia, "não levarão a resultados". O presidente ucraniano acrescenta que "se o presidente Trump e eu discutirmos etapas concretas para terminar esta guerra, e definirmos claramente o caminho a seguir - então, talvez depois disso, ele possa conversar com os russos".

Zelenski defende que "quaisquer conversas entre EUA e Rússia sobre a Ucrânia sem a Ucrânia são perigosas", argumentando que se o mundo fizer concessões a Putin e permanecer impune diante da guerra, uma mensagem perigosa seria enviada: a de que agressão funciona. "Outros líderes autoritários verão que ele destruiu a soberania da Ucrânia e saiu impune."