Genial/Quaest: Lula venceria todos candidatos da oposição se eleição fosse hoje

Política
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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) mostra que, apesar da alta na reprovação do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria todos os candidatos da oposição se a eleição fosse hoje. A pesquisa simula quatro cenários de primeiro turno e seis de segundo turno. Em todos, o atual chefe do Executivo aparece na frente.

 

A pesquisa faz parte do levantamento divulgado na semana passada, que mostrou pela primeira vez desaprovação do governo superior à aprovação. Foram entrevistados presencialmente 4.500 brasileiros, de 16 anos ou mais, entre os dias 23 e 26 de janeiro. O período já capta as mudanças de comunicação no Planalto capitaneadas por Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).

 

Nas seis simulações de segundo turno, Lula tem mais de 40% das intenções de voto. A menor diferença aparece na disputa com o cantor sertanejo Gusttavo Lima, na qual Lula teria 41% dos votos contra 35%. Já o maior favoritismo de Lula se dá na disputa com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil): 45% contra 26% no segundo turno.

 

Frente a Eduardo Bolsonaro (PL) e Pablo Marçal (PRTB), Lula abriria 10 pontos de vantagem: 44% contra 34% de ambos os potenciais candidatos da oposição. Contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a diferença a favor de Lula cai para nove pontos porcentuais: 43% contra 34%. A pesquisa testa ainda um cenário de segundo turno entre Lula e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), no qual o presidente aparece com 45% das intenções contra 28%.

 

A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto porcentual. Nos quatro cenários de primeiro turno - que têm em comum a participação de Ciro Gomes (PDT) -, a liderança de Lula varia de 28% a 33% das intenções de voto, sendo o maior porcentual (33%) no cenário sem Tarcísio, Marçal e Eduardo Bolsonaro. No cenário sem Tarcísio, mas com Gusttavo Lima, Pablo Marçal e Eduardo Bolsonaro, a vantagem cai para 28%.

 

Na pesquisa espontânea, 78% declaram-se indecisos. Apenas três nomes foram citados: Lula, que aparece com 9% das intenções de voto, empatado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Gusttavo Lima teve 1% das menções.

 

A rejeição de Lula, no entanto, é menor do que a de Bolsonaro, conforme a pesquisa da Genial/Quaest. Dos eleitores que conhecem Lula, 49% dizem que não votariam nele. Em relação a Bolsonaro, a rejeição é de 53% (porcentual dos que conhecem e não votariam no ex-presidente). A maior rejeição apurada pela pesquisa é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (56% o conhecem e não votariam nele), seguida por Eduardo Bolsonaro (55%).

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Um Airbus A319 da United Airlines teve passageiros e tripulação removidos às pressas após o motor da aeronave pegar fogo durante a decolagem no aeroporto de Houston, no Texas, neste domingo, 2. O voo 1382 foi interrompido enquanto taxiava na pista pouco depois das 8h30 (11h30, no horário de Brasília) no Aeroporto Intercontinental George Bush.

Não houve feridos. Os passageiros foram transportados de volta ao terminal, informou a Administração Federal de Aviação (FAA). O problema no motor causou fumaça e fogo na asa direita. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver caminhões do Corpo de Bombeiros na pista, assim como os passageiros, que aguardavam sentados no chão.

O voo com 109 pessoas a bordo, sendo 104 passageiros e cinco tripulantes, tinha como destino o Aeroporto LaGuardia, em Nova York, informou a United Airlines em um comunicado.

"Os passageiros desembarcaram na pista através de escorregadores e escadas e foram levados de ônibus para o terminal", continuou a companhia aérea. Uma outra aeronave foi preparada para levar os passageiros ao destino programado. A FAA disse que investigaria o incidente.

Esse é o terceiro incidente que acontece com aeronaves comerciais nos Estados Unidos em menos de uma semana. Na última quarta-feira, 29, um jato da American Airlines transportando 60 passageiros e quatro tripulantes colidiu no ar em Washington com um helicóptero do exército com três soldados a bordo; não houve sobreviventes. Na sexta-feira, 31, na Filadélfia, um pequeno jato caiu em um bairro matando sete pessoas. (Com informações da Associated Press).

A chefe de Relações Exteriores da União Europeia (UE), Kaja Kallas, disse que não haveria um vencedor em uma eventual guerra comercial entre Europa e EUA. Neste domingo, 2, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou à BBC que novas tarifas a bens da UE irão "definitivamente acontecer".

"Ouvimos atentamente essas palavras e, obviamente, também estamos nos preparando do nosso lado", afirmou Kallas a repórteres nesta segunda-feira, 3, de acordo com transcrição da coletiva, antes de participar de uma reunião de cúpula informal da UE sobre defesa, em Bruxelas.

Kallas também destacou a interdependência entre EUA e UE, alertando que uma guerra comercial acabaria beneficiando a China. "Se os EUA iniciarem a guerra comercial, é a China que irá rir", disse. "Estamos muito interligados. Precisamos da América, e a América também precisa de nós", acrescentou.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, quer que os países pressionem Washington para reverter a decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos da OMS. As informações são da Associated Press (AP).

Numa reunião a portas fechadas com diplomatas, ocorrida na semana passada, Adhanom argumentou que o país vai perder informações cruciais sobre surtos globais de doenças.

Em outro encontro na mesma semana, os representantes solicitaram informações à organização sobre como a OMS poderia lidar com a saída de seu maior doador. Para 2024-2025, os EUA devem investir cerca de US$ 988 milhões, cerca de 14% do orçamento de US$ 6,9 bilhões da OMS.

Um documento orçamentário apresentado na reunião mostrou que o financiamento dos EUA "fornece a espinha dorsal de muitas das operações de emergência em larga escala da OMS", cobrindo até 40%.

O relatório também aponta que respostas no Oriente Médio, Ucrânia e Sudão estavam em risco, além de centenas de milhões de dólares perdidos pelos programas de erradicação da pólio e do HIV. (Com informações da Associated Press).