Em 2025, os olhos do mundo continuarão voltados para Brasil, diz Lula em mensagem ao Congresso

Política
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Em mensagem enviada ao Congresso Nacional na abertura dos trabalhos legislativos de 2025, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que os olhos do mundo continuarão voltados para o Brasil neste ano. Ele citou que, em janeiro, o País assumiu a presidência do Brics e, em novembro, presidirá a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém.

"Pela primeira vez, a Amazônia sediará as discussões sobre o futuro do planeta", diz a carta.

Na mensagem, Lula destacou ainda que, com a volta do País ao cenário internacional, foram abertos 300 mercados para produtos brasileiros no exterior.

Ele também chamou a atenção para a conclusão das negociações para o acordo Mercosul-União Europeia, depois de 25 anos de tratativas.

O chefe do Executivo avaliou que, na área internacional, 2024 foi o ano da consolidação do protagonismo do Brasil no mundo.

Citou, por exemplo, que foi realizado pela primeira vez na história do G20, por iniciativa do País, o G20 Social para a sociedade opinar sobre "o mundo que queremos".

Economia

Na carta, o chefe do Executivo ressaltou o crescimento do Brasil desde 2023 e destacou que a projeção atual aponta para um PIB de 3,5% em 2024. "A economia cresce mais, com mais investimentos, consumo, exportações e inovação. A indústria e o agronegócio estão mais fortes. A produtividade aumentou e o desemprego caiu", diz a mensagem.

Lula destaca ainda que, em 2023, o PIB aumentou 3,2% e em 2024 a projeção aponta para 3,5%. "Em média, o Brasil terá crescido, nesses dois anos, mais do que o dobro da média do período 2019-2022", completa a mensagem.

Em relação ao mercado de trabalho, o chefe do Executivo reiterou que o mercado formal tem crescimento em todos os setores e Estados. Em 2023 e 2024, disse, o saldo irá superar três milhões de novos empregos. Segundo Lula, o salário mínimo voltou a ter ganhos reais e continuará subindo acima da inflação.

Lula destacou ainda que nos últimos dois anos o País conquistou os melhores resultados no comércio exterior na história, com um fluxo de entrada de investimentos estrangeiros em US$ 133 bilhões no biênio.

O presidente também citou que, em 2024, o programa Bolsa Família fez a maior transferência da história, de R$ 170,4 bilhões. Ele disse ainda que nos últimos dois anos 24,4 milhões de brasileiros ficaram "livres da fome".

Na mensagem, Lula deu destaque também ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que destinou recursos para investimento em infraestrutura cultura, e ao lançamento do Programa Nova Indústria Brasil (NIB), que reafirmou o compromisso do governo com a revitalização da indústria naval.

"A NIB impulsiona o desenvolvimento do País com medidas direcionadas a setores estratégicos, promovendo a inovação, a sustentabilidade e a competitividade, em uma parceria entre o Governo Federal e o setor produtivo. Ao mesmo tempo em que investe em produtividade e na transformação digital, o Programa redefine o papel do Brasil no comércio global", diz a carta.

Inflação

O governo do presidente da República também afirmou na mensagem ao Congresso que a redução da inflação deve continuar em 2025, amparada pelo desempenho mais positivo esperado para a safra de grãos, as tarifas de energia elétrica e os combustíveis. Em 2026, a expectativa é que a inflação fique próxima ao centro da meta de 3%.

"Em 2025, a redução da inflação deverá continuar, amparada pelo desempenho mais positivo esperado para a safra de grãos, as tarifas de energia elétrica e os combustíveis. O aumento no diferencial de juros do Brasil com outras economias deve auxiliar na dinâmica cambial, também contribuindo positivamente para desaceleração dos preços", diz o governo. "Até meados de 2026, horizonte relevante da política monetária, a expectativa é que a inflação volte a se situar próxima ao centro da meta de 3%. Nesse sentido, vale notar o papel da nova sistemática de meta de inflação, que passa a permitir a ancoragem das expectativas também no longo prazo, ao estabelecer meta contínua de 3% para a inflação no acumulado em 12 meses", acrescenta.

O trecho consta na parte do documento "Compromissos Com o Crescimento Econômico".

De acordo com o governo, as políticas implementadas pela gestão seguem gerando impactos positivos e impulsionando a geração de trabalho e renda em todo o Brasil. Ao citar índices econômicos, a mensagem diz que o "governo federal acredita firmemente na criação de um ambiente que impulsione a inovação, o desenvolvimento de competências e a sustentabilidade". "Espera-se, para 2025, uma trajetória de redução contínua do desemprego, expansão da formalização e inclusão de novos segmentos no mercado de trabalho, abrindo caminho para um Brasil mais justo, inclusivo e produtivo", complementa.

Responsabilidade fiscal

Lula destacou na mensagem que a gestão federal este ano continuará pautada pelo compromisso com o equilíbrio fiscal. Ele destacou a economia de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026 prometida pelo pacote de ajuste fiscal aprovado em 2024 pelo Congresso Nacional.

"Isso (compromisso fiscal) está expresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como no conjunto de medidas fiscais enviadas em novembro de 2024 ao Congresso Nacional, que permitirão economizar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026", salienta a mensagem enviada ao Congresso.

Lula afirmou que no ano passado o governo fez o sexto maior ajuste fiscal do mundo e o terceiro maior entre os países emergentes, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele citou que o déficit primário está estimado em 0,1%, o menor da década.

Segundo o chefe do Executivo, a parceria do governo com o Congresso no ano passado permitiu a aprovação do dobro de projetos prioritários, em comparação com 2023. "O conjunto de medidas fiscais e a regulamentação da reforma tributária são exemplos que ilustram a relação construtiva entre Executivo e Legislativo", diz a carta.

Lula afirmou ainda que, em conjunto com o Congresso, o governo está criando as condições para a construção de um País desenvolvido e justo, com crescimento econômico, geração de emprego e renda e responsabilidade fiscal, social e ambiental. "Em 2024 começamos a colher o que semeamos desde o início do nosso governo. Em 2025, seguiremos plantando, em busca de colheitas ainda mais generosas", reforça.

Educação

Na mensagem enviada à abertura dos trabalhos legislativos de 2025, o presidente da República afirmou também que a educação voltou a ser prioridade em seu governo. Ele deu destaque a programas lançados pela atual gestão, como o Pé-De-Meia, que teve seus recursos bloqueados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O governo do presidente Lula manteve o Pé-de-Meia fora do Orçamento e o programa continua operando à margem das regras fiscais. Diante disso, no último dia 22, o TCU suspendeu o pagamento dos recursos provenientes de fundos privados e que não tenham passado pelo Orçamento. A Advocacia-Geral da União recorreu da decisão.

Na mensagem enviada ao Congresso, lida pelo deputado federal e primeiro-secretário da Câmara, Carlos Veras (PT-PE), Lula afirmou que programas como o Pé-de-Meia e a Escola em Tempo Integral fortalecem a qualidade do ensino, asseguram a permanência dos estudantes nas escolas e pavimentam o caminho para um futuro mais promissor.

"O Programa Pé-de-Meia beneficia mais de 3,9 milhões de estudantes, o equivalente a 54% dos alunos do ensino médio público do País. Em dois anos, foram criadas mais de um milhão de novas vagas em escolas em tempo integral. Com isso, atingimos o maior porcentual de matrículas em tempo integral da série histórica (21,9%)", diz a carta.

O chefe do Executivo avalia ainda que o programa "Mais Professores", lançado em janeiro de 2025, vai se somar ao investimento do governo em educação. Pelo programa , o Ministério da Educação (MEC) vai pagar R$ 1.050 por mês para estudantes de licenciatura (cursos de formação docente) no âmbito do programa Pé-de-Meia Licenciaturas, que será um dos eixos da política Mais Professores, com o objetivo de valorizar a carreira.

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