Câmara renova contrato com empresa de restaurantes associada à escravidão

Política
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A Câmara dos Deputados renovou, no último dia 8, o contrato de exploração de serviços de restaurante da Casa. O Taioba pagará R$ 670 mil até fevereiro de 2026 para gerenciar a alimentação do prédio.

Como mostrou o Estadão, a empresa participa de uma briga milionária pelo controle dos espaços e já teve como sócia Altiva Maria dos Reis Suaiden, que teve dois trabalhadores resgatados de sua fazenda, em 2022, em situações análogas à escravidão.

Ao Estadão, Lélio Augusto Frazão Reis, administrador do Taioba, disse que sua empresa, que também tem contrato em vigor com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), não tem ligação com Altiva e que ela não tem nenhum tipo de participação nos negócios.

"O Taioba Self Service tem 35 anos de existência e tem mais de 25 anos com órgãos públicos. Não tem nada a ver com dona Altiva. A gente usa a mesma marca, mas CNPJs diferentes porque há 20 anos era um grupo só, depois separaram e os filhos criaram as raízes deles", disse. "A gente não tem nenhum impeditivo para poder participar. Ela não tem nenhum tipo de participação."

A Câmara concede, por licitação, o direito de exploração dos restaurantes localizados nos anexos I, II e III da Casa. As empresas selecionadas pagam uma prestação mensal para a Câmara pelo uso das instalações, como se fosse um aluguel, e podem cobrar pelos alimentos que servem. A unidade mais frequentada fica no anexo III. O local é conhecido como "bandejão" e recebe milhares de servidores, visitantes e deputados todos os dias.

A empresa Taioba controlou os restaurantes da Câmara entre 2016 e 2023. Altiva era uma das sócias do CNPJ ligado à empresa que venceu a licitação dos restaurantes em 2018.

O fim da parceria se deu em junho de 2023, por falta de pagamento dos valores devidos pelo uso dos espaços da Casa. O Taioba ainda teve que pagar R$ 1 milhão pelo uso do espaço da Câmara e o CNPJ utilizado ficou proibido de licitar por cinco anos.

A punição durou pouco já que, em 2024, o Taioba voltou a prestar os serviços de restaurante para a Câmara. No período em que esteve fora, quem controlou os espaços foi a empresa mineira, a J&F Bar e Restaurante Ltda, de propriedade de Gabriel Oliveira Bitarães.

Menos de seis meses depois de a empresa iniciar os serviços de alimentação, a Câmara rescindiu o contrato após a empresa receber duas multas. Uma no valor de R$ 212 mil por descumprimento de obrigações trabalhistas. Outra, de R$ 648 mil, por 18 diferentes motivos. Entre eles, servir comida com contaminação microbiológica e usar alimentos vencidos. Documento da Câmara cita que a empresa serviu refeições "com objetos ou agentes estranhos ao produto, tais como pedaço de metal, cabelo, unha, lagarta e pedaço de insetos".

O aditamento do contrato com o Taioba, assinado no último dia 7, tem o mesmo valor previsto na primeira negociação, de fevereiro de 2024: R$ 670.227,90.

Altiva nega ter algum envolvimento com a atual empresa Taioba que está na Câmara e sustenta que, apesar de as empresas se identificarem com esses nomes, não há nenhuma outra ligação. "A gente coloca o nome Taioba por ser um nome já consolidado, mas a razão social é completamente diferente", disse.

Questionada se essa negociação poderia ser uma burla ao processo licitatório, a Câmara diz não é do conhecimento da Casa que Altiva figure em lista de pessoas envolvidas com trabalho escravo e que o parentesco não influenciaria a legalidade do contrato. "Tal condição de parentesco não resultaria em impedimento legal à contratação das referidas empresas", afirmou a Câmara.

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A sessão de fim de semana do Senado americano para acabar com o shutdown mostrou poucos sinais de progresso neste sábado, já que o desejo do líder da maioria no Senado, John Tune, por uma votação rápida não se concretizou.

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Thune disse que a proposta de Trump não faria parte de uma solução para acabar com o shutdown, mas acrescentou que "é uma discussão que o presidente e todos nós queremos ter".

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Os comentários vêm após a Suprema Corte, na noite de sexta-feira, conceder o recurso de emergência do governo para bloquear temporariamente uma ordem judicial que exigia que ele financiasse totalmente os pagamentos de ajuda alimentar do SNAP durante o shutdown. O programa atende cerca de 1 em cada 8 americanos, principalmente aqueles com rendas mais baixas.

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Um incêndio em um depósito de perfumes no noroeste da Turquia na manhã deste sábado, 08, deixou seis pessoas mortas e uma pessoa ferida, segundo informaram as autoridades responsáveis.

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*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado