Sai quem são os 2 deputados do PL que não assinaram pedido de urgência para projeto de anistia

Política
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Apenas dois dos 92 deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, não assinaram o requerimento que acelera a tramitação do projeto de lei que trata da anistia aos presos do 8 de Janeiro na Câmara dos Deputados: Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Robinson Faria (RN).

Rodrigues é figura próxima do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e já fez elogios públicos a ele. Eles se conhecem há cerca de trinta anos, em São Paulo. Segundo correligionários, o deputado do PL é a ponte viável para diálogos da sigla com o ministro.

Já Robinson Faria (PL-RN) é pai de Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações no governo Jair Bolsonaro (PL). Fábio Faria é próximo de alguns ministros da Corte. Como mostrou o Estadão, em 2022, o ministro Dias Toffoli passou o final de semana na casa de praia do ex-ministro.

Ao Placar do Estadão - que mapeia a opinião dos deputados sobre o projeto de lei - porém, Robinson disse que votaria pela anistia e optou por não responder qual modelo de anistia defende ou se Bolsonaro deveria ser incluído no benefício.

Procurados, os deputados não haviam respondido aos contatos da reportagem até o momento da publicação. O canal segue aberto.

Mesmo deputados do PL do Maranhão, conhecidos por costumeiramente votar com o governo e até em posar em fotos com ministros, assinaram o requerimento para acelerar a tramitação da anistia.

O PL protocolou, nesta segunda-feira, 14, o requerimento de urgência ao projeto de lei da anistia. A urgência é o procedimento parlamentar que acelera a tramitação de propostas legislativas. O partido anunciou que a lista tinha 264 assinaturas, mas duas delas foram rejeitadas pela Casa Legislativa.

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A justiça argentina suspendeu nesta terça-feira, 16, a proibição de meios de comunicação divulgarem áudios da irmã do presidente Javier Milei gravados ilegalmente durante reuniões políticas - uma restrição que organizações jornalísticas classificaram como um ataque à liberdade de expressão.

Foi a própria Karina Milei quem solicitou ao juiz civil Patricio Maraniello que anulasse a medida preventiva que ela mesma havia impulsionado no início deste mês após a publicação das conversas. O conteúdo dos áudios não faz alusão a nenhum ilícito, mas expôs a vulnerabilidade da cúpula do poder. Neles, Karina Milei - secretária-geral da presidência - diz a seu interlocutor não identificado que "não podemos entrar em briga entre nós. Temos que estar unidos".

O governo denunciou imediatamente à justiça "um ataque a uma das principais figuras do governo nacional, por meio de uma operação de inteligência não institucional grosseira".

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 16, novas sanções contra indivíduos e empresas acusados de sustentar a rede financeira ligada à Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), grupo paramilitar do Irã, e ao Ministério da Defesa do país persa. Em comunicado, o governo americano informou que sancionou dois facilitadores financeiros iranianos e mais de uma dúzia de indivíduos e entidades localizados em Hong Kong e nos Emirados Árabes Unidos por operações de lavagem de dinheiro e uso de criptomoedas que teriam ajudado a financiar a venda de petróleo iraniano.

Segundo o texto, essas redes de "shadow banking" abusam do sistema financeiro internacional para "evadir sanções por meio de empresas de fachada e criptomoedas". O subsecretário para Terrorismo e Inteligência Financeira, John Hurley, afirmou que, sob o governo Trump, os EUA "continuarão a interromper esses fluxos financeiros que sustentam os programas de armas do Irã e atividades malignas no Oriente Médio e além".

As medidas incluem nomes como os iranianos Alireza Derakhshan e Arash Estaki Alivand, acusados de coordenar a compra de mais de US$ 100 milhões em criptomoedas entre 2023 e 2025 para transações de petróleo. Também foram identificadas empresas nos Emirados Árabes e em Hong Kong, como a Alpa Trading - FZCO e a Powell Raw Materials Trading, que teriam movimentado "centenas de milhões de dólares" em nome da Defesa iraniana e da IRGC.

O Tesouro destacou que essa é a segunda rodada de sanções contra a infraestrutura de "shadow banking" iraniana desde que Trump determinou a campanha de "máxima pressão" sobre Teerã. Redes semelhantes já haviam sido alvo em junho e julho deste ano.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta terça-feira, 16, que o órgão apresentará em breve seu 19º pacote de sanções contra a Rússia, visando criptomoedas, bancos e energia.

Segundo ela, a economia de guerra da Rússia, sustentada pelas receitas dos combustíveis fósseis, está financiando o "derramamento de sangue na Ucrânia".

"Para pôr fim a isso, a Comissão proporá acelerar a eliminação gradual das importações de combustíveis fósseis russos", escreveu von der Leyen na rede X.

A presidente da Comissão ainda afirmou que as ações vem após ela e o presidente dos EUA, Donald Trump, terem uma "boa conversa" sobre o fortalecimento de esforços conjuntos para aumentar a pressão econômica sobre a Rússia por meio de medidas adicionais.