Defesa de ex-assessor de Bolsonaro leva ao STF conversas em rede social atribuídas a Mauro Cid

Política
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O advogado Eduardo Kuntz, responsável pela defesa do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve conversas com Mauro Cid sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens por meio de uma conta no Instagram. A informação consta na defesa apresentada nesta segunda-feira, 16, na qual os advogados também pedem a anulação do acordo de colaboração.

A versão contraria o que Cid afirmou durante seu interrogatório na última semana no Supremo, quando disse não ter tratado da delação com outros investigados ou com a imprensa. A negativa foi dada após questionamento feito pelo advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Tanto Cid quanto Bolsonaro integram o chamado núcleo central da suposta tentativa de golpe de Estado e prestaram depoimento na Primeira Turma do STF. Já Câmara faz parte do núcleo 2 da ação penal que investiga o caso.

Segundo a defesa de Câmara, os diálogos ocorreram entre janeiro e março de 2024, por meio da conta identificada como "GabrielaR702", apontada como sendo administrada por Cid e cujas mensagens vieram a público em reportagem da revista Veja.

Nas conversas, o ex-ajudante de ordens teria falado diretamente com o advogado sobre a delação, feito críticas à investigação e ao relator, ministro Alexandre de Moraes, e compartilhado links de reportagens com detalhes da apuração e do próprio acordo de colaboração.

O advogado afirma que foi procurado por Cid em janeiro. Para confirmar a identidade do militar, os dois realizaram uma ligação telefônica, e o próprio Cid enviou uma foto. Kuntz declarou que já conhecia o tenente-coronel e que, inicialmente, acreditou que o contato pudesse ter como objetivo uma eventual contratação para assumir a defesa de Cid.

A defesa sustenta que as conversas demonstram falta de voluntariedade por parte de Cid ao firmar o acordo de colaboração, o que, segundo os advogados, compromete a validade jurídica da delação. Por isso, pediram ao STF que declare a nulidade do acordo.

Além de questionar a delação, a defesa de Câmara também pediu o afastamento de Moraes da condução do caso, alegando que o ministro é parte interessada no processo. A denúncia da Procuradoria-Geral da República inclui Câmara entre os acusados de integrar um suposto esquema de monitoramento ilegal contra Moraes. Os advogados afirmam que essa condição compromete a imparcialidade do relator.

Nesta segunda-feira, 16, a defesa de Bolsonaro também pediu a anulação da delação de Mauro Cid, alegando que o ex-ajudante de ordens mentiu em depoimento ao STF e violou o sigilo da colaboração, citando como prova uma série de mensagens reveladas pela reportagem.

Os advogados solicitaram ainda que o Supremo oficie a Meta, responsável pelo Instagram, para que forneça dados detalhados da conta "GabrielaR702". Entre as informações requeridas estão registros de IP, localização geográfica, histórico de dispositivos e o conteúdo integral das mensagens trocadas na conta. Anteriormente, Moraes já havia determinado à empresa o envio dessas informações no âmbito da investigação.

O tema veio à tona após o advogado Celso Vilardi, defensor de Bolsonaro, questionar Cid durante o interrogatório no STF se ele havia usado esse perfil para se comunicar com terceiros - o que foi negado pelo ex-ajudante de ordens tanto naquele momento quanto depois da divulgação da reportagem com o conteúdo das mensagens.

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O Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou tomar medidas legais contra a BBC devido à forma como um discurso que ele fez foi editado em um documentário exibido pela emissora nacional britânica.

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Uma carta do advogado de Trump, Alejandro Brito, exige que a BBC "retraia as declarações falsas, difamatórias, depreciativas e inflamadas", peça desculpas e "compense adequadamente o presidente pelo dano causado", ou enfrente uma ação legal de US$ 1 bilhão em danos.

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*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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A explosão, que provocou um incêndio que danificou vários veículos estacionados nas proximidades, ocorreu perto de um dos portões da estação de metrô do Forte Vermelho, informou o Corpo de Bombeiros.

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O edifício do hospital localizado nas proximidades foi isolado em meio a uma forte presença policial. Familiares angustiados se reuniram do lado de fora do prédio.

Musarrat Ansari disse que seu irmão ficou ferido depois que um veículo em chamas colidiu com a motocicleta em que ele estava. "Ele me ligou e disse que tinha machucado a perna e que não conseguia andar", declarou à AFP.

A explosão ocorreu no início da tarde, quando as pessoas estavam voltando do trabalho, perto do metrô no movimentado bairro de Old Delhi.

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Om Prakash Gupta, uma testemunha que mora perto do local, disse que estava em casa quando ouviu uma forte explosão. "Saí correndo com meus filhos e vi vários veículos em chamas, partes de corpos por toda parte", disse ele à Associated Press.

O Ministro do Interior, Amit Shah, disse à imprensa local que o carro era um Hyundai i20 que explodiu perto de um semáforo próximo ao Forte Vermelho. Ele afirmou que as imagens das câmeras de segurança da região farão parte da investigação.

"Estamos explorando todas as possibilidades e conduziremos uma investigação minuciosa, levando em consideração todas as hipóteses", disse Shah. "Todas as opções serão investigadas imediatamente e apresentaremos os resultados ao público."

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O deposto presidente conservador da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta mais acusações criminais, já que os promotores alegaram nesta segunda-feira, 10, que ele ordenou voos de drones sobre a Coreia do Norte em uma tentativa deliberada de aumentar as tensões e justificar seus planos de declarar lei marcial.

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*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.