Senado aprova penas mais duras para crimes violentos e texto segue para a Câmara

Política
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O Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 14, projeto de lei conhecido como pacote anticrimes violentos. O texto endurece a punição para os crimes cometidos com violência e torna mais rígidas as regras para execução da pena nestes casos.

O projeto foi elaborado pela Comissão de Segurança Pública, presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e segue agora para análise da Câmara dos Deputados. O parlamentar afirmou que pedirá ao presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que acelere a tramitação da proposta.

Pelo texto, o crime de roubo cometido com arma de fogo de uso restrito ou proibido passa a ter pena de 8 a 20 anos de prisão em vez dos atuais 4 a 10 anos. O roubo que resultar em lesão corporal grave passa a ser punido com 10 a 20 anos de prisão. Atualmente, a pena varia de 7 a 18 anos.

Também houve aumento de 6 para 8 anos na pena mínima por homicídio simples, que pode chegar a até 20 anos. No caso de tráfico de drogas, as penas serão aumentadas de um sexto a dois terços se o tráfico ocorrer em praças, associações de moradores e transportes públicos.

Outra mudança importante é a redução do limite para que a pena seja cumprida em regime fechado. Hoje, apenas condenações a 8 anos ou mais de prisão iniciam a execução penal na prisão. A proposta é diminuir para 6 anos.

Além disso, condenados por tráfico, milícia e organizações criminosas só poderão progredir de regime se ficar comprovado que eles pagaram a multa aplicada na condenação - a exceção é se o condenado conseguir comprovar que não tem recursos.

Veja a lista dos crimes que tiveram penas aumentadas:

Roubo cometido com arma de fogo de uso restrito ou proibido: pena de oito a 20 anos de reclusão (hoje varia de quatro a dez anos, aumentada em dois terços quando há uso de arma de fogo);

Roubo que resultar em lesão corporal grave: pena de dez a 20 anos de reclusão (atualmente varia de sete a 18 anos);

Extorsão para impor contratação de serviços: aumento de pena de um terço até a metade, como já acontece para a extorsão com arma de fogo. A pena inicial vai de quatro a 10 anos de reclusão;

Constituição de milícia privada: pena de seis a dez anos de reclusão (atualmente vai de quatro a oito anos);

Receptação: pena de dois a seis anos de reclusão (atualmente varia entre um e quatro anos);

Receptação culposa (quando quem comprou deveria presumir que é produto oriundo de crime): pena de um a cinco anos de reclusão (atualmente é de um mês a um ano ou multa);

Homicídio simples: pena de oito a 20 anos de reclusão (atualmente é de seis a 20 anos);

Tráfico de drogas: as penas, que são variadas, aumentam em um sexto a dois terços quando o tráfico é praticado em praças, associações de moradores e transportes públicos (atualmente essa regra já vale para estabelecimentos prisionais, hospitais e escolas, por exemplo).

Roubo praticado em associação com uma ou mais pessoas ou contra transportes de valores e cargas: passa a ser considerado roubo qualificado, com pena de seis a 12 anos de reclusão (atualmente a pena é de quatro a dez anos, com possibilidade de aumento de um terço à metade no caso transporte de valores ou colaboração voluntária de duas ou mais pessoas

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Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma ação conjunta contra redes de crime cibernético no Sudeste Asiático, no que classificaram como a "maior operação já vista" nesta categoria, segundo comunicado divulgado hoje pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

Autoridades americanas e britânicas impuseram sanções abrangentes contra 146 alvos dentro do Prince Group, uma rede com base no Camboja liderada pelo CEO Chen Zhi, que opera um império transnacional através de golpes de investimento online. O Prince Group, seus líderes, funcionários e 117 instituições consideradas subsidiárias foram designadas pelos EUA como Organização Criminosa Transnacional (TCO, em inglês).

Os reguladores também cortaram o conglomerado de serviços financeiros Huione Group do sistema financeiro dos EUA. Baseado no Camboja, o grupo é considerado crítico para lavagem de receitas de ciberataques realizados pela Coreia do Norte e pelo Prince Group no Sudeste Asiático.

As ações bilaterais de sanções foram acompanhadas pela abertura de uma acusação criminal nos EUA contra Chen Zhi, conforme a nota. Esta ação coordenada resulta da colaboração entre o FBI, o Escritório do Procurador dos EUA no distrito de Nova York e Escritório de Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido (FCDO, em inglês).

Segundo o comunicado, as perdas dos EUA com golpes de investimento online aumentaram nos últimos anos, totalizando mais de US$ 16,6 bilhões. Estima-se que os americanos perderam pelo menos US$ 10 bilhões para operações de golpe baseadas no Sudeste Asiático em 2024, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.

Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast ((sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o presidente da Argentina, Javier Milei, tem o seu "apoio completo e total" para as próximas eleições de meio de mandato, em publicação na Truth Social na noite desta terça-feira, 14.

"Ótima reunião hoje com Javier Milei! Ele está fazendo as coisas certas para o seu país. Espero que o povo da Argentina entenda o quão bom trabalho ele está fazendo", escreveu o republicano. "Vamos ajudá-lo a alcançar o incrível potencial da Argentina. Ele não vai decepcioná-los. Tornem a Argentina boa de novo!".

Mais cedo, os líderes se reuniram na Casa Branca para discutir a linha de swap cambial fornecida pelos EUA para resgatar o peso argentino, em um momento delicado para a gestão de Milei. O ultraconservador enfrenta pressão após turbulências econômicas, escândalos de corrupção e a derrota do seu partido nas eleições provinciais de Buenos Aires enfraquecerem o apoio ao seu governo antes das eleições de meio de mandato, previstas para 26 de outubro.

O Hamas apressou-se nesta terça-feira, 14, para aliviar a pressão sobre um cessar-fogo frágil em sua guerra com Israel, devolvendo os corpos de mais reféns mortos. A medida veio após uma agência militar israelense afirmar que reduziria pela metade as entregas de ajuda humanitária a Gaza devido a preocupações de que o grupo estava entregando os restos mortais mais lentamente do que o acordado.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel confirmou que as autoridades receberam quatro reféns falecidos que a Cruz Vermelha entregou às autoridades militares israelenses dentro de Gaza. Os corpos serão levados para o Centro Nacional de Medicina Forense, onde serão identificados e as famílias notificadas.

Esta última transferência de restos mortais ocorre um dia após Israel ter recebido os corpos de outros quatro reféns mortos. Apesar do desenvolvimento, não estava claro se a agência militar israelense, conhecida como COGAT, seguirá com sua decisão de permitir a entrada em Gaza de apenas metade dos 600 caminhões de ajuda humanitária previstos no acordo.

O escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza, assolada pela fome, recebeu a notícia dos cortes pela agência militar israelense encarregada de transferir ajuda para o território, segundo a porta-voz Olga Cherevko. Autoridades dos EUA também foram notificadas, de acordo com três fontes da Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou preocupação em uma postagem nas redes sociais de que poucos reféns mortos foram devolvidos. Ele não mencionou a redução pela metade do fluxo de ajuda para o território por parte de Israel. Em resposta às preocupações, o Hamas e a Cruz Vermelha afirmaram que o nível de destruição na Faixa de Gaza dificulta o resgate dos restos mortais.

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Ainda, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, disse que 15 tecnocratas palestinos foram selecionados para administrar Gaza, com aprovação de Israel, Hamas e todas as outras facções palestinas. A agência de desenvolvimento da ONU disse que a última estimativa conjunta com a União Europeia e o Banco Mundial é que a reconstrução de Gaza exigirá 70 bilhões de dólares. (*Fonte: Associated Press).

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