Flávio Bolsonaro sugere que EUA ataquem 'barcos com drogas' na Baía de Guanabara

Política
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais nesta quinta-feira, 23, para sugerir ao secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, que "ajudasse" o Brasil no combate ao tráfico de drogas pela Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou uma publicação de Hegseth em que o secretário do governo Donald Trump informa que o Departamento de Guerra atacou uma embarcação de uma organização terrorista no Pacífico Leste.

"Hoje, sob a direção do presidente Trump, o Departamento de Guerra realizou mais um ataque cinético letal contra uma embarcação operada por uma Organização Terrorista Designada (DTO). Mais uma vez, os terroristas, agora falecidos, estavam envolvidos no narcotráfico no Pacífico Leste", escreveu Hegseth em uma publicação na rede social X.

'Que inveja'

Na publicação, Hegseth compartilha um vídeo do momento do ataque. Ao compartilhar o conteúdo, Flávio escreveu: "Que inveja. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?".

Este foi o oitavo ataque conhecido que as forças de Operações Especiais dos EUA realizaram desde 2 de setembro, quando os militares, sob ordens do presidente Donald Trump, começaram a matar pessoas a bordo de barcos que supostamente estavam contrabandeando drogas como se fossem combatentes inimigos em uma guerra, em vez de suspeitos de crimes. Foi a primeira vez que um ataque do tipo atingiu um barco no Pacífico, na costa da Colômbia, em vez de no Mar do Caribe.

O governo Trump afirmou que cada um dos ataques ocorreu em águas internacionais e que os passageiros eram membros de cartéis de drogas que o Departamento de Estado havia designado como organizações terroristas.

O governo também afirmou que a inteligência respalda suas acusações sobre as identidades dos passageiros e o que eles estavam fazendo, mas não apresentou provas.

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Quinze países árabes e islâmicos divulgaram nesta quinta-feira, 23, um comunicado conjunto condenando "nos termos mais fortes" a aprovação pelo Knesset - a Assembleia Legislativa de Israel - de dois projetos de lei que buscam "impor a chamada 'soberania israelense' sobre a Cisjordânia ocupada e sobre os assentamentos coloniais ilegais".

Segundo a nota, as medidas representam uma "violação flagrante" do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O texto é assinado por Qatar, Jordânia, Indonésia, Paquistão, Turquia, Djibuti, Arábia Saudita, Omã, Gâmbia, Palestina, Kuwait, Líbia, Malásia, Egito, Nigéria, além da Liga dos Estados Árabes e da Organização de Cooperação Islâmica.

Os signatários reafirmam que "Israel não tem soberania sobre o território palestino ocupado" e recordam a opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que considerou ilegais a ocupação e a construção de assentamentos.

Os países também saúdam a nova opinião consultiva da CIJ, emitida em 22 de outubro, que reafirmou a obrigação de Israel, sob o direito humanitário internacional, de garantir à população dos territórios ocupados "os suprimentos essenciais à vida diária" e de permitir o acesso da ajuda humanitária.

Por fim, o grupo "alerta contra a continuidade das políticas unilaterais e ilegais de Israel" e pede à comunidade internacional que assuma responsabilidade para garantir o direito dos palestinos de estabelecer "seu Estado independente e soberano nas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como capital".

O presidente russo, Vladimir Putin, instou a criação de um modelo de inteligência artificial (IA) avançada da Rússia, em discurso feito nesta quinta-feira, 23. Na ocasião, ele disse que a falta de um modelo próprio pode, eventualmente, minar a soberania do país e os tornar dependentes da tecnologia fornecida por outros . "Podemos criar modelos de IA soberanos, não copiar os de outra pessoa. Podemos perder a soberania por causa disso", afirmou Putin.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a reunião com o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, precisa ser preparada e que o encontro incerto entre os dois líderes, que aconteceria em Budapeste, na Hungria, foi proposto pelos próprios norte-americanos, segundo informações da agência estatal russa RIA.

Segundo a RIA, Putin disse querer manter o diálogo com os EUA e minimizou os efeitos das sanções norte-americanas sobre a economia russa.

Ele afirmou que a contribuição da Rússia para o balanço energético global é muito significativa e teria discutido com Trump o impacto da situação do fornecimento de petróleo russo sobre os preços globais, inclusive nos EUA. "O setor energético da Rússia está confiante, embora certas perdas sejam esperadas", afirmou, segundo a agência.

A Interfax informa que Putin disse que, apesar do pouco impacto na economia, as sanções dos EUA prejudicam a relação com a Rússia. "É muito provável que Trump quisesse dizer que a reunião foi adiada", ponderou, ao se referir a fala da quarta-feira do presidente dos EUA.