PGR instaura investigação de servidores por criticas a pagamento de penduricalho a procuradores

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou sindicância para apurar a conduta de servidores da instituição que criticaram em grupos de WhatsApp o recebimento de penduricalhos milionários pelos procuradores.

 

Como revelou o Estadão, no início de outubro a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) apresentou ofício à cúpula da instituição alegando que mensagens criticas veiculadas em grupos de ampla utilização por membros do Ministério Público Federal (MPF) têm maculado a imagem da instituição.

 

O secretário-geral adjunto da PGR, Paulo Santiago, acatou o pedido da associação de classe e determinou a participação das Secretarias de Tecnologia, Polícia do MPF e Perícia e Análise. A instituição tem 60 dias para apurar o caso.

 

O Estadão apurou que a investigação foi colocada em nível três de sigilo, que autoriza apenas procuradores e alguns poucos servidores de acessarem o conteúdo. O servidor Cleuber Filho foi designado responsável pela investigação.

 

A ANPR acusou os servidores do MP de da União de compartilharem "informações falsas" que comprometeriam a imagem da instituição perante a sociedade. Na avaliação do chefe da associação, "tais manifestações extrapolam a esfera da crítica legítima, configurando possível infração ao dever funcional de lealdade, moralidade e ética".

 

Dentre os materiais divulgados nos grupos, constam peças afirmando que o MPF liberou benefício de R$ 1 milhão por procurador. Como mostrou o Estadão, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, atendeu um pedido de associações do MPU e autorizou o pagamento retroativo de licença compensatória para membros da instituição com acúmulo de acervo.

 

As estimativas realizadas à época é de que os pagamentos superariam justamente a cifra de R$ 1 milhão mencionada no grupo. O benefício foi autorizado no mesmo dia em o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) proibiu o pagamento de vantagens financeiras retroativas por meio de decisão administrativa.

 

Mas, na avaliação da ANPR, tais mensagens com menções a este episódio e outros semelhantes seriam "manifestamente falsas". A associação ainda afirma no documento que não é possível atestar a autoria dos materiais compartilhados nos grupos, mas que, pelo teor, possam ter sido elaborados por servidores da própria instituição, "em razão das críticas relacionadas ao reajuste diferenciado entre as carreiras".

 

Os servidores do MPU criticam há anos a diferença entre eles e os membros da instituição, ou seja, os procuradores. Os concursados têm denunciado um "sequestro orçamentário" por parte dos membros, que, por gozarem de poder administrativo na cúpula da instituição, manejariam os recursos em benefício próprio com o pagamento de penduricalhos milionário enquanto os demais trabalhadores sofreriam com reajustes salariais insuficientes.

Em outra categoria

Quinze países árabes e islâmicos divulgaram nesta quinta-feira, 23, um comunicado conjunto condenando "nos termos mais fortes" a aprovação pelo Knesset - a Assembleia Legislativa de Israel - de dois projetos de lei que buscam "impor a chamada 'soberania israelense' sobre a Cisjordânia ocupada e sobre os assentamentos coloniais ilegais".

Segundo a nota, as medidas representam uma "violação flagrante" do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O texto é assinado por Qatar, Jordânia, Indonésia, Paquistão, Turquia, Djibuti, Arábia Saudita, Omã, Gâmbia, Palestina, Kuwait, Líbia, Malásia, Egito, Nigéria, além da Liga dos Estados Árabes e da Organização de Cooperação Islâmica.

Os signatários reafirmam que "Israel não tem soberania sobre o território palestino ocupado" e recordam a opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que considerou ilegais a ocupação e a construção de assentamentos.

Os países também saúdam a nova opinião consultiva da CIJ, emitida em 22 de outubro, que reafirmou a obrigação de Israel, sob o direito humanitário internacional, de garantir à população dos territórios ocupados "os suprimentos essenciais à vida diária" e de permitir o acesso da ajuda humanitária.

Por fim, o grupo "alerta contra a continuidade das políticas unilaterais e ilegais de Israel" e pede à comunidade internacional que assuma responsabilidade para garantir o direito dos palestinos de estabelecer "seu Estado independente e soberano nas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como capital".

O presidente russo, Vladimir Putin, instou a criação de um modelo de inteligência artificial (IA) avançada da Rússia, em discurso feito nesta quinta-feira, 23. Na ocasião, ele disse que a falta de um modelo próprio pode, eventualmente, minar a soberania do país e os tornar dependentes da tecnologia fornecida por outros . "Podemos criar modelos de IA soberanos, não copiar os de outra pessoa. Podemos perder a soberania por causa disso", afirmou Putin.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a reunião com o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, precisa ser preparada e que o encontro incerto entre os dois líderes, que aconteceria em Budapeste, na Hungria, foi proposto pelos próprios norte-americanos, segundo informações da agência estatal russa RIA.

Segundo a RIA, Putin disse querer manter o diálogo com os EUA e minimizou os efeitos das sanções norte-americanas sobre a economia russa.

Ele afirmou que a contribuição da Rússia para o balanço energético global é muito significativa e teria discutido com Trump o impacto da situação do fornecimento de petróleo russo sobre os preços globais, inclusive nos EUA. "O setor energético da Rússia está confiante, embora certas perdas sejam esperadas", afirmou, segundo a agência.

A Interfax informa que Putin disse que, apesar do pouco impacto na economia, as sanções dos EUA prejudicam a relação com a Rússia. "É muito provável que Trump quisesse dizer que a reunião foi adiada", ponderou, ao se referir a fala da quarta-feira do presidente dos EUA.