Tarcísio defende enquadrar facções como terrorismo ao comentar Projeto Antifacção de Lula

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reiterou nesta segunda-feira, 03, a defesa de que facções criminosas sejam enquadradas como organizações terroristas, ao comentar o Projeto de Lei Antifacção, enviado pelo governo federal ao Congresso na semana passada. Segundo Tarcísio, o objetivo é construir "o melhor texto possível" para fortalecer a segurança pública.

 

"Eu ainda não vi o texto do projeto de lei que o governo federal mandou, mas a gente tem o PL do (deputado do União-CE) Danilo Forte, que deve ser relatado pelo (secretário de Segurança Pública Guilherme) Derrite agora. Derrite vai ser liberado agora para tomar conta desse projeto. Isso foi combinado com o próprio presidente da Câmara (Hugo Motta)", disse o governador a jornalistas depois de participar da entrega de unidades habitacionais pelo governo paulista em Guarulhos (SP). "A ideia é que a gente possa pensar um projeto no outro e, a partir dali, fazer o melhor texto."

 

Tarcísio afirmou que o País "não pode aceitar organizações que ergam barricadas e imponham o terror territorial", obrigando moradores e comerciantes a agir sob autorização de criminosos. Para o governador, esse tipo de atuação deve ser enquadrado como terrorismo. O projeto do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não faz tal classificação, mas endurece penas e estabelece novos mecanismos de investigação.

 

"Quem põe terror à sociedade, quem queima ônibus, quem não deixa o Estado funcionar - porque esses caras afastam o Estado do cidadão - precisa ser punido com toda severidade", disse.

 

Segundo o chefe do Executivo paulista, é preciso rever também o tamanho das penas, para que o Judiciário não leve em conta "apenas delitos de menor gravidade" e acabe permitindo que reincidentes voltem rapidamente às ruas. A reincidência, destacou, é uma das principais chagas do sistema penal brasileiro. O tema encontra-se nos dois projetos.

 

Sobre a união de governadores de direita, Tarcísio explicou que o objetivo do consórcio entre os Estados do Sul e do Sudeste é ampliar a adesão de Unidades da Federação para "dar mais agilidade" ao intercâmbio de informações e garantir que as inteligências atuem de forma integrada. O governador afirmou que há casos de criminosos que atuam em diferentes Estados e que, por isso, "é fundamental que as polícias troquem informações" e colaborem em operações conjuntas.

 

Segundo ele, o consórcio também permitirá ganhos de escala, com compras coletivas que reduzem custos, além do compartilhamento de bancos de dados e da atuação coordenada entre as forças de segurança. Quanto maior a integração, afirmou, melhores serão os resultados na segurança pública, e essa é a lógica que orienta o fortalecimento do consórcio.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou há pouco que "foi uma honra" receber Ahmed Hussein al-Sharaa, o novo presidente da Síria, na Casa Branca nesta segunda-feira, 10.

Trump disse que ambos discutiram todas as complexidades da paz no Oriente Médio, da qual, segundo ele, al-Sharaa é um grande defensor.

"Estou ansioso para nos encontrarmos e conversarmos novamente. Todos estão falando sobre o Grande Milagre que está ocorrendo no Oriente Médio. Ter uma Síria estável e bem-sucedida é muito importante para todos os países da região", escreveu o republicano na Truth Social.

Em comunicado conjunto, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE) propuseram aprofundar a cooperação em energia renovável, segurança alimentar, inovação tecnológica, intercâmbios culturais e outros campos.

O comunicado também reafirma que ambos os lados aderem aos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, especialmente a igualdade soberana dos Estados, o respeito pela integridade territorial e independência política, a não interferência nos assuntos internos de outros países e a resolução pacífica de disputas.

"O Roteiro avançará nossos compromissos compartilhados e acelerará a cooperação em ação climática e proteção ambiental, transição energética e interconexões regionais, impulsionando o comércio e os fluxos econômicos e a resiliência, além de aprofundar nossos esforços conjuntos para combater o crime organizado transnacional", pontuou o documento.

A Cúpula Celac-UE aconteceu entre domingo e hoje, em Santa Marta, na Colômbia.

Nicolas Sarkozy foi libertado da prisão nesta segunda-feira, 10, após um tribunal de apelações de Paris conceder ao ex-presidente francês liberdade condicional sob supervisão judicial , menos de três semanas depois de ter começado a cumprir uma pena de cinco anos por conspiração criminosa em um esquema para financiar sua campanha eleitoral de 2007 com fundos da Líbia.

Sarkozy, de 70 anos, saiu da prisão de La Santé de carro e logo em seguida entrou rapidamente em sua casa, na zona oeste de Paris. A breve cena contrastou com sua prisão pública, 20 dias antes, quando caminhou de mãos dadas com sua esposa, a ex-supermodelo Carla Bruni-Sarkozy, por um beco perto de sua casa, acenando para seus simpatizantes.

O ex-presidente, que nega qualquer irregularidade, está proibido de deixar o território francês e de entrar em contato com algumas pessoas, incluindo réus e testemunhas no caso, afirmou o tribunal.

Espera-se que o julgamento do recurso ocorra posteriormente, possivelmente na primavera.

*Com informações da Associated Press.