Vereadora cassada e mais 2 são alvo de ameaça em SC

Política
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Na última sexta-feira, prestes a ser cassada por denunciar o que considerou um gesto nazista supostamente praticado por dezenas de bolsonaristas em frente à base do Exército de São Miguel do Oeste (SC), em novembro passado, a vereadora Maria Tereza Capra (PT) recebeu uma ameaça de morte por e-mail. O texto afirma que a cassação do mandato era só o primeiro passo. "Vou cassar sua vida", diz a mensagem. Outras duas vereadoras do Estado também foram alvo de ataques pela internet.

Na mensagem enviada a Ana Lúcia Martins (PT), vereadora de Joinville, os principais insultos são racistas. A parlamentar é chamada de "macaca imunda" e o autor diz que ela deveria morrer porque é uma mulher negra. O mesmo e-mail contém xingamentos a Maria Tereza e também à vereadora Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma.

Ana Lúcia, que defendeu Maria Tereza em seu processo de cassação, registrou um boletim de ocorrência e uma manifestação no Ministério Público do Estado pedindo investigação. Em 2020, quando assumiu o mandato, Ana Lúcia, a primeira vereadora negra eleita na cidade, foi ameaçada de morte. O autor foi identificado e a investigação segue. "São pessoas intolerantes, racistas, que não aceitam a presença de uma mulher negra na Câmara", disse ela. "Temos o direito de exercer o nosso mandato. Não podemos ter a dignidade atacada por pessoas que nem conhecemos. Estamos sendo xingadas de macacas neste século. Estamos regredindo."

Alvos

Giovana Mondardo recebeu o mesmo e-mail enviado à parlamentar cassada. Ainda mais violenta e ofensiva, a mensagem a cita como uma "prostituta". Em seguida, o autor diz que vai matá-la, assim como Maria Tereza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No texto há ainda a afirmação de que o gesto em frente ao quartel não era nazista, mas uma "saudação romana". Em ambos os e-mails o autor consta como sendo Vanirto Conrad (PDT), ex-presidente da Câmara Municipal de São Miguel do Oeste (SC). Ele nega a autoria. "Sou uma pessoa de bem, nunca fui racista. Não sei nem mandar um e-mail", disse. Ele afirmou que também iria registrar um boletim de ocorrência.

Nos três casos, as mensagens foram enviadas pelo JitJat, provedor de endereços eletrônicos que garante anonimato aos usuários.

Governo federal trata caso como violência política

Os casos relatados pelas três vereadoras de cidades catarinenses ampliariam o alerta para a escalada da violência política no País. Na semana passada, o ministro de Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, recebeu a então vereadora Maria Tereza Capra (PT) - ela foi cassada dois dias depois - , e a tratou como uma vítima de violência política. Segundo nota divulgada pela pasta, o governo a incluirá no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), para lhe garantir "proteção e dignidade".

No final do ano passado, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) solicitou ao Ministério Público Eleitoral de Santa Catarina que investigasse as ameaças e agressões sofridas. A violência política contra a mulher passou a ser tipificada como crime em agosto de 2021. Desde então, somente o Ministério Público Federal (MPF) contabilizou, em 15 meses, 112 procedimentos relacionados ao tema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A China começou o ano com uma ofensiva contra os contratantes de defesa dos EUA, respondendo às vendas de armas para Taiwan ampliadas pelo governo Biden e dando um novo aviso ao presidente eleito Donald Trump sobre as ferramentas que Pequim pode usar para proteger os interesses nacionais.

Nesta quinta-feira, 2, o Ministério do Comércio da China colocou na lista de restrições dez empresas americanas como "entidades não confiáveis" impedidas de fazer negócios no país e disse que bloquearia outras 28 de comprar componentes não especificados que poderiam ter usos civis e militares duplos.

A maioria dos contratantes de defesa nomeados já foi sancionada pela China e tem pouco comércio com o país, ao contrário de algumas das centenas de entidades chinesas com operações nos EUA alvos de punições por Washington, como a Huawei Technologies.

Embora o impacto imediato seja provavelmente mínimo, as medidas são importantes como lembretes simbólicos do tipo de medidas que a China poderia nivelar mais amplamente contra as corporações americanas em qualquer conflito futuro.

O FBI, a polícia federal americana, afirmou nesta quinta-feira, 2, que o ataque com uma caminhonete em Nova Orleans, no Estado da Louisiana, nos EUA, foi orquestrado sozinho pelo motorista em um "ato de terrorismo". Ele atropelou e matou cerca de 15 pessoas na última quarta-feira, 31, dia de Ano Novo.

Segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o motorista havia postado vídeos em redes sociais horas antes do ataque dizendo que se inspirava no Estado Islâmico, expressando desejo de matar civis.

O FBI identificou o motorista como sendo Shamsud-Din Bahar Jabbar, de 42 anos. Autoridades ainda não divulgaram os nomes das pessoas que foram mortas neste ataque, mas as famílias e os amigos das vítimas têm compartilhado suas respectivas histórias. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas.

Bombas encontradas

O FBI informou ainda que suposto autor do ataque com uma caminhonete em Nova Orleans que deixou 15 mortos também tinha colocado duas bombas caseiras nas ruas do French Quarter, onde ocorreu o ataque.

"Obtivemos imagens de câmeras de vigilância nas quais Jabbar é observado colocando os artefatos no local onde foram encontrados", na Bourbon Street e em outra rua vizinha, declarou Christopher Raia, alto funcionário da agência, em coletiva de imprensa.

O ataque em Nova Orleans

Cerca de 15 pessoas morreram e várias outras ficaram feridas depois que um veículo atropelou uma multidão durante a noite de ano-novo em Nova Orleans. Depois de avançar com a caminhonete em alta velocidade, o motorista trocou tiros com a polícia e morreu.

No carro que o suspeito dirigia foram encontrados uma bandeira do Estado Islâmico, armas e "potenciais dispositivos explosivos improvisados", segundo o FBI, que investiga o ataque como ato de terrorismo.

Ligação com Las Vegas

Inicialmente, havia uma suspeita de que o ataque poderia ter alguma relação com o que aconteceu em Las Vegas, onde um homem explodiu um carro da Tesla em frente a um hotel de Donald Trump, presidente eleito dos EUA que tomará posse em 20 de janeiro.

Tanto Jabbar quanto Matthew Livelsberger, que explodiu o carro em Las Vegas, serviram na mesma base americana como soldados do Exército - Jabbar era veterano e Livelsberger da ativa. E os carros haviam sido alugados por meio do mesmo aplicativo, de acordo com as investigações iniciais. A hipótese, porém, foi descartada pelas autoridades, que dizem que Jabbar agiu sozinho. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A pessoa que morreu na explosão da picape Cybertruck, da Tesla, em frente a um hotel do presidente eleito do país, Donald Trump, em Las Vegas, era um soldado da ativa do exército americano, de acordo com informações de oficiais dos Estados Unidos à Associated Press. O autor de outro ataque - o atropelamento que matou 15 pessoas em Nova Orleans - também foi do Exércio e serviu na mesma base.

Dois agentes oficiais, que falaram à AP na condição de anonimato, já que não estão autorizados a discutir a investigação em andamento, identificaram a pessoa que estava no carro como sendo Matthew Livelsberger.

Três oficiais dos EUA disseram que Livelsberger era um soldado da ativa do Exército que passou um tempo servindo na base antes conhecida como Fort Bragg, uma instalação gigantesca no Estado da Carolina do Norte, casa das forças especiais do exército. Esses oficiais também falaram em anonimato pois não poderiam discutir a natureza do serviço de Livelsberger.

A explosão da caminhonete aconteceu horas depois de um motorista, de 42 anos, ter atropelado e matado ao menos 15 pessoas na cidade de Nova Orleans, no Estado de Louisiana.

Shamsud-Din Bahar Jabbar, autor do ataque, foi morto pela polícia local. O ataque está sendo investigado como ato terrorista, e as autoridades acreditam que ele não agiu sozinho.

Jabbar era um veterano do exército dos EUA e também passou um tempo na base de Fort Bragg, mas um oficial afirmou à reportagem que, até agora, não há conhecimento sobre uma possível sobreposição nas funções de ambos no local.

As autoridades, porém, buscam saber se há alguma ligação entre os casos, por conta dessa possível proximidade e também pelo fato de os carros terem sido alugados por meio do mesmo aplicativo. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)