Regularização de terras é aposta da bancada rural

Política
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O Brasil não tem problemas de legislação de reforma agrária e conta com uma lei moderna, que regula os assentamentos. O principal problema se concentra na discussão de uma nova política de regularização fundiária. Essa avaliação é do deputado Zé Silva (SD-MG), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), autor de projeto de lei 2.633/20, que muda a MP 910 - a MP da Grilagem.

O projeto deve ser apreciado até o fim do mês, prevê o parlamentar. "Nós temos o compromisso do presidente da Casa, o Arthur Lira, de pautar a matéria em abril. A nossa lei regulariza terras públicas do governo federal. Há 300 mil ocupantes dessas áreas na Amazônia, além de outros 146 mil fora dessa região."

Zé Silva lembra que o projeto atinge terras ocupadas só até 22 de julho de 2008, data do Código Florestal. "A MP trazia até 2018/2019, mas meu projeto muda isso." Entre as alterações estão a redução do limite de módulos fiscais, que era de 15, na MP, para 6 (módulos fiscais variam de 5 a 110 hectares, dependendo da região). As áreas terão vistoria remota do Incra, não podem ter embargo ambiental ou denúncia de trabalho escravo e devem ter só uma escritura.

Silva diz que 92% dos ocupantes de terras públicas têm até 100 módulos e somam 47% das terras, o que significa que os 8% restantes têm 9 milhões de hectares. São as maiores fazendas e deverão ter vistoria presencial. Ele afirma que a MP previa prioridade nas licitações para quem já está na terra. "Por isso, era a MP da Grilagem. Minha proposta retira essa preferência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Israel anunciou que enviará uma delegação ao Catar na segunda-feira, 10, "em um esforço para avançar nas negociações" sobre o cessar-fogo em Gaza. Já o Hamas relatou "sinais positivos" nas conversas com mediadores egípcios e do Catar sobre o início das negociações para a segunda fase do cessar-fogo, que foi adiada.

A declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não forneceu detalhes, mas disse que o país "aceitou o convite dos mediadores apoiados pelos Estados Unidos".

O porta-voz do Hamas, Abdel-Latif al-Qanoua, também não divulgou detalhes.

As negociações sobre a segunda fase deveriam ter começado há um mês.

Não houve comentário imediato da Casa Branca, que na quarta-feira confirmou as negociações diretas dos Estados Unidos com o Hamas.

Na última semana, Israel pressionou o Hamas para liberar metade dos reféns restantes em troca de uma extensão da primeira fase, que terminou no último fim de semana, e uma promessa de negociar um cessar-fogo duradouro.

Acredita-se que o Hamas tenha 24 reféns vivos e os corpos de outros 34.

Com o fim da primeira fase, Israel cortou todos os suprimentos para Gaza e seus mais de 2 milhões de habitantes, enquanto pressionava o Hamas para aceitar o acordo.

O grupo militante afirmou que a medida também afetaria os reféns restantes. Fonte: Associates Press

O provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, anunciou neste sábado, 8, que as negociações para uma coalizão entre os partidos União Democrata-Cristã (CDU), União Social-Cristã (CSU) e Partido Social-Democrata (SPD), de Olaf Scholz, foram concluídas. "O resultado: uma agenda clara para estabilidade, força econômica e coesão social", escreveu Merz em seu perfil no X.

"Apostamos em investimentos em infraestrutura, uma economia competitiva, uma política fiscal sólida e uma imigração controlada. A Alemanha precisa de uma liderança clara e ações decididas - exatamente isso é o que vamos entregar", acrescentou o político.

Na semana passada, representantes dos três partidos realizaram as primeiras conversas sobre um governo conjunto no país.

Merz já descartou qualquer possibilidade de aliança com o partido de extrema-direita AfD, mesmo com a segunda colocação do grupo nas últimas eleições.

Anteriormente, o Commerzbank indicou que uma coalizão entre essas legendas poderia resultar em mais investimentos em infraestrutura, o que teria um impacto positivo nos negócios.

Ministros das Relações Exteriores de nações muçulmanas rejeitaram neste sábado, 8, a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para esvaziar a Faixa de Gaza, deslocando sua população palestina. Eles também apoiaram um plano para criar um comitê administrativo para governar o território.

Enquanto isso, o Hamas relatou "sinais positivos" nas conversas com mediadores egípcios e catarianos para as negociações da segunda fase do acordo de cessar-fogo com Israel.

Os ministros se reuniram na Arábia Saudita para uma sessão especial da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para tratar da situação em Gaza, ao mesmo tempo em que o cessar-fogo de sete semanas gera dúvidas.

A segunda fase deve resultar na liberação dos reféns restantes, uma trégua duradoura e a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza.

Os presentes ao encontro apoiaram um plano para reconstruir Gaza apresentado pelo Egito e que tem o aval de países árabes, entre eles Arábia Saudita e Jordânia. A OCI conta com 57 países de maioria muçulmana.

Sem mencionar Trump, o comunicado dos ministros disse que eles rejeitaram "planos destinados a deslocar o povo palestino individual ou coletivamente... como uma limpeza étnica, uma grave violação do direito internacional e um crime contra a humanidade".

Eles também condenaram a ação de Israel que, na semana passada cortou os suprimentos para Gaza com objetivo de pressionar o Hamas a estender o cessar-fogo e chamaram a medida de "políticas de fome".

Os ministros presentes na reunião apoiaram uma proposta para um comitê administrativo substituir o Hamas no governo de Gaza.

O comitê trabalharia "sob a proteção" da Autoridade Palestina, com sede na Cisjordânia ocupada. Israel rejeitou a ideia de a Autoridade Palestina ter qualquer papel em Gaza, mas não apresentou uma alternativa para o governo pós-guerra.

Em comunicado conjunto, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha, Itália e Reino Unido disseram que apoiam a iniciativa árabe para um plano de reconstrução de Gaza, considerando-o "um caminho realista".

Eles acrescentaram que "o Hamas não deve mais governar Gaza nem ser uma ameaça para Israel" e que apoiam o papel central da Autoridade Palestina. /Associated Press