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Doria bate-boca com Carla Zambelli e diz que Bolsonaro 'destruiu vidas'

Política
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) bateram boca durante cerimônia de entrega de conjuntos habitacionais em São Paulo nesta sexta-feira, 28. Em pronunciamento durante o evento, Zambelli defendia as ações do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia, quando Doria a interrompeu.

"Bolsonaro não decretou lockdown, Bolsonaro não fez toque de recolher e também não destruiu empregos", dizia a deputada. "Destruiu vidas", gritou Doria, que também usou a expressão "genocida". Algumas das pessoas na cerimônia começaram a aplaudir. "Foi isso que fez Bolsonaro, destruiu vidas", repetiu.

Em seguida, Zambelli criticou o governador e lembrou de uma declaração de Doria em junho do ano passado. "É natural, vindo de um governador que já mandou eu engraxar botas de militares", disse a deputada. Houve vaias. "Eu prefiro ter que engraxar bota de militares - como o meu marido, por exemplo, é militar, e engraxo com muito orgulho a bota dele pra ele poder ir trabalhar e fazer a segurança de pessoas."

Em uma referência à nova postura de Doria nas redes sociais, que há dois meses debocha do apelido "calça apertada" - que ganhou de Bolsonaro -, Zambelli disse que o governo federal "não aperta as calças, mas arregaça as mangas, mãos à obra".

O evento passou a contar com declarações de várias autoridades que pediam entendimento e trabalho em conjunto. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que "não faz bem a ninguém essa atmosfera de politização de um problema em que o único inimigo é o vírus."

Já o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), propôs uma reflexão sobre a necessidade de "viver com ódio ou com amor". "Nós viemos aqui, junto ao governador João Doria, com o coração cheio de alegria para compartilhar alegria com vocês, não foi para brigar nem ofender ninguém, nenhum líder do governo", disse.

O próprio governador pregou união entre esferas governamentais logo depois, na mesma cerimônia. "A união do governo federal, estadual e municipal não é a união de ideologias, nem de ódios, nem de ataques. É servir, atender, respeitar", disse Doria, que se dirigiu novamente à deputada durante seu discurso. "Carla, não farei também o discurso do ódio. Aqui é uma ação coletiva, comum, para todos."

Nas redes sociais, Zambelli criticou o governador e disse que nunca imaginou "passar por este tipo de saia justa". Em outra mensagem, com um vídeo do bate-boca, comentou que "aves de plumas diferentes não voam juntas".

A cerimônia ocorreu na manhã de sexta-feira, 28. Os conjuntos habitacionais entregues, na zona leste da capital, tiveram investimento dos governos federal, estadual e municipal.

No início da tarde, a assessoria de comunicação do governo estadual divulgou um vídeo do evento no qual constavam discursos de quatro pessoas, mas não o trecho em que Zambelli falou. Após ser questionada pelo Estadão, a assessoria disse haver um problema técnico. Um novo vídeo, dessa vez com o discurso da deputada federal, foi publicado por volta das 18h40.

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O chanceler britânico, David Lammy, suspendeu nesta terça, 20, as negociações de um acordo comercial com Israel, citando o radicalismo do governo israelense e declarações de ministros do gabinete do premiê Binyamin Netanyahu defendendo a "purificação de Gaza" e a expulsão dos palestinos.

"A nova ofensiva em Gaza é moralmente injustificável, totalmente desproporcional e contraproducente", afirmou o chanceler britânico. Lammy criticou também a recusa de Israel em permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza e disse que o tratamento dado aos palestinos era "uma afronta aos valores britânicos".

Ao mesmo tempo, reunidos em Bruxelas, os chanceleres da União Europeia decidiram suspender um acordo comercial com Israel após um pedido da Holanda. Dezessete dos 27 membros apoiaram a medida e bloquearam a renovação do acordo, até que uma revisão determine se a campanha militar em Gaza viola os termos do tratado.

Alerta

Israel acusou o Reino Unido de ter uma "obsessão" contra o país. "Se, devido à obsessão anti-Israel e a considerações políticas internas, o governo britânico estiver disposto a prejudicar a economia britânica, é um problema deles", disse o porta-voz da chancelaria israelense, Oren Marmorstein. "O mandato britânico terminou há 77 anos."

Na segunda-feira, 19, após pressão internacional, cinco caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza, encerrando um bloqueio de 11 semanas imposto por Israel. Ontem, Netanyahu autorizou a entrada de mais 93 caminhões da ONU. Observadores, no entanto, dizem que é pouco. Durante o cessar-fogo, 600 carretas cruzavam diariamente a fronteira com comida, remédio e combustível.

Ontem, o subsecretário-geral para Assistência Humanitária da ONU, Tom Fletcher, afirmou que 14 mil bebês podem morrer em Gaza nos próximos dias se carregamentos de ajuda humanitária não chegarem rapidamente à população civil. "Quero salvar o máximo possível desses 14 mil bebês", disse. "A entrada de cinco caminhões é apenas uma gota no oceano."

A pressão sobre Netanyahu, no entanto, não vem apenas de fora. Segundo o jornal Times of Israel, o analista de defesa do Canal 13, Alon Ben David, disse ter conversado com oficiais da força aérea israelense que começam a expressar desconforto com relação aos ataques realizados em Gaza. "Os membros da força aérea sabem que os ataques estão matando centenas de palestinos e estão se perguntando se isso é justificável e se serve a algum propósito", disse David.

No meio político, a crítica mais dura veio de um líder da oposição, o general Yair Golan, do partido Democratas - uma fusão do Meretz e dos trabalhistas, de esquerda.

"Israel está a caminho de se tornar um Estado pária entre as nações, como a antiga África do Sul, se não voltar a se comportar como um país normal", disse Golan. "Um país saudável não trava uma guerra contra civis, não mata bebês por hobby e não estabelece metas que envolvam a expulsão de populações."

Reação

Netanyahu acusou Golan de "incitação" contra as tropas israelenses e de "ecoar os mais desprezíveis libelos antissemitas contra o Estado de Israel". Yair Lapid, outro líder opositor, disse que a afirmação de que soldados matam crianças por hobby é um "presente para nossos inimigos". O ex-general se defendeu, dizendo que as declarações se referiam ao governo, não ao exército.

Trump ameaça retirar apoio a Netanyahu, diz imprensa americana

O presidente dos EUA, Donald Trump, está "frustrado" com a guerra em Gaza e acredita que o conflito é o último nó que impede a prosperidade no Oriente Médio. Ele quer que o governo israelense encerre a ofensiva. De acordo com reportagem do site Axios, citando funcionários da Casa Branca, Trump vem pressionando Israel a permitir a entrada de mais ajuda humanitária. O presidente americano estaria incomodado com as imagens de crianças desnutridas.

Segundo o jornal Washington Post, Trump teria dado um ultimato aos israelenses, ameaçando retirar o apoio a Israel se o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu não encerrar a guerra em Gaza. "A equipe do presidente disse a Israel: 'Nós vamos abandonar vocês se essa guerra não terminar'", afirmou a fonte da Casa Branca, não identificada pelo jornal.

A pressão aumentou desde que Israel mobilizou mais reservistas e intensificou a ofensiva. Os ataques mataram mais de 500 palestinos nos últimos oito dias, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente russo, Vladimir Putin, visitou a região de Kursk pela primeira vez desde que a Rússia anunciou ter expulsado forças ucranianas da área em abril. O Kremlin informou nesta quarta-feira, 21, que o presidente visitou Kursk, na fronteira com a Ucrânia, no dia anterior.

As forças ucranianas fizeram uma incursão surpresa em Kursk em agosto de 2024, no maior ataque transfronteiriço das forças de Kiev na guerra de quase dois anos e meio, antes de serem expulsas pelas tropas russas nove meses depois. A Ucrânia não confirmou sua expulsão da área.

Putin visitou a Usina Nuclear de Kursk-2, ainda em construção, e discursou em uma reunião fechada com voluntários selecionados.

Ele também disse ao governador em exercício Alexander Khinshtein que o Kremlin apoiava a ideia de continuar com os pagamentos mensais às famílias deslocadas que ainda não puderam retornar às suas casas.

Moradores descontentes já haviam demonstrado sua desaprovação pela falta de indenização em raros protestos organizados.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que suas defesas aéreas abateram 159 drones ucranianos em todo o país durante a noite, incluindo 53 sobre a região de Oryol e 51 sobre a região de Bryansk.

O Ministério da Habitação da Nigéria passará a vender as unidades de um conjunto habitacional do ex-diretor do Banco Central do país, Godwin Emefiele, confiscado pela Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC).

O ministério disse que oferecerá as 753 unidades para venda ao público e para necessidades especiais do governo.

"Isso representa um marco significativo em nossa determinação coletiva de garantir que os ativos recuperados sejam utilizados de forma produtiva, beneficiando diretamente o povo nigeriano. O conjunto habitacional confiscado do ex-diretor do Banco Central é um exemplo disso", afirmou nesta terça, 20, o ministro da Habitação e Desenvolvimento Urbano, Arc Ahmed Dangiwa.

Em seus comentários de apresentação, o presidente da EFCC, Olanipekun Olukoyede, declarou que a entrega dos bens confiscados foi uma demonstração do impacto da luta contra crimes financeiros e corrupção na Nigéria.