Mídia internacional acompanha manifestações e destaca risco à democracia

Política
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As manifestações no Brasil são acompanhadas pela mídia no exterior, que já trazem em seus sites reportagens sobre os atos de protesto e apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que devem ocorrer hoje pelo país.

O britânico Financial Times destaca que milhares de pessoas nas maiores cidades do Brasil devem ir às ruas para demonstrar apoio ao presidente, num momento em que ele faz agressiva campanha contra o Supremo Tribunal Federal, que o acusa de abuso de autoridade.

No também britânico The Guardian, as manifestações no Brasil ocupam a manchete do site, que destaca que apoiadores de Bolsonaro enfrentam a polícia em Brasília antes da manifestação, na tentativa de forçar o avanço ao Congresso. O movimento, diz o Guardian, coloca a maior democracia da América Latina em risco.

O alemão Deutsche Welle, além de destacar as manifestações pró-Bolsonaro esperadas ao redor do país, ressalta que figuras proeminentes de esquerda têm afirmado que o presidente planeja um golpe antes das eleições do ano que vem.

A agência de notícias Reuters observa que os manifestantes devem expressar seu apoio a Bolsonaro no confronto com o Judiciário para que mudanças sejam feitas no sistema de votação do país. A Reuters ainda pontua que críticos de Bolsonaro temem que ele esteja encorajando apoiadores a tentarem intimidar ou invadir os tribunais - num paralelo com a tomada do Capitólio dos EUA por partidários do então presidente Donald Trump, depois que ele falsamente alegou que sua derrota nas eleições foi o resultado de fraude.

A rede de notícias France 24 traz em seu site reportagem em vídeo que informa sobre as manifestações contra e a favor do governo esperadas para hoje, os atritos entre o presidente e o Judiciário, e relembra o desfile de tanques de guerra em Brasília no mês passado.

O vídeo ainda destaca que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva alerta para o fato de que Bolsonaro quer dividir o país e disseminar o ódio.

Já a Al Jazeera destaca que as manifestações ocorrem num momento em que a popularidade de Bolsonaro está em baixa e o presidente tenta energizar sua base de extrema-direita em meio ao risco de violência entre apoiadores e oponentes.

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A ex-atriz canadense Jasmine Mooney, que participou do filme American Pie: O Livro do Amor (2009), relatou ter ficado 12 dias presa após tentar um visto para trabalhar nos Estados Unidos. Jasmine narrou o ocorrido em uma entrevista ao jornal The New York Times nesta terça, 18.

Nem o Serviço de Imigração e Alfândega e nem a Casa Branca responderam a pedidos do NYT para um pronunciamento sobre o assunto.

Segundo a ex-atriz, ela havia levado sua documentação a oficiais de uma fronteira na Califórnia para tentar seu visto. Jasmine havia recebido uma oferta para trabalhar em uma startup de saúde e bem-estar.

Ao chegar lá, ela foi informada pelos agentes que estava no local errado e levada a outra sala. Jasmine, então, foi surpreendida ao ser presa pelo Serviço de Imigração e Alfândega do país.

"Eles disseram: 'Mãos na parede'", narrou a ex-atriz. Jasmine afirma ter tentado conversar com os agentes, dizendo que não tinha a intenção de entrar ilegalmente nos Estados Unidos, mas em vão.

Seis dias depois, a ex-atriz contou ter sido informada de que ela e outras presas seriam transferidas a outra prisão no Arizona. Na ocasião, Jasmine disse que teve de responder a uma série de perguntas sobre se havia sido abusada sexualmente, se havia tentado suicídio, além de ser obrigada a fazer testes de gravidez em banheiros sem porta.

Enquanto ainda estava presa, ela conversou com uma emissora local, a KGTV, e afirmou que teve de dormir em um colchonete, sem cobertor e sem travesseiro, e enrolada com uma folha de alumínio. "Nunca na minha vida vi algo tão desumano", disse Jasmine.

A ex-atriz foi solta na última sexta, 14, e retornou a Vancouver, no Canadá. Ela foi proibida de entrar nos EUA por cinco anos. Jasmine, porém, pretende apelar da decisão.

Desde que assumiu o mandato, o presidente Donald Trump vem tomando "táticas linha-dura" para tentar barrar as imigrações para o país. Entenda as medidas do governo Trump aqui.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que ninguém quer que a Rússia e a China fiquem juntos, completando que seu governo buscará uma relação amigável com os dois países.

Em entrevista à Fox News nesta terça-feira, 18, Trump disse que "é verdade" ao responder a uma pergunta sobre se o seu governo teria interesse em melhorar a relação com a Rússia.

Para Trump, a Rússia gostaria de ter um pouco do poder econômico dos Estados Unidos. Trump disse que teve uma "boa ligação" com Putin, que durou cerca 2 horas, afirmando que a conversa foi sobre o cessar-fogo na Ucrânia, mas também sobre outros assuntos.

Nesta terça-feira, 18, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou em suspender os ataques a alvos de infraestrutura energética da Ucrânia por 30 dias, atendendo a uma proposta de Trump.

Sobre os processos que pairam sobre o presidente, Trump disse que não desafiaria uma ordem judicial e que conhece como ninguém as instâncias judiciais do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou esperar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "entrem em paz", pois o mundo "não comporta mais guerra". "Espero que o cara que comanda o exército de Israel tenha ouvido (Geraldo) Alckmin para parar de atacar palestinos", disse.

"Só para vocês terem ideia, no ano passado, o mundo gastou US$ 2,4 trilhões de armas, enquanto isso nós temos 730 milhões de pessoas passando fome no mundo", continuou o petista. "Significa uma inversão de valores que não poderia acontecer no mundo hoje."

A declaração foi dada durante visita à fábrica da Toyota no município de Sorocaba nesta terça-feira, 18, no interior de São Paulo. Além de Lula, estão presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Mais cedo, Zelensky afirmou que a Ucrânia apoiaria uma proposta dos EUA para interromper os ataques à infraestrutura energética russa e que espera falar com o presidente americano Donald Trump sobre seu telefonema de hoje com o presidente Putin.

O presidente ucraniano disse que, após a ligação entre Putin e Trump, ele mesmo conversou por telefone com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz, ambos aliados europeus importantes. Zelensky diz esperar que os parceiros de Kiev não cortem a assistência militar vital para a Ucrânia, depois que Putin enfatizou que qualquer resolução do conflito exigiria o fim de toda a assistência militar e de inteligência.