Projeto de Zema que aumenta impostos em MG é aprovado por margem apertada

Política
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Os deputados estaduais de Minas Gerais aprovaram nesta quinta-feira, 28, em segundo turno, projeto de lei que aumenta em 2 pontos percentuais a alíquota do ICMS sobre bens considerados supérfluos no Estado, como bebidas alcoólicas, armas e cigarros. Romeu Zema (Novo) sofreu críticas inclusive dentro da base de governo, pois, a exemplo do Partido Novo, sempre se declarou contrário ao aumento de impostos.

 

O projeto foi aprovado por 31 votos a 27, margem apertada que mostra o racha na base de apoio a Zema. O governador afirma ter o apoio de 57 dos 77 parlamentares estaduais, mas vários deles votaram contra o aumento ou sequer compareceram à reunião.

 

O projeto de lei segue agora para sanção do chefe do Executivo, o que deve ocorrer até sábado, 20, para que o aumento já passe a valer a partir do dia 1º de janeiro de 2024. A projeção do governo de Minas Gerais é que os dois pontos percentuais aumentem a arrecadação entre R$ 800 milhões e R$ 1,2 bilhão por ano. A maior parte do recurso será destinado para o Fundo de Erradicação da Miséria.

 

Rações e itens de higiene bucal ficam de fora

 

Os deputados estaduais fizeram mudanças em relação ao texto proposto inicialmente por Zema. Além da ração pet, um acordo entre governo e oposição firmado pouco antes da votação também retirou xampu, protetores solares e itens de higiene bucal da lista dos bens considerados supérfluos que terão imposto aumentado. Como mostrou o Estadão, empresários influentes no governo Zema pressionaram para retirar esses produtos da lista de supérfluos.

 

Os parlamentares também limitaram a cobrança dos dois pontos percentuais até 2026, último ano de mandato de Zema. Outra alteração foi que pelo menos 15% do arrecadado com o aumento do imposto seja destinado para o Fundo Estadual de Assistência Social.

 

A cobrança adicional de ICMS sobre bens supérfluos foi criada em 2011 durante o governo de Antonio Anastasia, então no PSDB. Desde então, foi renovada periodicamente nos governos de Fernando Pimentel (PT) e do próprio Zema. Porém, o governador do Novo não conseguiu renovar a cobrança em 2022. Com isso, os dois pontos percentuais não são cobrados atualmente.

 

Veja os produtos considerados supérfluos:

 

- Cervejas sem álcool e bebidas alcoólicas, exceto aguardentes de cana ou de melaço;

 

- Cigarros, exceto os embalados em maço, e produtos de tabacaria;

 

- Armas;

 

- Refrigerantes, bebidas isotônicas e bebidas energéticas;

 

- Perfumes, águas-de-colônia, cosméticos e produtos de toucador, exceto xampus, preparados antissolares, sabões de toucador de uso pessoal, preparações para higiene bucal ou dentária e fios dentais

 

- Alimentos para atletas;

 

- Telefones celulares e smartphones;

 

- Câmeras fotográficas ou de filmagem e suas partes ou acessórios;

 

- Equipamentos para pesca esportiva, exceto os de segurança; e

 

- Equipamentos de som ou de vídeo para uso automotivo, inclusive alto-falantes, amplificadores e transformadores.

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A matéria publicada anteriormente tinha um equívoco no primeiro parágrafo. O líder do partido União Democrática Cristã (CDU), Friedrich Merz, é o provável próximo chanceler da Alemanha. Seu partido foi o mais votado na eleição deste domingo e, portanto, deve ocupar a liderança do país num governo de coalizão. Segue a nota corrigida:

O líder do partido União Democrática Cristã (CDU) e provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O chanceler conservador eleito na Alemanha, Friedrich Merz, do partido União Democrática Cristã (CDU), afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo em ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimentou Friedrich Merz e a União Democrática Cristã (CDU), partido conservador tradicional, pela vitória no pleito eleitoral de domingo, 23, na Alemanha. Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira, 26, Lula disse estar "convencido" de que Brasil e Alemanha seguirão trabalhando juntos para ampliar convergências e complementaridades. Friedrich Merz é o provável próximo chanceler da Alemanha

"Quero cumprimentar Friedrich Merz e seu partido pela vitória no pleito eleitoral de ontem. Sua eleição ocorre em momento de grande sensibilidade geopolítica e geoeconômica global, mas também em momento de grandes esperanças e oportunidades de ganhos conjuntos", disse Lula em nota.

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"Estou convencido de que seguiremos trabalhando juntos para ampliar as convergências e complementaridades em prol de uma inserção internacional cada vez mais competitiva de ambos", afirmou. O petista citou que a implementação do Acordo entre o Mercosul e a União Europeia e a realização da COP 30 no Brasil são "caminhos facilitadores desse processo".

Em segundo lugar no pleito de ontem, ficou o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), e o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, ficou em terceiro. Com isso, a AfD alcançou o melhor resultado para a extrema direita alemã desde a 2ª Guerra Mundial.

A grande fatia de votos recebida pelo Alternativa para a Alemanha deve prejudicar as negociações para a formação de um governo, já que todos os principais partidos do país se recusam a formar uma coalizão com a AfD - uma estratégia criada desde o fim da 2ª Guerra para impedir o retorno de extremistas ao poder após a derrota do nazismo. Apesar de descartar formar um governo com a AfD, Merz já mostrou que pode dialogar com o partido.