Ministra da Saúde exonera diretor responsável por evento com dança erótica

Política
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O Ministério da Saúde exonerou o diretor de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, após uma apresentação com dança erótica em evento promovido pela pasta. A apresentação ocorreu na quinta-feira, 5, e foi alvo de críticas de opositores e até mesmo aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O vídeo, que circulou nas redes sociais, foi gravado durante 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil. A apresentação mostra uma pessoa cantando uma música e outra fazendo uma coreografia erótica no centro do palco, enquanto participantes aplaudem da plateia.

O Ministério da Saúde repudiou o ato e afirmou que o diretor assumiu integralmente a responsabilidade pelo episódio. A ministra Nísia Trindade disse, em vídeo publicado nas redes sociais da pasta neste sábado, 7, que foi pega de surpresa com a repercussão enquanto participava de agendas em Diadema e Mauá, em São Paulo

"Infelizmente eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho por meio desse vídeo me desculpar sinceramente pelo ocorrido", afirmou a ministra. Em nota, o ministério classificou o ato como "inadmissível". "O Ministério da Saúde reitera o compromisso com a saúde da população e o fortalecimento do SUS, com visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia", diz o documento.

Após o episódio, o ministério anunciou a criação de uma curadoria de eventos, vinculada ao gabinete da ministra, para avaliar as participações propostas em eventos oficiais. Parlamentares de oposição enviaram requerimentos de informação para apurar o nome dos responsáveis pelo evento e os gastos realizados pela pasta. A ministra é obrigada a prestar informações ao Congresso Nacional no prazo de 30 dias, sob pena de enquadramento no crime de responsabilidade e afastamento do cargo.

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Elon Musk chamou a agência de notícias Reuters de mentirosa por conta de uma informação de que os Estados Unidos estariam ameaçando cortar o acesso da Ucrânia à rede da Starlink, empresa de Musk, caso o país não aceitasse o acordo dos minerais.

A notícia foi publicada no X pelo portal The Kyiv Independent. O empresário e agora também chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, respondeu à postagem dizendo "isso é falso, a Reuters está mentindo, ela só fica atrás da AP (Associated Propaganda) (SIC) como jornalismo mentiroso", fazendo referência também à agência Associated Press (AP).

A família de Shiri Bibas confirmou neste sábado, 22, que o corpo da refém foi devolvido a Israel após um erro do grupo terrorista Hamas, que havia entregue restos mortais de outra pessoa como sendo da mulher.

A transferência de novos restos mortais humanos de Gaza para Israel foi anunciada pela Cruz Vermelha na noite de sexta-feira, 21, embora sem especificar a quem pertenciam. Horas depois, a família Bibas confirmou em comunicado que o corpo entregue desta vez era de Shiri.

"Após o processo de identificação no Instituto Médico Legal, recebemos esta manhã a notícia que mais temíamos. Nossa Shiri foi morta em cativeiro e agora voltou para casa para seus filhos, marido, irmã e toda a sua família para descansar", disse o comunicado da família.

Inicialmente, autoridades israelenses alegaram que nenhum dos quatro corpos entregues pelo grupo terrorista na semana passada correspondia ao da refém. O Hamas admitiu o erro mais tarde.

Shiri Bibas e seus filhos Ariel e Kfir, de 4 anos e de 9 meses, respectivamente, tornaram-se símbolos da causa dos reféns levados pelo Hamas durante seu ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.

O marido de Shiri, Yarden, também foi sequestrado, mas libertado este mês, e seus pais, o argentino Yossi Silberman e sua mulher Margit, foram mortos no kibbutz de Nir Oz, onde todos moravam.

Chen Kugel, chefe do Instituto Nacional de Medicina Forense, disse que não encontrou evidências de que Bibas e seus filhos foram mortos em um bombardeio como sugeriu o Hamas, mas não deu uma causa. O grupo terrorista chegou a comunicar que a mãe e os filhos Bibas tinham morrido em um bombardeio israelense e seus restos mortais foram confundidos por estarem em meio aos escombros.

Israel, no entanto, disse que Shiri e seus filhos foram "brutalmente assassinados". O Hamas negou as alegações de que era responsável pelas mortes das crianças, chamando-as de mentiras destinadas a justificar ações militares israelenses em Gaza.

Mais tarde, a família disse em um novo comunicado que não havia recebido detalhes de fontes oficiais sobre as circunstâncias das mortes. "A família pede que não sejam adicionados mais detalhes ao fato de que Shiri e as crianças foram assassinados por seus sequestradores", disse a nota. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de Israel adiou a libertação de 620 prisioneiros palestinos neste sábado, 22, após a libertação de seis reféns israelenses. Segundo Tel-Aviv, os sequestrados israelenses foram submetidos a "cerimônias humilhantes". O gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que os palestinos só seriam libertados das prisões israelenses quando a "próxima libertação de reféns fosse assegurada, sem cerimônias humilhantes".

Veículos transportando prisioneiros palestinos já haviam saído das prisões quando Netanyahu ordenou a volta deles. O grupo terrorista Hamas apontou que o adiamento da libertação dos prisioneiros constituía uma violação do acordo de cessar-fogo.

Cinco dos seis reféns israelenses foram escoltados por terroristas armados e mascarados em frente a uma multidão. Além disso, o grupo terrorista Hamas divulgou um vídeo que mostra dois reféns israelenses que ainda não foram libertados, observando o retorno de outros sequestrados.

O grupo terrorista libertou os últimos seis reféns vivos esperados nesta primeira fase da trégua, faltando uma semana para o final da fase inicial. O anúncio de Israel colocou em xeque o futuro do cessar-fogo.

Cerimônia dos reféns

Omer Wenkert, Omer Shem Tov e Eliya Cohen foram libertados juntos. Shem Tov foi coagido a beijar a cabeça de dois terroristas do Hamas durante a cerimônia.

Em outro local de Gaza, Tal Shoham e Avera Mengistu foram entregues à Cruz Vermelha. Mengistu ficou na Faixa de Gaza por mais de dez anos. Ele cruzou a fronteira para o enclave palestino em 2014 e tem problemas de saúde mental.

Mais tarde, Hisham Al-Sayed, um israelense da comunidade beduína, foi libertado. Ele havia entrado sozinho em Gaza em 2015 e foi diagnosticado com esquizofrenia, segundo familiares.

Acordo de cessar-fogo

As discordâncias entre Israel e o grupo terrorista Hamas aumentam os receios de que a trégua seja encerrada na semana que vem. O Hamas afirmou que irá liberar quatro corpos de reféns na próxima semana. Depois disso, o acordo precisa ser negociado para chegar a uma segunda fase.

Pelo menos 62 reféns israelenses ainda estão na Faixa de Gaza. Metade dos sequestrados estão vivos, segundo o governo de Israel. As negociações para a segunda fase da trégua ainda não começaram, mas devem ser mais difíceis.

O Hamas disse que não libertará o resto dos sequestrados até que um cessar-fogo permanente seja atingido, com a saída total do Exército de Israel de Gaza. Netanyahu, com o apoio da administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirma estar empenhado em destruir as capacidades militares do Hamas.

Prisioneiros palestinos

Dos 620 prisioneiros palestinos que deveriam ser libertados neste sábado, 151 cumprem penas de prisão perpétua ou outras penas por ataques contra israelenses. Quase 100 deles seriam deportados.

Uma associação palestina pelos direitos dos prisioneiros disse que entre eles está Nael Barghouti, que passou mais de 45 anos na prisão por um ataque que matou um motorista de ônibus israelense.

Também deveriam ser libertados 445 homens, 23 adolescentes e uma mulher, todos capturados pelas tropas israelenses em Gaza sem acusação formal durante a guerra./com AP