Michelle Bolsonaro é estrela de propaganda do PL em busca de filiação de mulheres

Política
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De camiseta branca e pouca maquiagem, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi a protagonista de uma propaganda do Partido Liberal (PL) em busca de novas filiadas para a sigla. O programa foi exibido nesta terça-feira, 17, após o Jornal Nacional, horário nobre da televisão. A presidente nacional do PL Mulher é um dos nomes da linha sucessória de Jair Bolsonaro, inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

"Do norte ao sul do nosso País, existem mulheres incríveis que encontraram, no amor ou na fé, o propósito de ajudar, servir, educar, ensinar e fazer acontecer. Seja candidata a vereadora ou prefeita na sua cidade. Participe! Filie-se ao PL", diz Michelle no vídeo, que dura exatos trinta segundos.

 

Desde o fim do mandato de Bolsonaro o clã do ex-presidente e o PL têm apostado no protagonismo de Michelle como forma de manter apoiadores e conquistar novos correligionários. A ex-primeira-dama é vista como uma liderança feminina forte no eleitorado evangélico e não carrega os ônus das declarações polêmicas do marido.

 

Desde que assumiu a presidência do PL Mulher em fevereiro deste ano, Michelle tem atravessado o País em palestras e eventos. No cargo, ela recebe o mesmo salário de um deputado federal, R$ 33,7 mil, além de ter as suas despesas de viagens bancadas pelo partido.

 

Diante do cerco que tem se fechado em torno de Bolsonaro, o PL dobrou a aposta e já apresenta Michelle como nome que representa a sigla. Em setembro, foi dessa maneira que o partido a apresentou em um evento para filiados que aconteceu a portas fechadas. A propaganda veiculada nesta terça sela a estratégia do partido de Valdemar Costa Neto.

 

Em junho, o TSE tirou Bolsonaro da corrida eleitoral ao declarar a sua inelegibilidade por oito anos por entender que houve abuso do poder político em uma reunião promovida com embaixadores do mundo todo, na qual o ex-presidente atacou o sistema eleitoral brasileiro. A Corte julga esta semana mais três ações de investigação judicial eleitoral que pedem novas decretações de inelegibilidade de Bolsonaro.

 

Paralelo a isso, a Polícia Federal avançou no caso das joias sauditas. A corporação suspeita que o ex-presidente seja mentor e beneficiário de um esquema internacional de venda de presentes que ele recebeu durante agendas oficiais. Michelle também é investigada no caso e foi interrogada pela PF.

 

O ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cesar Barbosa Cid, que ficou preso pela suspeita de envolvimento na fraude de cartões de vacinação de Bolsonaro e sua filha, fez um acordo de delação premiada. Os termos estão sob sigilo e o ex-presidente tenta acessar o conteúdo da delação, que pode comprometê-lo.

 

Esses fatores têm minado o apoio dos correligionários de Bolsonaro na direita, que questionam a influência política que o ex-presidente tem. Ao lado de Valdemar Costa Neto, ele tem costurado as candidaturas para 2024. Uma das apostas do PL é o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), cuja proximidade com Bolsonaro é vacilante.

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O plano proposto pelo Egito como alternativa à solução desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza visa reconstruir a região até 2030 mantendo a população local e a um custo de US$ 53 bilhões.

O documento de 112 páginas descreve um plano faseado, sendo a primeira etapa o início da remoção de munições não detonadas e a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de escombros deixados pelos bombardeios e ofensivas militares de Israel. Líderes do Oriente Médio estão reunidos no Cairo (Egito) para estabelecer o contraponto a Trump, que planeja a despovoação de Gaza para transformá-la em destino de praia.

Segundo o plano egípcio, centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias seriam instaladas em Gaza e a população poderia viver enquanto a reconstrução acontece. Os escombros seriam reciclados e parte deles seria usada como preenchimento para criar terras expandidas na costa mediterrânea de Gaza.

Nos anos seguintes, o plano prevê a remodelação completa da faixa, construindo moradias e áreas urbanas "sustentáveis, verdes e caminháveis", com energia renovável. A ideia é renovar terras agrícolas, criar zonas industriais e, também, áreas amplas de parques.

Infraestrutura

O plano também prevê a abertura de um aeroporto, um porto de pesca, e um porto comercial.

De fato, o acordo de paz de Oslo, da década de 1990, já exigia a abertura de um aeroporto e um porto comercial em Gaza. Esses projetos murcharam quando o processo de paz entrou em colapso.

A cúpula organizada pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah El-Sissi, teria incluído líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, cujo apoio é essencial para qualquer plano pós-guerra. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chefe da autoridade apoiada pelo Ocidente e oponente do Hamas, participou.

Comando

O Hamas cederia o poder a uma administração interina de políticos independentes até que uma Autoridade Palestina reformada pudesse assumir o controle.

De sua parte, Israel descartou qualquer atuação da Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas. O Hamas, que não aceita a existência de Israel, disse que está disposto a ceder o poder em Gaza a outros palestinos, mas não desistirá de suas armas até que haja um Estado Palestino. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.