Frustração com governo Lula inquieta Inteligência e agentes da Abin reclamam valorização

Política
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Uma das áreas mais sensíveis do governo, a Inteligência, vive dias de inquietação. Nesta quinta-feira, 7, servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) se manifestam publicamente e denunciam o que chamam de um quadro de esvaziamento do órgão, alegando que tinham "esperança de avanços expressivos" no governo Lula - medida que, segundo eles, "não foi concretizada"."Trabalhamos sob um regime normativo precário que traz insegurança e incerteza quanto a atribuições e a ferramentas laborais básicas", alegam, em carta aberta.

Segundo a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis), o governo Lula gerou expectativas por avanços institucionais, com projeção de "abertura de diálogo com a Casa Civil e outras instâncias do Estado".

A entidade defende a necessidade de uma "construção coletiva entre Poderes da nova fase da Inteligência brasileira"."A transferência da Abin para um órgão civil e a revisão da estrutura do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) foram avanços importantes, mas é preciso dar os próximos passos, para que jovens brasileiras e brasileiros desejem integrar os quadros de uma instituição essencial ao Estado e à sociedade de nosso País", destaca o texto. Os agentes de Inteligência sustentam que quatro em cada cinco vagas de trabalho na Abin estão desocupadas e que os concursos são "pouco frequentes".

Segundo a entidade de classe, os quadros do órgão "têm menos de um terço do número de servidores com que conta a Polícia Civil da menor unidade da federação".

Outra reclamação se dá quanto ao "arrocho salarial"."O Brasil é muito grande e importante para ter um serviço de Inteligência que evolui tão lentamente em termos institucionais. Precisamos de uma agência central do tamanho dos desafios enfrentados pelo nosso País e, para isso, precisamos valorizar o profissional de Inteligência."

Eles consideram "imprescindível que a carreira volte a ser atraente para os jovens brasileiros". "No quadro atual, testemunhamos o oposto", afirmam.

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O plano proposto pelo Egito como alternativa à solução desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza visa reconstruir a região até 2030 mantendo a população local e a um custo de US$ 53 bilhões.

O documento de 112 páginas descreve um plano faseado, sendo a primeira etapa o início da remoção de munições não detonadas e a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de escombros deixados pelos bombardeios e ofensivas militares de Israel. Líderes do Oriente Médio estão reunidos no Cairo (Egito) para estabelecer o contraponto a Trump, que planeja a despovoação de Gaza para transformá-la em destino de praia.

Segundo o plano egípcio, centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias seriam instaladas em Gaza e a população poderia viver enquanto a reconstrução acontece. Os escombros seriam reciclados e parte deles seria usada como preenchimento para criar terras expandidas na costa mediterrânea de Gaza.

Nos anos seguintes, o plano prevê a remodelação completa da faixa, construindo moradias e áreas urbanas "sustentáveis, verdes e caminháveis", com energia renovável. A ideia é renovar terras agrícolas, criar zonas industriais e, também, áreas amplas de parques.

Infraestrutura

O plano também prevê a abertura de um aeroporto, um porto de pesca, e um porto comercial.

De fato, o acordo de paz de Oslo, da década de 1990, já exigia a abertura de um aeroporto e um porto comercial em Gaza. Esses projetos murcharam quando o processo de paz entrou em colapso.

A cúpula organizada pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah El-Sissi, teria incluído líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, cujo apoio é essencial para qualquer plano pós-guerra. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chefe da autoridade apoiada pelo Ocidente e oponente do Hamas, participou.

Comando

O Hamas cederia o poder a uma administração interina de políticos independentes até que uma Autoridade Palestina reformada pudesse assumir o controle.

De sua parte, Israel descartou qualquer atuação da Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas. O Hamas, que não aceita a existência de Israel, disse que está disposto a ceder o poder em Gaza a outros palestinos, mas não desistirá de suas armas até que haja um Estado Palestino. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.