Janaina Paschoal critica permanência de Dino na Justiça: 'Não me parece adequado'

Política
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A jurista Janaina Paschoal, que foi uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, criticou nesta quarta-feira, 20, a permanência de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça após a sua aprovação à vaga do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Em uma publicação na sua conta do X, antigo Twitter, a ex-deputada estadual de São Paulo afirma que a manutenção dele na pasta fere a separação dos poderes, que, segundo ela, é um "dos mais importantes alicerces da Democracia Brasileira."

 

"Não me parece adequado manter um ministro do STF, ainda que não empossado, à frente do Ministério da Justiça. A separação dos poderes é um dos mais importantes alicerces da Democracia Brasileira. Trata-se de um princípio tão básico, que intriga o fato de ninguém questionar", escreveu Janaina.

 

A declaração de Janaína Paschoal vem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que Flávio Dino continuará à frente da pasta até 8 de janeiro, quando ocorrerá um ato em Brasília para comemorar a vitória da democracia diante da tentativa de golpe na Praça dos Três Poderes.

 

No discurso, Lula brincou sobre Dino ser "ministro comunista". O presidente da República pediu para que ele seja justo e disse que não lhe caberá dar entrevistas e nem palpites sobre os votos em julgamentos.

 

As declarações do chefe do Executivo sobre Dino ocorreram durante fala inicial do ministro do chefe do Executivo na última reunião ministerial do ano, que ocorreu nesta quarta-feira, 20, no Palácio do Planalto. Para Lula, no STF não pode prevalecer visão ideológica.

 

"Ali [no STF], meu caro Flávio Dino, com a sua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, que é seu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade", afirmou. "Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, palpite sobre os votos. Ele fala no auto dos processos e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte", comentou. "Estou confiante que você será motivo de orgulho para o nosso país", acrescentou.

 

O petista ainda confirmou que será no dia 22 de janeiro a posse de Dino no STF. Ele ocupara a cadeira que foi da ministra Rosa Weber, que se aposentou ao atingir a idade limite de 75 anos.

 

Para a celebração do dia 8 de janeiro, Lula adiantou que a cerimônia, que deve ocorrer no Congresso nacional, está sendo organizada conjuntamente entre as presidências da Câmara, do Senado e do STF. O Ministério da Justiça é que está articulando os detalhes.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite da terça-feira, 4, que sua administração trabalha para construir um imenso gasoduto de gás natural no Alasca que poderá levar "trilhões de dólares" em investimentos ao país.

"No fim da semana vou adotar medida para expandir produção de terras raras nos EUA", disse Trump, durante discurso no Congresso americano.

O presidente apontou que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), liderado por Elon Musk, cortou muitos gastos, tais como "US$ 22 bilhões em despesas para imigrantes ilegais nos EUA."

Segundo Trump, "encontramos centenas de bilhões de dólares em fraude com o trabalho de Elon". Nos arquivos do sistema de Previdência Social, "encontramos 3,7 milhões de pessoas com idade de 120 a 129 anos", disse o presidente americano. "Não sabia que a nossa saúde estava tão boa."

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou o seu discurso na sessão conjunta do Congresso americano na noite desta terça-feira, 4, ressaltando as medidas tomadas por seu governo nas primeiras seis semanas da administração. Trump afirmou que seu governo estava "apenas começando". Mais de uma vez, o republicano ressaltou que a sua vitória eleitoral foi um "mandato" da população americana.

A fala de Trump foi interrompida por protestos da bancada democrata e o congressista Al Green, do partido da oposição, foi removido do Congresso.

Após a saída de Green, Trump listou parte das medidas tomadas pelo seu governo em temas como imigração e burocracia federal. O presidente americano também celebrou a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o desmantelamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

"O povo me elegeu para fazer o trabalho, e eu estou fazendo isso", diz Trump. O presidente americano destaca que sobreviveu a múltiplas acusações criminais orquestradas pelo ex-presidente americano Joe Biden. O republicano classificou Biden como o "pior presidente da história dos Estados Unidos".

"Agora, pela primeira vez na história moderna, mais americanos acreditam que nosso país está indo na direção certa do que na direção errada", disse Trump.

Elon Musk

Depois de 20 minutos de discurso, Trump cita o bilionário Elon Musk pela primeira vez. O republicano agradeceu Musk por seu trabalho no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e apontou exemplos de como a ajuda internacional americana estava sendo usada antes da volta de Trump à Casa Branca.

O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo homem mais rico do mundo, está desmantelando agências governamentais, reduzindo a força de trabalho federal e obtendo acesso a dados confidenciais do governo - tudo em uma tentativa, segundo o departamento, de "restaurar a democracia".

Mas a maior parte do que o Serviço DOGE dos EUA está fazendo sob o comando de Musk está sob escrutínio legal, com os tribunais analisando se isso viola as leis de privacidade, os direitos dos funcionários federais e os controles e equilíbrios da Constituição.

O DOGE agiu tão rapidamente que está sendo alvo de críticas cuidadosas até mesmo de alguns republicanos, preocupados com o fato de que os serviços básicos do governo - e a manutenção de ameaças contra o país - poderiam ser prejudicados. As pessoas que fazem a manutenção das armas nucleares dos Estados Unidos foram demitidas e depois recontratadas às pressas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa neste momento em uma sessão conjunta do Congresso americano. O republicano iniciou o seu discurso ressaltando que a sua vitória eleitoral foi um "mandato" da população americana. A fala de Trump foi interrompida por protestos da bancada democrata e um congressista do partido da oposição foi removido do Congresso.

O republicano deve exaltar as primeiras seis semanas de seu governo, marcadas por fortes medidas na fronteira, tarifas, um brusco corte na burocracia federal e uma intensa busca por um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.

De acordo com os primeiros trechos do discurso divulgados pela Casa Branca, espera-se que Trump destaque as suas medidas "rápidas e implacáveis" em imigração, economia e segurança. O republicano também deve afirmar que conquistou mais em suas seis semanas no cargo do que a maioria das administrações em quatro ou oito anos.

Ucrânia

Trump deve ressaltar que deseja um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia. As desavenças entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, dominaram o noticiário nos últimos dias após um bate-boca entre os dois no Salão Oval na sexta-feira, 28. O clima ruim fez com que Trump anunciasse uma pausa na ajuda americana a Kiev, com os argumentos de que o presidente ucraniano não queria o fim da guerra.

Nesta terça-feira, 4, o presidente ucraniano mudou o tom e se disse disposto a negociar a paz. Em uma série de publicações na plataforma X, Zelenski afirmou que poderia concordar com um cessar-fogo parcial com a Rússia, que envolveria uma troca de prisioneiros e proibiria ataques de longo alcance à infraestrutura civil e energética.

Tarifas

O republicano também deve abordar o anuncio de tarifas de 25% em todos os produtos do Canadá e México, e de 10% em produtos chineses. O presidente americano vai defender a medida, apesar de um esperado aumento nos preços dos produtos que grande parte dos americanos compram- de café a tomates e gasolina.

Uma pesquisa recente da CBS News/YouGov mostra que 80% dos americanos querem que Trump se concentre na economia e na inflação, mas apenas 29% disseram que acham que ele está priorizando "muito" a inflação.

Burocracia federal

Trump também irá mencionar os bruscos cortes na burocracia federal. O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk, está desmantelando agências governamentais, reduzindo a força de trabalho federal e obtendo acesso a dados confidenciais do governo - tudo em uma tentativa, segundo o departamento, de "restaurar a democracia".

Mas a maior parte do que o Serviço DOGE dos EUA está fazendo sob o comando de Musk está sob escrutínio legal, com os tribunais analisando se isso viola as leis de privacidade, os direitos dos funcionários federais e os controles e equilíbrios da Constituição.

O DOGE agiu tão rapidamente que está sendo alvo de críticas cuidadosas até mesmo de alguns republicanos, preocupados com o fato de que os serviços básicos do governo - e a manutenção de ameaças contra o país - poderiam ser prejudicados. As pessoas que fazem a manutenção das armas nucleares dos Estados Unidos foram demitidas e depois recontratadas às pressas.