Exército exonera dois militares alvos da PF em investigação sobre planejamento de golpe

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Exército Brasileiro exonerou nesta quarta-feira, 14, dois militares que foram alvos, na semana passada, da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF), que investiga uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado após as eleições de 2022.

 

As exonerações foram assinadas pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva, na última quinta-feira, 8, no dia em que a operação da PF ser deflagrada. Porém, as publicações foram feitas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta.

 

Os militares exonerados são o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, que deixou o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia, e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, que foi removido do posto de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus.

 

Guilherme Marques de Almeida foi nomeado por Tomás Paiva para chefiar o batalhão de Goiânia no último dia 19. Em novembro, ele recebeu um salário bruto de R$ 27.417,60.

 

Já Hélio Ferreira Lima comandava a companhia desde junho do ano passado. Segundo o Portal da Transparência, a sua remuneração bruta em novembro foi de R$ 27.027.

 

Militares são investigados por estimular manifestações na frente dos quartéis

 

Na última quinta, a PF realizou 33 mandados de busca e apreensão, contra militares de alta patente, ministros e ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro é suspeito de ter sido o "artífice" de um golpe de Estado após perder as eleições presidenciais para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

A ordem para deflagrar a operação foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que mostrou em um relatório que os alvos da operação estavam planejando a execução de um golpe de Estado em uma organização formada por, pelo menos, seis diferentes tipos de atuação. As tarefas das frentes tinham três objetivos: desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, para manter a permanência de seu grupo no poder.

 

Guilherme e Hélio são citados no relatório da PF como membros de um "núcleo de desinformação e de ataques ao sistema eleitoral". A organização do núcleo serviria para "estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado".

 

Hélio também é apontado como integrante de um grupo que se reunia para manter as manifestações extremistas nas frentes dos quartéis após as eleições de 2022.

 

No dia da operação, os dois militares foram alvos de busca e apreensão, tiveram a suspensão do exercício das suas funções públicas e foram obrigados a entregar os seus passaportes para a PF.

Em outra categoria

O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.