Tarcísio abre 'casa' para Bolsonaro e reforça elo com padrinho político

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou fidelidade a Jair Bolsonaro (PL) durante participação no ato na Avenida Paulista, neste domingo, 25. Destaque na manifestação convocada pelo ex-presidente, Tarcísio afirmou, em discurso, que eles sempre estarão juntos. "Bolsonaro não é mais um CPF, não é mais uma pessoa, ele representa um movimento de todos aqueles que aprenderam e descobriram que vale a pena brigar pela família, pela Pátria e pela liberdade", declarou o governador.

 

Ao iniciar sua fala, Tarcísio disse que todos os presentes estavam com saudade de Bolsonaro e de vestir verde e amarelo. "Nós estamos aqui para celebrar o verde e amarelo, o amor ao nosso país e o estado democrático de direito, e entender os seus desafios."

 

Tarcísio discursou em nome dos outros governadores presentes no ato: Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina. Ao defender segurança jurídica e liberdade de expressão, de pensamento e de manifestação, o governador de São Paulo enalteceu Bolsonaro, de quem foi ministro da Infraestrutura: "Sempre defendeu a liberdade, acima de tudo".

 

BANDEIRANTES

 

Além de discursar na Paulista, Tarcísio cedeu o Palácio dos Bandeirantes - sede do governo do Estado - para Bolsonaro se preparar para o ato. O ex-presidente dormiu no local e usou o espaço para fazer reuniões com aliados sobre a manifestação convocada. No domingo, durante discurso no evento, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro agradeceu ao governador de São Paulo: "Abriu as portas da casa dele para nós".

 

O secretário-chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, Arthur Lima, fez um chamamento nas redes para o evento. "Venha fazer história no Ato pela Democracia", postou no Instagram o responsável pela articulação política de Tarcísio. Antes do ato, Tarcísio ainda recebeu Zema, Mello e o senador Rogério Marinho (PL-RN) para um almoço com ele e Bolsonaro no Bandeirantes.

 

Lançado pelo ex-presidente como candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio afirmou neste domingo que "não era ninguém" até Bolsonaro apostar nele. A relação dos dois, no entanto, ficou estremecida pelo fato de o governador adotar posturas divergentes das do ex-mandatário, como ao apoiar a reforma tributária. Em novembro, Bolsonaro disse que o aliado "dá suas escorregadas".

 

Tarcísio também virou alvo de bolsonaristas após participar de agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, porém, o governador buscou reforçar o elo com o ex-presidente. Dias após Bolsonaro ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal na investigação que apura suspeita de tentativa de golpe de Estado, Tarcísio saiu em defesa do ex-chefe e disse que não via elementos para responsabilizá-lo.

 

NUNES

 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se encontrou com Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes antes de deslocar para a Avenida Paulista. Pré-candidato à reeleição, Nunes contrariou líderes do partido e decidiu comparecer à manifestação como forma de consolidar o apoio do ex-presidente ao seu projeto de reeleição.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que não pretende aliviar as sanções que o país impõe sobre a Rússia antes da obtenção de um acordo de paz.

"Temos sanções sobre a Rússia", disse o presidente norte-americano, durante a primeira reunião de membros do gabinete de seu segundo mandato nesta quarta-feira, 26. "Primeiro preciso ver um acordo com a Rússia antes de falar sobre afrouxamento das sanções."

Os pilotos de um voo da Southwest Airlines que tentavam pousar no Aeroporto Midway, em Chicago nos Estados Unidos, foram forçados a subir de volta ao céu para evitar outra aeronave que cruzava a pista na manhã de terça-feira, 25.

Um vídeo da câmera do aeroporto postado no X mostra o avião da Southwest se aproximando da pista pouco antes das 9h, horário local, antes de arremeter abruptamente. Um jato menor é visto cruzando a pista que a aeronave de passageiros deveria usar.

O voo Southwest 2504 pousou com segurança "depois que a tripulação realizou uma arremetida preventiva para evitar um possível conflito com outra aeronave que entrou na pista", disse um porta-voz da companhia aérea em um e-mail. "A tripulação seguiu os procedimentos de segurança, e o voo pousou sem incidentes."

"Suas instruções foram para aguardar"

Uma gravação de áudio da comunicação entre o jato menor e a torre de controle registrou o piloto errando as instruções de um funcionário da torre de solo, que repetiu que o piloto deveria "aguardar antes" da pista. Cerca de 30 segundos depois, a torre ordenou que o piloto "mantivesse sua posição." Em seguida, o controlador disse: "FlexJet560, suas instruções foram para aguardar antes da pista 31 central".

Separadamente, uma gravação da comunicação entre a tripulação da Southwest e outro funcionário da torre de controle capturou o piloto relatando: "Southwest 2504 arremetendo" e seguindo as instruções para subir de volta a 3.000 pés. Segundos depois, o piloto perguntou à torre: "Southwest 2504, como isso aconteceu?"

O segundo avião, descrito como um jato executivo, entrou na pista sem autorização, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A Flexjet, dona da aeronave, afirmou estar ciente do ocorrido em Chicago.

"Flexjet segue os mais altos padrões de segurança e estamos conduzindo uma investigação minuciosa", disse um porta-voz em comunicado. "Qualquer ação necessária para garantir os mais altos padrões de segurança será tomada." Tanto a FAA quanto o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) afirmaram estar investigando o incidente.

"A tripulação estava distraída?"

O voo da Southwest partiu de Omaha, Nebraska, com destino ao Aeroporto Midway, segundo o site FlightAware. O áudio do controle de tráfego aéreo deixa claro que o jato executivo não seguiu a instrução clara de não cruzar a pista, afirmou Jeff Guzzetti, ex-membro do NTSB e ex-investigador da FAA.

Guzzetti classificou o caso como uma "incursão de pista muito grave", mas acrescentou: "no entanto, o céu não está caindo, pois o ano passado registrou o menor número de incursões graves em uma década". Em 2023, ocorreram 22 desses eventos, mas apenas sete em 2024, segundo dados da FAA. Diversos fatores podem contribuir para esses incidentes, disse Guzzetti: "A tripulação estava distraída? O controlador estava sobrecarregado?"

O Secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou na tarde de terça-feira no X que, enquanto NTSB e FAA investigam, uma coisa está clara: "É imperativo que os pilotos sigam as instruções dos controladores de tráfego aéreo. Se não o fizerem, suas licenças serão revogadas".

John Goglia, ex-membro do NTSB, disse que o quase acidente mostrou que "o sistema funcionou exatamente como foi projetado". Isso porque o piloto da Southwest percebeu que o outro avião não pararia a tempo, afirmou.

Os investigadores provavelmente examinarão fatores como a equipe presente na torre de controle e se as instruções foram claras. "Essas coisas acontecem", disse ele, mencionando possíveis falhas de comunicação, como um piloto ouvindo errado as instruções.

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