Com Lula, jantar de aniversário do PT tem samba de Teresa Cristina e Janja no 'parabéns'

Política
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O jantar em comemoração aos 44 anos do Partido dos Trabalhadores, na noite desta quarta-feira, 20, teve discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e participação de ao menos 12 ministros. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foi o único não filiado ao partido a subir ao palco.

 

A sambista Teresa Cristina, acompanhada do violonista Carlinhos Sete Cordas, interpretou músicas de artistas como Cartola, Zé Kéti, Noel Rosa e Paulinho da Viola. Já a primeira-dama, Janja Lula da Silva, cantou parabéns para o PT com um bolo nas mãos.

 

"Desculpa. Não ia fazer discurso, mas não posso ver um microfone", disse Lula, que discorreu sobre a história do partido e falou sobre assuntos caros aos petistas. O presidente classificou as ações de Israel na Faixa de Gaza como "carnificina" e "genocídio" e afirmou que sua geração não estava acostumada com "campanha de ódio". A composição da chapa presidencial com Alckmin, segundo Lula, foi uma demonstração de maturidade do partido.

 

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o partido precisa manter a política de frente ampla que adotou em 2022. "Vamos eleger muitos companheiros e companheiras de outros partidos", afirmou a parlamentar, em discurso.

 

Além de Alckmin, que acumula a Vice-Presidência com a chefia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, estavam presentes os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Nísia Trindade (Saúde), Esther Dweck (Gestão), Anielle Franco (Igualdade Racial), Margareth Menezes (Cultura), Luiz Marinho (Trabalho), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era aguardado, mas não havia chegado até o fim da noite desta quarta - a celebração entraria pela madrugada. Costa, torcedor fanático do Bahia, estava ansioso por causa do jogo contra o rival Vitória, válido pela Copa do Nordeste. Alckmin, como virou hábito desde que fechou a aliança com o antigo rival Lula, foi tietado por petistas.

 

O ex-ministro José Dirceu foi o mais assediado. Correligionários chegaram a fazer fila para abraçá-lo e tirar fotos. Garçons circulavam distribuindo água, refrigerante, cerveja, vinho e whisky, além de quitutes. Também era possível petiscar queijos e frios. O jantar tinha massa ao molho funghi, carne bovina e saladas.

 

O ingresso mais barato para o evento custou R$ 350, e o mais caro foi vendido a R$ 20 mil. A procura pelas entradas foi grande. O Broadcast Político soube de demora na impressão dos ingressos pelo excesso de vendas e de preocupações dos organizadores com o possível excesso de pessoas no Centro Internacional de Convenções de Brasília.

 

Houve uma rápida fila para entrar. Era necessário passar por detectores de metal por causa da presença de Lula. As portas se abriram às 20h. O presidente de Itaipu, Enio Verri, aguardou de pé na calçada a abertura do local por ao menos 30 minutos.

 

Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha vitoriosa de 2022, conversou com Costa. Luriam Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente, circulou pelo salão. Líder do governo no Senado e principal quadro do PT na Bahia, o senador Jaques Wagner ouviu de um petista de Carapicuíba (SP) que a população da cidade era em grande parte constituída por baianos e migrantes de outros Estados.

 

A maioria das mesas era redonda, com toalha branca e um vaso de flores e uma estrela vermelha do PT como enfeites. As mesas dos ministros eram retangulares e ficavam perto de uma porta lateral, por onde muitos deles chegaram. Lula sentou em uma dessas, ao lado de Janja. O advogado Marco Aurélio de Carvalho ficou próximo do casal.

Em outra categoria

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.

Lilian Moreno Cuéllar, juíza distrital de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, anulou nesta quarta, 30, a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por estupro e tráfico de pessoas, em um caso relacionado ao abuso de uma menor durante seu mandato. "Fica sem efeito qualquer mandado de rebeldia e ordem judicial de apreensão", diz a decisão judicial.

Lilian também determinou a suspensão de qualquer investigação sobre o caso, que corre em Tarija, no sul da Bolívia, e ordenou que o processo seja enviado para Cochabamba - onde Evo tem forte respaldo político e social.

Em outubro, o Ministério Público havia pedido a prisão do ex-presidente boliviano, de 65 anos, que desde então se refugiou em seu bastião político na região cocaleira do Chapare. De acordo com o MP, Evo começou um relacionamento com uma jovem de 15 anos em 2015, quando ele era presidente, e os pais dela consentiram com a união em troca de benefícios. A relação resultou no nascimento de uma filha, um ano depois. A jovem foi posteriormente identificada como Noemí Meneses, que hoje estaria com 25 anos.

Reação

A ordem judicial provocou reação dos críticos de Evo, em razão do histórico de Lilian, que entre 2012 e 2016 trabalhou no Serviço Nacional de Impostos e depois na Companhia Ferroviária Nacional (Enfe).

Lilian foi nomeada juíza pouco antes de Evo deixar o poder, em 2019, o que acabou levantando questionamentos sobre um conflito de interesses e acusações de proteção política ao ex-presidente boliviano.

Evo está inelegível desde 2023, quando a Justiça eleitoral vetou a reeleição indefinida - Evo foi presidente por quatro mandatos. Em fevereiro, no entanto, ele desafiou a sentença e anunciou sua candidatura presidencial nas eleições de 17 de agosto.

Ele se tornou opositor do atual presidente Luis Arce, transformado em desafeto e chamado de "traidor", depois que ambos desataram uma guerra pelo controle do partido Movimento ao Socialismo (MAS). Em março, o ex-presidente fundou seu próprio partido, o Evo Povo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornalista sueco Joakim Medin, preso em março após sua chegada à Turquia, foi condenado ontem a 11 meses de prisão por "insultar o presidente" turco, Recep Tayyip Erdogan, durante um protesto ocorrido em Estocolmo. A condenação foi suspensa logo em seguida, mas ele continuará detido por outra acusação, a de "pertencer a uma organização terrorista".

O repórter do jornal sueco Dagens ETC participou da audiência por videoconferência de sua cela na prisão de Silivri, oeste de Istambul. A Justiça turca o acusa de ter participado, em janeiro de 2023, de uma manifestação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em Estocolmo, capital sueca, durante a qual foi pendurado um boneco de Erdogan de cabeça para baixo, algo que o jornalista nega desde o início.

Medin reafirmou nesta quarta, 30, "não ter participado desse evento". "Eu estava na Alemanha a trabalho. Nem sabia dessa manifestação", declarou. Durante a audiência, o tribunal exibiu fotos tiradas em outra reunião, em agosto de 2023, em Estocolmo, quando a Turquia ainda bloqueava a entrada da Suécia na Otan.

"Nunca tive a intenção de insultar o presidente. Eu tinha a tarefa de escrever os artigos, e foram meus editores que escolheram as fotos", disse o repórter, destacando que Erdogan é "uma figura central" exibida nesses protestos.

Medin, de 40 anos, foi preso em 27 de março ao chegar à Turquia, onde iria cobrir as manifestações desencadeadas pela prisão, em 19 de março, do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, principal adversário político do presidente.

Violações

O jornalista relatou múltiplas violações de seus direitos básicos durante os estágios iniciais de sua detenção, incluindo o direito de acesso a um tradutor, a um advogado e a serviços consulares. Medin foi acusado de pertencer a uma organização terrorista, crime que poderia lhe render até nove anos de prisão e será julgado posteriormente, em data a ser definida.

Essa acusação baseia-se em publicações nas redes sociais, artigos e livros escritos "unicamente no âmbito de seu trabalho jornalístico", disse Baris Altintas, diretora da ONG turca de direitos humanos MLSA, que o representa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.