Deputado Dorinaldo Malafaia, da Frente de vacinação, denuncia Bolsonaro por fraude em cartão

Política
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O deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), que é o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vacina da Câmara dos Deputados, apresentou nesta quarta-feira, 20, uma representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Ministério Público Federal (MPF) por fraudar cartões de vacina contra a covid-19. Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, 19, pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.

 

De acordo com Malafaia, Bolsonaro cometeu "crimes contra a saúde pública" por ter deixado de se vacinar contra o coronavírus enquanto era presidente. O parlamentar pediu para que o MPF inicie uma investigação completa acerca das denúncias apresentadas pela PF contra o ex-chefe do Executivo.

 

"Jair Bolsonaro cometeu crimes contra a saúde ao deixar de se vacinar contra a covid-19 enquanto era presidente do Brasil. O não cumprimento das medidas de prevenção, como promover aglomerações e não usar máscara contribuiu para a disseminação da doença, configurando infrações graves contra a saúde pública", diz a denúncia do deputado.

 

Com o final das investigações sobre a fraude de cartões de vacinas, a apresentação de uma denúncia à Justiça pelo MPF é o próximo passo para que a investigação contra o ex-presidente prossiga. O Ministério Público pode dar andamento ao caso ou discordar da conclusão entregue pela autoridade policial.

 

Além de Bolsonaro, também foram indiciados outras 16 pessoas entre militares, servidores públicos e ex-assessores do ex-presidente. Segundo a PF, o ex-chefe do Executivo ordenou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, fraudasse o cartão dele e o da filha, Laura. As irregularidades investigadas pela corporação foram feitas nos sistemas de unidades de saúde de Duque de Caxias (RJ) e Cabeceiras (GO).

 

O indiciamento de Bolsonaro repercutiu na imprensa internacional, que destacou que o caso das fraudes nos cartões de vacina é apenas uma das investigações que miram Bolsonaro. O ex-presidente também é investigado pela organização de milícias digitais, por vender ilegalmente joias da Presidência da República e por planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

 

Nas redes sociais, políticos da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da oposição também comentaram sobre o indiciamento. Os aliados de Lula cobraram a punição do ex-presidente e dos seus aliados, enquanto políticos bolsonaristas buscaram minimizar as provas da PF.

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O plano proposto pelo Egito como alternativa à solução desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza visa reconstruir a região até 2030 mantendo a população local e a um custo de US$ 53 bilhões.

O documento de 112 páginas descreve um plano faseado, sendo a primeira etapa o início da remoção de munições não detonadas e a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de escombros deixados pelos bombardeios e ofensivas militares de Israel. Líderes do Oriente Médio estão reunidos no Cairo (Egito) para estabelecer o contraponto a Trump, que planeja a despovoação de Gaza para transformá-la em destino de praia.

Segundo o plano egípcio, centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias seriam instaladas em Gaza e a população poderia viver enquanto a reconstrução acontece. Os escombros seriam reciclados e parte deles seria usada como preenchimento para criar terras expandidas na costa mediterrânea de Gaza.

Nos anos seguintes, o plano prevê a remodelação completa da faixa, construindo moradias e áreas urbanas "sustentáveis, verdes e caminháveis", com energia renovável. A ideia é renovar terras agrícolas, criar zonas industriais e, também, áreas amplas de parques.

Infraestrutura

O plano também prevê a abertura de um aeroporto, um porto de pesca, e um porto comercial.

De fato, o acordo de paz de Oslo, da década de 1990, já exigia a abertura de um aeroporto e um porto comercial em Gaza. Esses projetos murcharam quando o processo de paz entrou em colapso.

A cúpula organizada pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah El-Sissi, teria incluído líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, cujo apoio é essencial para qualquer plano pós-guerra. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chefe da autoridade apoiada pelo Ocidente e oponente do Hamas, participou.

Comando

O Hamas cederia o poder a uma administração interina de políticos independentes até que uma Autoridade Palestina reformada pudesse assumir o controle.

De sua parte, Israel descartou qualquer atuação da Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas. O Hamas, que não aceita a existência de Israel, disse que está disposto a ceder o poder em Gaza a outros palestinos, mas não desistirá de suas armas até que haja um Estado Palestino. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.