Aliado de Sarrubbo fica em primeiro na eleição para chefe do MP, mas decisão será de Tarcísio

Política
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O Ministério Público de São Paulo definiu neste sábado, 13, a lista tríplice para procurador-geral de Justiça. O cargo foi ocupado nos últimos quatro anos pelo procurador Mário Luiz Sarrubbo que, após dois mandatos consecutivos, se aposentou em março para assumir a Secretária Nacional de Segurança Pública no Ministério da Justiça.

Os dois candidatos apoiados por ele, José Carlos Cosenzo e Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, ficaram em primeiro e terceiro lugar, respectivamente, com 1.004 e 731 votos.

O segundo colocado, com 987 votos, foi o procurador Antonio Da Ponte, da oposição.

A votação foi aberta às 9 horas. Em menos de duas horas, 74% promotores e procuradores já tinham votado. Às 15 horas, 98% dos votos estavam registrados. O sistema é eletrônico.

A eleição terminou às 17 horas e, em poucos minutos, o resultado foi anunciado.

"Gostaria de agradecer os candidatos pela lisura com que procederam", disse o procurador-geral em exercício Fernando José Martins ao proclamar o resultado.

A lista com os três candidatos mais votados já foi encaminhada ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele tem 15 dias para anunciar sua escolha.

Tarcísio não é obrigado a nomear o primeiro colocado. Ou seja, na prática, quem ganha a eleição interna não necessariamente leva o cargo.

A Associação Paulista do Ministério Público, que representa os promotores e procuradores de Justiça do Estado, enviou um ofício ao governador pedindo que ele escolha o candidato mais votado.

Cinco procuradores disputaram o topo da instituição. Paulo Sérgio de Oliveira e Costa e José Carlos Cosenzo tiveram o apoio do ex-procurador-geral. Sarrubbo foi reeleito com a maior votação da história das eleições do MP e reconduzido em 2022.

Depois de uma sequência de disputas marcadas por embates acirrados, a oposição abriu mão de uma candidatura, e o procurador venceu sem sequer enfrentar candidatos competitivos, o que o tornou um importante cabo-eleitoral.

Já os procuradores José Carlos Bonilha e Antonio Da Ponte concorreram na oposição e a procuradora Tereza Exner, ex-corregedora-geral do Ministério Público, se colocou como uma candidata "independente".

Além de administrar o Ministério Público, o procurador-geral de Justiça tem a atribuição de investigar deputados estaduais, prefeitos e até o governador que o nomeia.

Veja os votos de cada candidato

Cosenzo (1.004)

Da Ponte (987)

Paulo Sérgio (731)

Tereza Exner (508)

José Carlos Bonilha (467)

A diferença entre o primeiro e o segundo colocados foi de 17 votos, ou seja, menos de 1%.

Pela regra eleitoral do MP, cada promotor pode votar em três candidatos. Cerca de dois mil membros da instituição estão aptos a participar da eleição.

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