Pré-candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo usa camiseta pedindo impeachment de Moraes

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Marina Helena (Novo) usou, nesta quarta-feira, 24, uma camiseta pedindo "impeachment de Alexandre de Moraes já". Ela diz, em publicação no Instagram, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é suspeito de abuso de poder e "censura", "problemas urgentes do Brasil atual".

A roupa foi usada por Marina para uma entrevista à Rádio Bandeirantes em que declarou que "não se trata de ser contra o STF, mas defendê-lo de ministros que sabotam a reputação da Corte". De acordo com a pré-candidata, a "democracia é não ter medo de pedir o impeachment de autoridades".

Marina defende ainda que "suspeitos de abuso de poder" sejam "devidamente investigados" e que "a liberdade de expressão é a principal liberdade em toda e qualquer democracia". "Ninguém está acima da lei nesse país", declarou a pré-candidata que, de acordo com pesquisa Datafolha de março deste ano, tem 7% das intenções de voto na capital paulista.

Na mesma pesquisa, o deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL, apareceu com 30% e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), com 29% da preferência do eleitorado. Tabata Amaral (PSB) tem 8% e Kim Kataguiri (União) 4% das intenções de votos.

Já no levantamento Atlas/CNN divulgado nesta quarta-feira, 24, Marina Helena aparece com 3,5% das intenções de voto, contra 35,6% de Boulos, 33,7% de Nunes, 14,17% de Tabata e 9,45 de Kim.

Alexandre de Moraes passou a ser acusado de "censura" por grupos de direita no início deste mês quando o empresário dono do X (antigo Twitter) e da Tesla, Elon Musk, disse que as determinações de suspensão de perfis de investigados por atos antidemocráticos da plataforma ordenadas pelo ministro "violam a lei brasileira".

Além disso, o "Twitter Files Brazil", um conjunto de documentos internos da rede social, alega que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o próprio órgão tentaram "censurar" parlamentares e transformar as políticas de moderação de conteúdo do X em uma arma contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No último dia 17, um relatório apresentado por parlamentares do Partido Republicano dos Estados Unidos, que inclui 88 decisões do STF e do TSE, também acusou a existência de uma "campanha de censura". Para os deputados americanos, o documento expõe "como um governo pode justificar a censura em nome do combate ao chamado 'discurso de ódio' e à 'subversão' da 'ordem'".

Como reação às críticas do bilionário, Moraes incluiu Musk como investigado no inquérito das milícias digitais e determinou uma investigação a parte para investigar se o bilionário cometeu obstrução de Justiça "inclusive em organização criminosa e incitação ao crime". Já na última sexta-feira, sem citar nomes o magistrado afirmou que a Justiça Eleitoral brasileira está acostumada "a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia".

Os embates entre o ministro do STF e o empresário alimentaram o discurso de parlamentares aliados ao ex-presidente de que há "perseguição à direita" e "tirania" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na Câmara, deputados tentam redefinir a "liberdade de expressão" para "ampliar o direito".

Em outra categoria

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 6, que "está ansioso" para se encontrar com o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, mas criticou duramente a relação econômica entre os dois países. "Não consigo entender uma simples VERDADE - Por que os EUA estão subsidiando o Canadá em US$ 200 bilhões por ano, além de dar a eles PROTEÇÃO MILITAR GRATUITA e muitas outras coisas?", questionou em publicação na Truth Social.

Trump ainda listou uma série de produtos canadenses que, em sua visão, os EUA não precisariam importar: "Não precisamos de seus carros, não precisamos de sua energia, não precisamos de sua madeira, não precisamos de NADA do que eles têm, exceto de sua amizade, que espero que sempre mantenhamos". Em contrapartida, afirmou que o Canadá "precisa de TUDO de nós".

A publicação foi feita na iminência de um encontro entre o republicano e Carney na Casa Branca. A reunião, segundo Trump, deve ser marcada por essa discussão: "O primeiro-ministro chegará em breve, e essa será, muito provavelmente, minha única pergunta de consequência".

O líder conservador do partido CDU da Alemanha, Friedrich Merz, conseguiu ser eleito o 10º chanceler da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial na segunda rodada de votação realizada no Parlamento alemão nesta terça-feira, 6. Merz perdeu na primeira votação e havia dúvidas sobre a capacidade do líder alemão vencer a nova votação ainda hoje, depois da derrota histórica desta manhã.

Merz recebeu 325 votos no segundo turno. Ele precisava de uma maioria de 316 dos 630 votos em votação secreta, mas recebeu apenas 310 votos no primeiro turno - bem abaixo das 328 cadeiras de sua coalizão.

Segundo a Presidente do Bundestag, Julia Klöckner, a cerimônia de nomeação do conservador deve ocorrer ainda nesta tarde, por volta das 17h (horário local).

*Com informações da Associated Press.

Os quatro aeroportos internacionais ao redor de Moscou suspenderam temporariamente os voos nesta terça-feira, 6, após forças da Rússia interceptarem mais de 100 drones da Ucrânia, que foram disparados contra quase 12 regiões russas na segunda noite consecutiva de ofensivas em que a capital russa é supostamente alvo, de acordo com o Ministério da Defesa em Moscou. Outros nove aeroportos regionais do país também interromperam brevemente suas operações.

O ataque de drones ameaçou o cessar-fogo unilateral, anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, que deve durar 72 horas, para coincidir com as celebrações em Moscou do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da China, Xi Jinping, e outros líderes mundiais se reunirão na capital russa nesta quinta-feira.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia instou países estrangeiros a não enviarem representantes militares para participar do desfile. Fonte: Associated Press.