Deputado federal Gustavo Gayer compara nordestinos a galinhas

Política
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O deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Goiânia (GO), Gustavo Gayer (PL-GO), comparou os nordestinos a galinhas que recebem migalhas do Estado. O discurso foi dado durante um evento em que o parlamentar participou no dia 24 de maio deste ano para discutir projeto que trata do Sistema Nacional de Educação (SNE). O vídeo viralizou nas redes sociais apenas no último final de semana.

 

Gayer conta uma parábola em que Josef Stalin, ex-político da União Soviética, é contestado sob a alegação de que se continuasse matando a pessoas, haveria rebelião e revolta. Nesse momento, Stalin teria pegado uma galinha, colocado ela em baixo de seu braço e começando a arrancar as penas do animal, que ficou gritando e perdendo sangue.

 

Quando a galinha estava quase sem penas, já sofrendo, Stalin jogou a ave no chão, tirou algumas migalhas do bolso e ela comeu. Após isso, o soviético pegou a galinha novamente, que estava mansa e, depois de sair do local, ela teria ido atrás dele.

 

"Essa história representa o que a esquerda faz com o Brasil, e principalmente o que a esquerda faz como o nordeste", afirma o deputado.

 

Ele enaltece o nordeste dizendo que é a terra mais linda do Brasil e com o povo mais "amigável, generoso, trabalhador e maravilhoso", porém em decorrência dos níveis de alfabetização, os cidadãos estariam em um "calabouço ideológico".

 

"É só para olhar o Ideb da Bahia, é só olhar o Ideb [índice de Desenvolvimento da Educação Básica] do Nordeste, o nível de alfabetização daqui, do Maranhão, dos Estados do Nordeste. Eles fizeram para o Nordeste o que Stalin fez com a galinha", comunica.

 

O deputado dá ainda exemplos de políticas públicas que, segundo ele, são migalhas que os nordestinos aceitam. "Ah, ele me dá cesta básica. Ele me deu R$ 300, o governo me deu R$ 300... Estão dando migalhas para uma população cada vez mais depenada!", declara.

 

Em sua rede social X (antigo Twitter), após o vídeo se tornar viral e ganhar espaços em jornais, ele afirma, nesta segunda-feira, 10, que não mentiu na declaração.

 

O vídeo com a declaração do deputado federal Gustavo Gayer pode ser conferido aqui.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.