Marçal provoca, Tabata rebate e o relaciona a estelionato

Política
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O influenciador e pré-candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou em uma postagem nas redes sociais que a deputada federal Tabata Amaral (PSB) não pode ser prefeita da capital paulista por não ser casada. "Não sabe o problema de um casamento. Não sabe o problema do que é ter um filho", afirmou. Em resposta, a parlamentar relacionou o possível adversário no pleito de outubro a diversas polêmicas.

 

"Eu nunca fui condenada por fazer parte de uma quadrilha de roubo de banco. Nunca gastei tempo e dinheiro do Corpo de Bombeiros com a minha irresponsabilidade. Eu nunca fiz um funcionário correr até a morte por parada cardíaca numa brincadeira sem sentido. Não sou ex-coach messiânica, nem expedicionária fracassada, nem estelionatária", afirmou.

 

Marçal chegou a ser condenado, em 2010, por participar de uma quadrilha que desviou dinheiro de bancos. Sua pena foi extinta em 2018 por prescrição. Ele negou que tinha conhecimento dos atos ilícitos.

 

No ano passado, Bruno da Silva Teixeira, de 26 anos, funcionário da X Grow, uma das empresas criadas por Marçal, morreu após participar de uma "maratona surpresa" de 42 km.

 

Outro episódio de grande repercussão envolvendo Marçal foi uma expedição que ele guiou até o Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, em janeiro de 2022. O percurso, de 2.420 quilômetros, é considerado difícil, exige equipamentos específicos e preparo físico. As 32 pessoas que acompanhavam Marçal e ele próprio precisaram ser resgatados por uma operação dos Bombeiros. Na época, uma ordem judicial proibiu que ele realizasse novas expedições similares sem autorização prévia da Polícia Militar.

 

Não é a primeira vez que Marçal direciona ataques contra a deputada. Anteriormente, ele disse que Tabata não aguentaria administrar uma cidade como São Paulo. No vídeo em que responde ao influenciador, a deputada afirma ainda que ele precisa falar do que interessa à população paulistana. "Esse cidadão nunca fez nada pela educação, nunca botou R$ 1 na saúde de São Paulo. Se bobear, nem acredita em mudanças climáticas. Nunca ocupou um cargo público", disse Tabata.

 

Pesquisa

 

Em pesquisa divulgada pelo instituto Paraná Pesquisas ontem, Marçal aparece com 10% das intenções de voto - atrás do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que registram 28,5% e 25,9%, respectivamente. Já Tabata aparece na quarta posição com 8,7%. Considerando a margem de erro do levantamento, Tabata e Marçal estão tecnicamente empatados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O jornal americano The New York Times defendeu nesta sexta-feira, 28, que o presidente Joe Biden desista da candidatura à reeleição, depois do desempenho ruim no debate da quinta-feira, 27, com o republicano Donald Trump.

Em editorial, o jornal diz que Biden deve desistir porque a possibilidade de vitória de Trump é um risco à democracia americana.

O jornal disse ainda que o republicano tenta sistematicamente minar a integridade das eleições desde as eleições de 2020 e prepara uma agenda para um possível segundo mandato que pode lhe dar o poder de realizar as mais extremas de suas promessas e ameaças.

"Se voltar ao cargo, ele prometeu ser um tipo diferente de presidente, sem restrições pelos controles de poder incorporados ao sistema político americano" diz o texto.

Isso, argumenta o Times, é o suficiente para que Biden se afaste. Segundo o diário, o público americano precisava se certificar de que o presidente estava à altura das formidáveis exigências do cargo, mas estava estava claro que Biden não é o homem que era há quatro anos.

"O presidente era na noite de ontem a sombra do grande servidor público que foi. Ele se esforçou para explicar o que realizaria em um segundo mandato. Teve dificuldades para responder às provocações de Trump. Esforçou-se para responsabilizar Trump por suas mentiras, seus fracassos e seus planos assustadores. Mas, por mais de uma vez, teve dificuldade apenas para chegar ao final de uma frase", critica o jornal.

"Biden tem sido um presidente admirável. Sob sua liderança, a nação prosperou e começou a enfrentar uma série de desafios de longo prazo, e as feridas abertas pelo Sr. Trump começaram a cicatrizar. Mas o maior serviço público que o Sr. Biden pode prestar agora é anunciar que não continuará concorrendo à reeleição. Da forma como está, o presidente está comprometido com uma aposta imprudente", conclui.

Depois de obter sua primeira vitória legislativa com a aprovação da Lei de Bases o presidente da Argentina, Javier Milei, enviará ao Congresso uma proposta de lei que reduz a maioridade penal de 16 para 13 anos de idade, informaram os ministérios da Justiça e da Segurança nesta sexta-feira, 28.

"Essa nova lei combaterá o persistente crescimento da criminalidade juvenil, um dos maiores desafios para a prosperidade da nossa nação", disse o Ministério da Justiça em comunicado. "É de conhecimento público que o crime organizado se aproveita de crianças e adolescentes para cometerem delitos sem restrições, evitando assim a responsabilidade penal".

O projeto oficial estipula que menores de 13 a 18 anos cumprirão suas penas em "estabelecimentos especiais ou seções separadas de estabelecimentos penitenciários, sob a direção de pessoal qualificado". A pena máxima não deve ultrapassar os 20 anos e a partir de dois terços da pena cumprida, o tribunal poderá determinar que "se prosseguirá com algumas das medidas alternativas", que não foram especificadas pelo governo.

No caso de penas de três a seis anos, se não houver morte de vítima, violência física ou psíquica grave sobre as pessoas, lesões gravíssimas e o menor não seja reincidente, a pena pode ser substiuída por medidas como, por exemplo, advertência, proibição de dirigir veículos, proibição de sair do país, prestação de serviços comunitários e monitoramento eletrônico.

Sob o conceito de "Critério de Oportunidade", o promotor poderá dispensar "total ou parcialmente da ação penal" se a pena for inferior a seis anos e não houver outras circunstâncias, como a morte da vítima, lesões gravíssimas e existência de outros processos.

"A lei (penal juvenil) vigente atualmente é da década de 1980. A juventude de hoje não é comparável à de mais de quatro décadas atrás", argumentou o Ministério da Justiça.

Um dos pontos mais controversos da iniciativa refere-se aos menores de 13 anos. "Nos casos de menores não imputáveis (aqueles que têm menos de 13 anos), o juiz ainda investigará a existência e as circunstâncias de um ato ilícito e a suposta intervenção de terceiros. Nestes casos, o juiz realizará uma avaliação psicológica, um relatório ambiental, dará intervenção a outros organismos. Diante do risco de o menor incorrer em novos delitos, também poderá ordenar sua internação para sua readaptação social", diz o documento.

Além de a insegurança estar entre os temas que mais preocupam os argentinos junto com a inflação e o desemprego, o projeto para estabelecer uma nova lei penal juvenil promete um intenso debate no Congresso, especialmente pela resistência de partidos da oposição de esquerda. O governo possivelmente buscar consensos na oposição centrista, assim como aconteceu com as reformas econômicas que levaram seis meses para sua sanção.

Um dia após o debate entre os candidatos à presidência, dois ex-presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama e Bill Clinton, expressaram apoio ao atual, Joe Biden, após o desempenho do democrata no debate com o republicano Donald Trump ampliar a pressão para que o líder da Casa Branca desista de buscar a reeleição.

"Noites de debate ruins acontecem. Confie em mim, eu sei", escreveu no X (antigo Twitter), em aparente referência ao primeiro embate com o então candidato republicano, Mitt Romney, na disputa de 2012. Na ocasião, Obama foi considerado derrotado no debate.

"Mas esta eleição ainda é uma escolha entre alguém que lutou pelas pessoas comuns durante toda a sua vida e alguém que só se preocupa consigo mesmo", acrescentou, em uma crítica a Trump. "A noite passada não mudou isso, e é por isso que há tanta coisa em jogo em novembro", concluiu.

Bill Clinton

Pouco tempo após mensagem de Obama, Bill Clinton reiterou apoio ao atual presidente, Joe Biden.

"Deixarei a avaliação sobre o debate para os especialistas, mas aqui está o que sei: os fatos e a história importam", escreveu, em publicação no X (antigo Twitter).

Para Clinton, nos últimos três anos, Biden demonstrou "liderança sólida" ao recuperar o país da pandemia, criar novos empregos e fazer progressos no combate às mudanças climáticas, além de reduzir a inflação. "Isso é o que está realmente em jogo em novembro", destacou.