Gilmarpalooza: saiba qual ministro de Lula levou a maior comitiva para Lisboa

Política
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Ao todo, 160 autoridades dos três Poderes e outros 20 assessores foram para Lisboa, em Portugal, para acompanhar o Fórum Jurídico de Lisboa, promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e, por conta disso, conhecido em Brasília como "Gilmarpalooza". A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi a integrante da Esplanada que levou a maior comitiva, com quatro subordinados acompanhando a ida dela para a Europa.

Além de Anielle, os quatro servidores do Ministério da Igualdade Racial (MIR) que embarcaram para Lisboa foram: as assessoras Andressa Vieira Almeida e Josiara Barbosa Diniz Leite, a Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Regina de Lima e Silva, e a chefe de Assessoria Internacional, Paula Cristina Pereira Gomes.

Todos os cinco representantes do ministério de Anielle tiveram diárias custadas pelo dinheiro do contribuinte. Somados, a quantia paga pelo erário foi de R$ 42,1 mil. Apenas Márcia Regina recebeu R$ 16,1 mil - ela tem outras agendas na Europa além do evento em Lisboa. A ministra, por sua vez, ganhou R$ 7,4 mil.

A programação oficial do "Gilmarpalooza" inclui palestras, entre a quarta-feira, 26, e esta sexta-feira, 28, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que é uma das organizadoras do evento. O evento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual Gilmar Mendes é sócio, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para além das exposições, o evento é famoso pelas conversas de bastidores, jantares e coquetéis oferecidos por empresas.

No evento promovido por Gilmar, representantes de 12 empresas que possuem ações em tramitação no STF participaram como palestrantes. Há processos relatados pelo próprio magistrado. Por meio de nota, as entidades e a Corte negaram a existência de conflitos de interesse.

Levantamento do Estadão mostrou que os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo já pagaram pelo menos R$ 1,34 milhão em diárias e passagens a servidores públicos e autoridades que viajaram para o evento promovido pelo ministro. A estimativa é parcial, tendo em vista que a maioria dos portais da transparência ainda não publicou informações sobre o dinheiro gasto para completar a ida e a volta da travessia do Atlântico.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), comandado por Luciana Santos, foi o segundo que mais enviou mais representantes para o evento em terras lusitanas. Além da chefe da pasta, o MCTI mandou para Lisboa o chefe da Assessoria Internacional, Carlos Eduardo Higa Matsumoto, e a chefe da Assessoria do Cerimonial, Lucielen Franciane Correa Barbosa.

Mesmo com menos representantes que o ministério de Anielle, o MCTI foi o que mais gastou dinheiro público nas agendas na Europa. Ao todo, as autoridades receberam R$ 52,9 mil em diárias. Do total, R$ 40,4 mil foi apenas para custear a estadia de Luciana Santos.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), chefiado pelo ministro Wellington Dias, o Ministério da Educação (MEC), encabeçado pelo ministro Camilo Santana, e a Advocacia-Geral da União (AGU), liderado por Jorge Messias, mandaram dois representantes cada.

Os ministros Vinícius Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU), e Alexandre Silveira, das Minas e Energia, foram para o "Gilmarpalooza" representando os seus ministérios. Fernanda Rodrigues de Morais, foi quem foi a servidora do Ministério das Cidades presente no Fórum Jurídico. Na pasta de Jader Filho, ela é chefe da consultoria jurídica.

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Em meio às tensões políticas e econômicas crescentes entre Canadá e Estados Unidos, a Moosehead Breweries, cervejaria mais antiga do Canadá, fundada em 1867, lançou um produto que, segundo ela, ajudará os canadenses a navegar pelos próximos quatro anos de incerteza política. Trata-se de um "super-engradado" com 1.461 latas de cerveja de 473 ml cada, denominado de "Pacote Presidencial".

Segundo a empresa, o pacote traz cerveja suficiente "para passar por um mandato presidencial completo" - 1 lata por dia para cada um dos quatro anos de Donald Trump no poder, embora o nome do presidente dos Estados Unidos não seja citado diretamente no material de lançamento do produto.

"Se o início de 2025 nos ensinou alguma coisa, é que será preciso determinação para superar quatro anos de incerteza política - e que melhor maneira de passar por cada dia do que com uma cerveja verdadeiramente canadense", afirmou Karen Grigg, diretora de marketing da Moosehead, em um comunicado à imprensa.

O "super-engradado" só está disponível para moradores de Ontário, Nova Brunswick e Nova Escócia, no Canadá. O valor é de US$ 3.500 (dólares canadenses), o equivalente a R$ 13,8 mil. Segundo as regras da empresa, ele só será produzido por encomenda,e após o pagamento, a entrega será feita e até 60 dias após a compra.

Ainda no comunicado à imprensa, a diretora de marketing da empresa afirma que a Moosehead foi fundada em 1867, o mesmo ano em que o Canadá foi fundado. "E assim como o Canadá , passamos por muita coisa ao longo dos nossos 158 anos e perseveramos. Embora não possamos prever como serão os próximos quatro anos, temos a sensação de que este grande pacote será útil", diz a executiva, no comunicado.

Ainda segundo a nota, o pacote é dedicado "ao espírito dos canadenses trabalhadores". "Embora quatro anos possam parecer muito tempo, juntos, seguiremos em frente, como sempre fazemos. Um dia, uma cerveja bem merecida de cada vez", diz o texto.

O Hamas reafirmou "total compromisso" com o cessar-fogo no conflito contra Israel e disse estar pronto para "iniciar imediatamente" as negociações para a segunda fase do acordo. A mensagem, que foi transmitida pelo Telegram nesta segunda-feira, 10, menciona que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está "obstruindo a implementação do acordo por motivos pessoais e políticos".

Na mensagem, o Hamas afirma que o acordo de paz foi mediado por intermediários e que cumpri-lo é a única maneira de garantir a libertação dos prisioneiros. "A linguagem da chantagem e das ameaças de guerra por parte da ocupação criminosa Israel não surtirá efeito. O único caminho é a negociação e o respeito ao acordo; qualquer outra abordagem prejudicará o destino dos prisioneiros", menciona.

Fortes chuvas inundaram grandes extensões da costa leste da Austrália no final de semana, e 195 mil residências e empresas continuam sem energia elétrica nesta segunda-feira, 10. Uma pessoa morreu e várias outras ficaram feridas desde o início das enchentes formadas pelo ciclone Alfred.

Dois caminhões que levavam 36 militares para auxiliar nas operações capotaram no sábado, 8, em Lismore, em Nova Gales do Sul, deixando 13 deles feridos. Apenas um parmanecia internado, com ferimentos leves.

O ciclone Alfred, que tocou o solo no sábado, 8, provocou fortes chuvas em cerca de 400 quilômetros do litoral australiano. Um homem teve o seu carro arrastado na sexta-feira, 7, após a queda e uma ponte. Várias árvores e linhas de energia foram derrubadas.

Com o enfraquecimento do vento e da chuva, as autoridades emitiram alertas de inundações nas zonas afetadas, localizada entre os Estados de Queensland e Nova Gales do Sul. Na cidade de Ipswich, a oeste de Brisbane, foi emitido um alerta devido ao risco de transbordamento de um rio, à noite.

A cidade de Brisbane, capital de Queensland, foi atingida por 30 centímetros de chuva num período de 24 horas, segundo informações dos serviços meteorológicos.

À noite, os serviços de emergência resgataram 17 pessoas das águas que se formaram na região, segundo disse David Crisafulli, chefe do governo estadual. "Pedimos para que as pessoas se mantenham alertas para a perspectiva de mais inundações durante o dia", acrescentou.

"Este evento está longe de terminar", afirmou o primeiro ministro Anthony Albanese, em uma entrevista a jornalistas na cidade de Lismore, uma das afetadas pelas inundações. Ele ainda advertiu aos moradores dos Estados afetados que evitem viajar para áreas inundadas: "ee está inundado, esqueça".

Os serviços de fornecimento de energia elétrica informaram que mais de 185 mil clientes, entre empresas e residências, ficaram sem luz em Queensland, e outros 10 mil em Nova Gales do Sul. Um porta-voz da empresa Essential Energy informou que estão sendo empregados helicópteros para avaliar as áreas atingidas pelo corte no fornecimento.

Incomum

Normalmente os ciclones atingem o norte tropical de Queensland, mas são incomuns no canto sudeste temperado e densamente povoado do Estado, que faz divida com Nova Gales do Sul.

Brisbane, terceira cidade mais populosa da Austrália, localizada à sudeste de Queensland, normalmente não registra ciclones. A tempestade, que tinha potencial para causar danos significativos, acabou tendo ventos máximos sustentados de menos de 63 km/h.

Havia preocupação de que pudesse resultar em inundações muito mais devastadoras do as que estão ocorrendo, semelhantes às que ocorreram no leste da Austrália em 2011 e em vários eventos em 2022, que resultaram na morte de mais de 20 pessoas.