Datena lista condições para não desistir de candidatura em SP

Política
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O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) não descartou a possibilidade de desistir mais uma vez de uma pré-candidatura, agora a de prefeito da capital paulista. "Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso? Desde o começo, falei: se me sacanearam, eu desisto mesmo", disse.

Datena, que já desistiu de pré-campanhas em quatro ocasiões desde 2015, por razões diversas, citou a possibilidade a exemplo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, que renunciou à reeleição no domingo, 21. A entrevista do pré-candidato a prefeito foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, 22.

Os tucanos realizarão a convenção partidária, que oficializa os candidatos do partido, no sábado, 27, com uma semana de antecedência em relação à data marcada inicialmente. Isso fez com que o evento coincida com a convenção do PSB, que oficializará a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) como candidata a prefeita pela sigla.

Datena foi cotado nos últimos meses para ser vice na chapa da deputada, tendo participado inclusive do lançamento da pré-campanha, mas em abril migrou do PSB para o PSDB e não cravou que manteria a intenção de formar chapa com a parlamentar.

Na entrevista, Datena citou quatro condições para não desistir desta vez. Veja quais são:

Esperando aclamação

Ao falar sobre a convenção partidária de seus concorrentes, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), Datena disse que espera ter um evento igual, com aclamação do partido.

"Eu gostaria de ter uma convenção igual à deles. Vai ser tudo por aclamação. Não foi lá? O maior festão", respondeu, acrescentando que "tem que ser aclamado pelo voto do povo".

'Encher o saco na convenção'

Questionado sobre qual é sua vontade de ser confirmado candidato na convenção tucana, em um índice entre 0 a 10, ele respondeu que a vontade é máxima. Mas avisou que não quer que "encham seu saco".

"Se sábado eu sentir que os caras vão me encher o saco na convenção, eu não vou. Acabou. Essas convenções vão ser por aclamação e com gente pesada. Se a nossa for porrada para todo lado, no que vai me ajudar?", questionou.

'Sacanagem' do partido

Datena afirmou que está sendo alvo de "sacanagens", sobretudo da ala do partido que preferia estar no projeto à reeleição de Nunes. "Boa parte do partido debandou para o Ricardo Nunes. Dinheiro e cargo", afirmou o apresentador, referindo-se à mudança de vereadores tucanos durante a janela partidária.

"Se continuar essa sacanagem de que o partido está conversando com outras pessoas para colocar dentro do partido sem me avisar, eu não vou ser candidato", disse.

Divergências e 'tiro pelas costas'

"Está tudo certo morrer com um tiro no peito vindo do PCC ou de quem quer que seja, porque não vou usar colete à prova de balas. Mas morrer com um tiro nas costas dentro do partido? Não precisa me aclamar, mas também não precisa atirar pelas costas."

Questionado sobre que tiro foi esse, Datena deu como exemplo uma ocasião, em entrevista à Rádio CBN, em que um de seus assessores de pré-campanha o contradisse ao afirmar ser fundamental aumentar o número de radares na cidade. Datena já havia se colocado contra os equipamentos de fiscalização de velocidade, os chamando de "uma grande sacanagem".

"Por exemplo, foi um cara falar sobre trânsito na Rádio CBN me representando e disse 'o Datena está errado'. Por que eu sou contra radar? Isso não é com o objetivo de educar o povo e reduzir acidentes. Se o partido quiser que eu seja candidato, ele que demonstre", disse.

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Incêndios devastadores estão assolando a área de Los Angeles, alimentados pelos fortes ventos e fazendo com que os moradores fujam das casas em chamas. Milhares de bombeiros estão lutando contra pelo menos três incêndios separados nesta quarta-feira, 8, desde a costa do Pacífico até Pasadena.

Com um número estimado de 1.000 estruturas destruídas e as chamas ainda se espalhando, o incêndio é o mais destrutivo da história de Los Angeles, de acordo com as estatísticas mantidas pela Wildfire Alliance, uma parceria entre o corpo de bombeiros da cidade e a MySafe:LA.

Através da rede social Truth, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o governador Gavin Newscum se recusou a assinar a declaração de restauração da água apresentada a ele, que teria permitido que milhões de galões de água, provenientes do excesso de chuva e do derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia.

"Agora o preço final está sendo pago. Exigirei que esse governador incompetente permita que a água doce, limpa e bonita flua para a Califórnia!", escreveu Trump.

*Com informações da Associated Press

A Dinamarca está "aberta ao diálogo" com os Estados Unidos para salvaguardar seus interesses no Ártico, afirmou nesta quarta-feira, 8, o chanceler do país nórdico, após Donald Trump ter dito que não descartava o uso da força para tomar o território autônomo dinamarquês.

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Trump disse antes do Natal que o controle da Groenlândia era "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo". Em uma coletiva em Mar-a-Lago, ele não descartou o uso da força para anexá-la, o que provocou preocupação e surpresa em Copenhague, assim como em outras capitais europeias.

No entanto, Løkke Rasmussen pediu calma. "Não é necessário dizer em voz alta tudo o que você pensa", disse o ministro. "Eu tento trabalhar com base nas realidades e acredito que todos deveríamos nos fazer um favor, diminuindo um pouco nosso ritmo cardíaco", acrescentou.

Também abordando os comentários de Trump em uma entrevista à emissora dinamarquesa TV2, a primeira-ministra Mette Frederiksen disse que não acreditava que os Estados Unidos usariam poder militar ou econômico para garantir o controle sobre a Groenlândia.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu em tom sarcástico que a América do Norte, incluindo os Estados Unidos, poderia ser chamada de "América Mexicana", em resposta a fala do presidente eleito americano, Donald Trump, que demonstrou desejo de renomear o Golfo do México como "Golfo da América".

"Por que não chamamos a América do Norte de América Mexicana? Isso soa bonito, não é verdade?", defendeu Sheinbaum em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, enquanto mostrava um mapa com um desenho de 1607 da América do Norte e dizia que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente desde então.

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