TCU aponta falhas no sistema ministerial e defende aprimorar a segurança cibernética

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou nesta quarta-feira, 31, que há indícios de "falhas sistêmicas" no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). O programa, que é o canal oficial de pagamentos da União, é gerido pelo Tesouro Nacional e serve para registro e acompanhamento orçamentário de recursos do Governo Federal.

 

Em abril deste ano veio a público que o Siafi foi invadido e que, a partir disso, R$ 14 milhões foram desviados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Justiça Eleitoral. A quantia tinha como destino original a empresa pública de tecnologia Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

 

Após a invasão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), protocolou um requerimento à Corte solicitando informações a respeito do caso. No documento, o deputado levanta uma séries de questionamentos para saber o que já estava e o que seria feito sobre o problema.

 

A apresentação do TCU é em resposta a essas perguntas. O órgão informa que já existe uma investigação em fase inicial em que o Ministério Público de Contas pede que o Tribunal atue em colaboração com a Polícia Federal (PF), com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e com o Banco Central (BC) para identificar como ocorreram as violações. Porém, a Corte diz aguardar o relatório do incidente que ainda não foi enviado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

 

"Neste momento, aquele processo se encontra em fase de saneamento, aguardando resposta à diligência endereçada à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Após o término da coleta das evidências, este Tribunal apreciará a representação", diz trecho do documento.

 

A Corte informa que, por enquanto, o STN afirma que o Siafi passou por "diversas alterações" e que uma nova arquitetura de segurança fora proposta. Entretanto, o TCU também aponta que, na última semana, houve um "incidente grave" em que hackers atacaram o Sistema Eletrônico de Informação (SEI) e que isso afetou seu uso por repartições públicas, como ministérios, o Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Casa da Moeda.

 

"O incidente tratado neste feito não constitui ocorrência isolada, já que o Poder Público tem enfrentado um aumento na frequência e na intensidade dos ataques cibernéticos, capazes de ocasionar enormes prejuízos ao erário e à eficiência da atividade estatal", relata.

 

O TCU conclui argumentando que "há a necessidade urgente de aprimoramento na segurança cibernética estatal", pois o avanço da digitalização dos documentos, processos e procedimentos no meio público precisa ter uma gestão de risco com mapeamento dos "possíveis eventos desfavoráveis e suas respectivas probabilidades e impactos", além de criar mecanismos para evitar esses incidentes ou diminuir as novas ocorrências e os efeitos que possam causar.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 22, que, caso não haja um acordo para encerrar o "ridículo" conflito entre Rússia e Ucrânia, não terá "outra escolha a não ser impor altos níveis de impostos, tarifas e sanções sobre qualquer coisa vendida pela Rússia para os Estados Unidos".

"Vamos acabar com esta guerra, que nunca teria começado se eu fosse presidente, de uma vez por todas! Podemos resolver isso da forma fácil ou difícil - e a forma fácil é sempre melhor", publicou o presidente dos EUA em sua própria rede social, a Truth Social.

Na mesma postagem, Trump pediu que os países negociem e cheguem a uma solução, alertando que o conflito "só vai piorar" caso não seja resolvido rapidamente.

"Vou fazer à Rússia, cuja economia está fraquejando, e ao presidente Putin, um grande favor", escreveu o republicano. "Não estou tentando prejudicar a Rússia. Amo o povo russo e sempre tive uma relação muito boa com o presidente Putin. Nunca devemos esquecer que a Rússia nos ajudou a vencer a Segunda Guerra Mundial", completou.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, alertou nesta quarta-feira, 22, para os múltiplos riscos associados às redes sociais e afirmou que as plataformas contribuem para uma erosão do sistema democrático. Em discurso durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Sánchez disse que as redes distorceram os objetivos originais, de criar um ambiente favorável ao diálogo.

Para ele, o debate político online troca o rigor e a complexidade das análises pelo imediatismo. "Isso tem nos transformado em uma a sociedade cada vez mais dividida e fácil de ser manipulada", pontuou.

O premiê espanhol acusou as empresas que operam as mídias sociais de trabalharem para amplificar mensagens com as quais concordam, em detrimento dos argumentos opostos.

"Vamos fazer as redes sociais grandes outra vez", declarou, em uma referência ao slogan "Make America Great Again" do presidente dos EUA, Donald Trump.

Neste cenário, Sánchez informou que pretende propor à União Europeia o fim do direito ao anonimato na internet e uma transparência sobre os algoritmos que sustentam as plataformas. O primeiro-ministro também almeja aprovar a responsabilização pessoal dos donos das redes sociais pelo conteúdo.

Questionado sobre as relações com o presidente americano, Donald Trump, o premiê ressaltou que uma guerra comercial não do interesse da União Europeia nem dos EUA.

Para ele, os laços transatlânticos devem ser ainda mais fortalecidos.

Sánchez chamou atenção para a tentativa da UE de se aproximar de outras regiões e destacou que o acordo comercial com o Mercosul é importante.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agiu na terça-feira, 21, para acabar com as políticas de ação afirmativa na contratação de pessoal para o governo. Todas as equipes de diversidade, equidade e inclusão da Casa Branca serão colocadas em licença remunerada.

A medida veio um dia depois de Trump assinar um decreto que desmonta os programas de diversidade e inclusão do governo. Segundo o presidente americano, as contratações passarão a ser baseadas estritamente no mérito, sem o que chamou de "discriminação" que seria imposta pelas ações afirmativas.

Trump também ordenou a retirada de páginas do governo na internet sobre o assunto e o encerramento de treinamentos relacionados à diversidade. Fonte: Associated Press.