Tabata registra candidatura à prefeitura de SP e declara patrimônio igual ao de 2022

Política
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A deputada federal Tabata Amaral (PSB) registrou sua candidatura à Prefeitura de São Paulo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira, 12. No registro, a candidata declarou ser dona de patrimônio de R$ 556.700,29.

 

A maior parte do patrimônio declarado pela candidata diz respeito a uma aplicação de renda fixa (Certificado de Depósito Bancário, o CDB, RDB e outros) no Banco do Brasil, que totalizam R$ 492.785,80. Além disso, Tabata também declarou um depósito bancário em conta corrente no País, também no Banco do Brasil, no valor de R$ 63.914,49. Ao contrário de outros candidatos, ela não declarou imóveis ou veículos em seu nome.

 

Os valores declarados pela candidata são exatamente os mesmos declarados na última eleição, em 2022, quando concorria à reeleição como deputada federal - ocasião em que saiu vitoriosa. A declaração de Tabata foi diferente no pleito de 2018, quando declarou ter o valor de R$ 122.942,98 em bens e aplicações. Na comparação, seu patrimônio cresceu 352,8% entre sua primeira disputa eleitoral e a atual.

 

Em 2018, ano em que disputava pela primeira vez a posição na Câmara dos Deputados, ela havia declarado R$ 88.526,05 em ações e investimentos, R$ 7.248,34 em aplicações de renda fixa, R$ 4.221,96 na caderneta de poupança e R$ 22.946,63 em outras aplicações não especificadas.

 

Patrimônio de Lúcia França

 

A vice de Tabata, Lúcia França (PSB) declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 770.003,12. Quase o total do valor declarado vem de aplicação em Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), um tipo de plano de previdência: R$ 698.022,12. Além disso, a professora também soma R$ 56.600,00 em quotas sociais de empresas e R$ 14.628,70 em aplicação de renda fixa.

 

Descrito como 'outros bens', sem especificar se são aplicações ou depósitos bancários em uma instituição financeira, a candidata a vice declarou ter R$ 693,53 e R$ 57,77. Lúcia também possui um depósito bancário em conta corrente no valor de R$ 1,00.

 

Nas eleições de 2022, quando concorria a vice-governadora de São Paulo na chapa do então candidato Fernando Haddad (PT), o patrimônio declarado por Lúcia era 5,5% menor, de R$ 727.120,28. Na época, a esposa de Márcio França (PSB) declarou R$ 565.000,00 em VGBL, R$ 70.000,00 em empréstimos e R$ 59.400,00 em participações empresariais.

 

Descritos como 'outras aplicações e investimentos', Lúcia declarou ter R$ 19.313,84. Já em fundos de investimentos de renda fixa, o valor declarado foi de R$ 13.206,44. Ela também havia declarado, em 'outros bens e direitos', também sem detalhamento, o montante de R$ 200,00.

 

Programa pontua cidadão que reciclar lixo, participar de eventos culturais e ir à academia

 

Tabata apresentou seu plano de governo com cerca de 230 propostas para a capital paulista, divididas em 35 eixos temáticos - que passam por segurança pública, cracolândia, prevenção de desastres e outros assuntos mais recorrentes do pleito paulistano, como saúde e educação.

 

Um dos programas citados no documento é o 'passaporte da cidadania', que cria um sistema de pontos para o cidadão que participar de programações culturais, frequentar academias municipais, entregar lixo reciclável em ecopontos e comparecer a consultas médicas, por exemplo.

 

A ideia da candidata é, a partir dos pontos acumulados nesse 'passaporte', conceder descontos na compra de livros, de ingressos de museus, peças de teatro e jogos de futebol e em outras atividades do setor cultural para promover o desenvolvimento econômico do eixo, segundo o plano de governo.

 

Essa sugestão faz parte do eixo temático do plano de governo de Tabata, que visa estimular o 'uso democrático' de equipamentos culturais a partir do incentivo a visitas nesses espaços.

 

Com proposta parecida, Marina Helena (Novo) já sugeriu a criação de um 'cashback esportivo', em que o cidadão que realizasse atividades físicas seria recompensado com prêmios ou vales de descontos de empresas parceiras deste programa.

 

Dentro do eixo temático do plano de Tabata que fala sobre a cracolândia, a deputada sugere a criação de uma espécie de 'distrito eletrônico' na Santa Ifigênia, bairro central de São Paulo onde se encontram esses dependentes químicos. A proposta aproveitaria a presença de 'atores comerciais de TI e materiais eletrônicos' na região para atrair a atenção de startups, incubadoras e aceleradoras. A ideia é um complemento a outro ponto do plano, que fala sobre 'ressignificar o uso dos territórios ocupados pela cracolândia.'

 

A campanha vê, ainda, de acordo com o documento, que os problemas de segurança urbana da cidade de São Paulo exigem esforço de todas as esferas de governo - municipal, estadual e federal - para serem solucionados. Por isso, defende a criação de um sistema integrado, entre a prefeitura e o governo do Estado, para as taxas de criminalidade da capital.

 

Segurança pública e os crimes cometidos na cidade são apontados como o problema mais grave de São Paulo por 29% dos eleitores, conforme pesquisa Genial/Quaest divulgada no fim de junho. As menções ao tema superam assuntos que são comumente debatidos em eleições municipais, como saúde (17%), educação (5%) e transporte público (5%).

 

Ainda na tentativa de reativar a economia de setores específicos, a candidata do PSB anunciou a criação do 'SP 24 horas', programa focado nas atividades noturnas da cidade. Estariam englobados pelo projeto os negócios e serviços que funcionam durante a madrugada, como transporte público, bares e restaurantes, telemarketing e atividades de aplicativos, como de entrega de comida e de deslocamento urbano.

 

Como mostrou a Coluna do Estadão nesta segunda, entre as promessas da deputada federal, também está a criação do SP Empreendedor, programa de crédito voltado a pequenos empreendedores com taxas subsidiadas pela Prefeitura. De acordo com o plano de governo protocolado, o SP Empreendedor ofereceria crédito entre R$ 500,00 e R$ 5.000,00, e a concessão só seria feita após uma capacitação do empreendedor sobre gestão financeira e negócios. Não há detalhes, porém, do teto de empréstimos nem o quanto a Prefeitura iria gastar com os juros subsidiados.

 

Na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, 8, Tabata aparecia com 7% das intenções de voto. O prefeito da capital paulista Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) estão empatados tecnicamente na liderança: Nunes tem 23% e Boulos, 22%. O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) e o empresário Pablo Marçal, do PRTB, têm 14% cada.

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Um caça sul-coreano lançou acidentalmente oito bombas em uma área civil durante um treinamento nesta quinta-feira, 6, ferindo sete pessoas. As bombas MK-82 lançadas "anormalmente" pelo caça KF-16 caíram fora do alcance de tiro, causando danos civis não especificados, disse a força aérea em comunicado.

A nota informa ainda que a força aérea estabelecerá um comitê para investigar por que o acidente aconteceu e examinar a escala dos danos. O jato estava participando de exercícios de tiro real conjuntos junto ao Exército.

A Força Aérea pediu desculpas por causar danos civis e expressou esperanças por uma rápida recuperação dos feridos além de oferecer ativamente indenização e outras medidas necessárias para as vítimas.

O comunicado não detalhou onde o acidente aconteceu, mas a mídia sul-coreana relatou que as bombas foram lançadas em Pocheon, uma cidade perto da fronteira com a Coreia do Norte.

A agência de notícias Yonhap relatou que cinco civis e dois soldados ficaram feridos. A agência disse que as condições de dois dos feridos eram sérias, mas não fatais.

A afirmação de Donald Trump, em seu discurso ao Congresso, na terça-feira, 4, de que a Groenlândia será dos EUA "de uma forma ou de outra", foi criticada ontem pelos líderes políticos groenlandeses. Naaja Nathanielsen, ministra de Recursos Naturais e Justiça da ilha, que pertence à Dinamarca, disse que as falas mostram uma "falta de respeito" com as pessoas.

O premiê Mute Egede voltou a dizer que a ilha não está à venda. "Os americanos e seu presidente deveriam entender isso", disse. De acordo com uma pesquisa encomendada pelo jornal dinamarquês Berlingske, em janeiro, 85% dos groenlandeses não querem que a Groenlândia faça parte dos EUA.

A Suprema Corte dos EUA rejeitou nesta quarta-feira, 5, o pedido de Donald Trump para congelar US$ 2 bilhões em ajuda externa, parte dos esforços do governo para cortar gastos. Foi a primeira grande decisão do tribunal contra a Casa Branca desde a volta do presidente ao poder. Isso ocorreu apesar de Trump ter indicado três dos nove juízes, formando uma maioria conservadora de 6 a 3.

Ontem, o recurso de Trump foi negado por 5 votos a 4 - os conservadores John Roberts e Amy Coney Barrett se juntaram às três magistradas progressistas para manter a decisão de uma instância inferior exigindo que o governo fizesse pagamentos em contratos que já foram concluídos, invalidando o decreto assinado em 20 de janeiro, que suspendia a ajuda internacional por 90 dias.

Na decisão, a Suprema Corte determina que o juiz federal Amir Ali, que ordenou o restabelecimento dos pagamentos pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e pelo Departamento de Estado, esclareça "quais obrigações o governo deve cumprir".

"Um único juiz de um tribunal distrital, que provavelmente não tem jurisdição, tem o poder irrestrito de obrigar o governo dos EUA a pagar (e provavelmente perder para sempre) US$ 2 bilhões dos contribuintes?", argumentou o conservador Samuel Alito, na declaração dissidente, assinada pela minoria. "A resposta a essa pergunta deveria ser um enfático 'não', mas a maioria deste tribunal, aparentemente, pensa o contrário. Estou chocado."

Cortes de gastos

O governo suspendeu a ajuda externa no dia da posse de Trump. Beneficiários e ONGs entraram com duas ações judiciais contestando o congelamento dos fundos, alegando inconstitucionalidade - as dotações orçamentárias são um poder do Congresso e cabe ao Executivo apenas cumpri-las.

Os grupos que contestaram o governo argumentaram que os fundos congelados causariam uma série de crises, ameaçando cuidados médicos essenciais ao redor do mundo, deixando alimentos apodrecendo em armazéns, arruinando negócios, colocando em risco a propagação de doenças e causando instabilidade política.

"É devastador o impacto dessa conduta ilegal em empresas grandes e pequenas, forçadas a encerrar seus programas e demitir funcionários; em crianças famintas ao redor do mundo que ficarão sem nada; em populações ao redor do mundo enfrentando doenças mortais; e em nossa ordem constitucional", escreveram os advogados do Global Health Council, organização que representa grupos de saúde, em um dos processos.

O juiz Amir Ali, do Tribunal Distrital Federal em Washington, nomeado pelo presidente Joe Biden, emitiu uma ordem de restrição temporária, em 13 de fevereiro, proibindo funcionários do governo de suspender os pagamentos alocados antes de Trump assumir o cargo. Na decisão, ele disse que o governo não ofereceu nenhuma explicação para a suspensão total da ajuda que o Congresso havia determinado.

A Casa Branca alegou que tinha o direito de analisar caso a caso as doações e contratos de ajuda e interromper ou aprovar os gastos. Em uma decisão de 25 de fevereiro, o juiz Ali ordenou que o governo pagasse US$ 1,5 bilhão em trabalhos de ajuda já concluídos. Ele estabeleceu um prazo até meia-noite do dia seguinte. Em resposta, o Departamento de Justiça entrou com um recurso de emergência na Suprema Corte, alegando que o juiz havia excedido sua autoridade - argumento rejeitado ontem.

Campanha

O presidente está decidido a cortar gastos do governo federal com a ajuda do homem mais rico do mundo e maior doador de sua campanha, Elon Musk. Um dos seus objetivos é cortar a ajuda da Usaid, que tem programas de saúde e emergência em cerca de 120 países e é responsável por mais de 40% da ajuda humanitária mundial.

Em decreto assinado em 20 de janeiro, Trump suspendeu temporariamente milhares de programas para avaliar se eles estão "totalmente alinhados com a política externa do presidente dos EUA". No passado, ele já disse que a Usaid é "administrada por lunáticos radicais", enquanto Musk descreveu a agência como uma "organização criminosa". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.