Em início de campanha, Tabata Amaral critica gestão Nunes na área da educação

Política
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A candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, deputada federal Tabata Amaral, criticou a administração do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), destacando que, apesar de a capital paulista contar com um dos maiores orçamentos do País, a educação municipal apresenta os piores índices em anos. As declarações foram feitas nesta sexta-feira, 16, em uma escola de Brasilândia, bairro periférico da zona norte, durante o primeiro compromisso oficial de sua campanha.

"Não é normal o que aconteceu nos últimos três anos [com a educação]. Foi a capital que mais caiu em alfabetização, pior do que na pandemia, pior do que a média do Brasil. Isso nunca aconteceu com São Paulo. É tão grave que nos perguntamos se não há outras coisas que não estamos sabendo. Tenho alguns palpites. Primeiro, uma influência política partidária muito grande na indicação dos cargos da educação. Muita denúncia de corrupção, máfia das creches, parcelamento de contratos", disse.

Ao lado de sua vice, Lúcia França (PSB), a candidata visitou a Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Milton Campos, que registrou a pior nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da cidade. "Escolhi essa escola para iniciar a campanha por um motivo: a educação sempre esteve no centro da minha trajetória política".

Em seguida, Tabata se encontrou com mães de alunos e apresentou suas propostas para a educação - principal mote de sua campanha. A parlamentar não apenas prometeu que a escola se tornará uma das "melhores da cidade", mas também firmou esses compromissos em um documento, garantindo que o registrará em cartório.

"Essa será uma das primeiras escolas a receber tudo o que estamos propondo: campeonatos de matemática, robótica, xadrez, e cursos livres. E temos o compromisso de que, a cada ano, toda escola municipal enviará seu melhor aluno para um intercâmbio no exterior", pontuou.

A candidata também prometeu educação básica em tempo integral, além de afirmar que pretende abrir as escolas municipais no fim de semana e à noite como forma "de integrar a comunidade".

Críticas a Marçal

Em seguida, Tabata visitou uma empresa de confecção de roupas no Pari, também na zona norte de São Paulo. Em seu discurso para as costureiras, prometeu uma campanha sem "baixarias" e elogiou os Centros Educacionais Unificados (CEUs), uma iniciativa da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), que agora é candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).

Tabata também criticou o comportamento do candidato Pablo Marçal (PRTB), mencionando uma pesquisa qualitativa realizada durante o debate promovido pelo Estadão para ilustrar a estratégia de seu adversário político. "A estratégia dele é ser o bobo da corte, gerar cortes para ganhar dinheiro às custas do povo e fazer seu nome para uma futura candidatura a deputado? Talvez ele tenha êxito nisso. Mas, se a estratégia dele é falar com nossa população, tenho pouca convicção de que ele terá sucesso." "Se pegar na qualitativa, eu fui a que conquistou mais votos: 6 dos 15, se não me engano. E ele foi o candidato mais rejeitado", completou.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.