'Nem Bolsonaro confia em você', diz Tabata a Pablo Marçal durante debate em SP

Política
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A deputada federal Tabata Amaral (PSB) criticou a estratégia do oponente Pablo Marçal (PRTB), que não respondeu às perguntas dela no debate promovido pela revista Veja nesta segunda-feira, 19, e afirmou que nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confia no empresário. Marçal usou o tempo durante o confronto para ler seu programa de governo e sugerir que os eleitores acompanhassem seus perfis nas redes sociais.

"Nem o Bolsonaro confia em você. Falou nessa semana que você é igual produto estragado", disse a deputada. Apesar de não ser o candidato apoiado pelo ex-presidente, Marçal buscou se aproximar de Bolsonaro - que apoia a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) - já durante à pré-campanha.

A deputada se referiu a uma reportagem do site UOL, publicada neste sábado, 17, que afirma que o ex-presidente enviou uma mensagem à lista de transmissão dele no WhatsApp, reafirmando o apoio ao atual prefeito e criticando Marçal.

"Certas coisas você não precisa experimentar para saber que é um produto estragado. Meu candidato em São Paulo é Ricardo Nunes. Jair Bolsonaro", diz o texto encaminhada com um vídeo de 2022, em que o ex-coach compara Bolsonaro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A menção ao ex-presidente foi feita em meio ao questionamento de Tabata sobre os motivos que a população teria para confiar em Marçal, citando situações em que ele colocou em risco a vida de funcionários. Em janeiro de 2022, o então coach promoveu uma expedição em que ele guiou um grupo até o Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, e o evento terminou com o resgate das 33 pessoas pelos Bombeiros.

O empresário fugiu do questionamento, usando o tempo de resposta para falar de propostas de seu governo, sem apresentar detalhes. "Depois eu respondo aí, e pede o direito de resposta para a gente falar de mais propostas", disse o candidato, que usou como estratégia durante todo o debate chamar os espectadores para suas redes sociais, onde, segundo ele, responderia a todas as perguntas.

Tabata continuou: "Quando a gente olha para o seu redor, o que a gente vê é a equipe do Doria. Pesquisem quem é Wilsinho, que está com ele, Filipe Sabará. Até a calça está mais apertadinha. Você acha que o Bolsonaro lhe rejeita porque você é o Doria 2.0?", disse se referindo a Wilson Pedroso, ex-secretário de João Doria, que deixou a campanha de Nunes para assumir a coordenação da campanha de Marçal.

O empresário rebateu afirmando que o governo do ex-governador de São Paulo e ex-prefeito da capital está "acabando agora". "Ele apoia as mesmas coisas que vocês, porque vocês são de esquerda. Nós vamos ser o governo que é voltado para o povo. Você, seu filho, vão ter oportunidade, ter educação financeira, inteligência emocional", respondeu, se dirigindo aos telespectadores.

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O governo de Cuba, sem dinheiro, ordenou o fechamento de empresas e locais de trabalho considerados como não essenciais em uma tentativa de reduzir o consumo de eletricidade e limitar os apagões generalizados que duram cerca de cinco horas e estão afetando milhões de moradores do país.

O primeiro-ministro, Manuel Marrero, disse que a escassez de combustível, os problemas de manutenção nas usinas de energia do país e a crescente demanda por eletricidade exigiram "medidas severas" para evitar um apagão total.

Aulas e atividades culturais foram suspensas, mas hospitais e centros de processamento de alimentos foram autorizados a operar. Fonte: Dow Jones Newswires

O presidente russo Vladimir Putin, que está sob ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), afirmou nesta sexta-feira, 18 que não virá ao Brasil para participar da Cúpula do G20 para não "perturbar" a reunião, que está marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

"Entendemos perfeitamente que, incluindo ou excluindo o fator TPI, toda a discussão será apenas sobre isso. E isso perturbaria o trabalho do G20. Para quê? Somos adultos!", declarou Putin durante um encontro com jornalistas estrangeiros.

Em março de 2023, o TPI emitiu um mandado de prisão contra Putin por supostamente deportar crianças ilegalmente desde que as forças de seu país começaram a ofensiva na Ucrânia em 2022. Os países-membros do TPI, como o Brasil, são teoricamente obrigados a prendê-lo se ele entrar em seus territórios.

No entanto, no início de setembro, Putin foi recebido na Mongólia, também membro do TPI, sem ser preso. O tribunal com sede em Haia lembrou que seus países-membros têm a "obrigação" de prender pessoas sujeitas a um mandado de prisão. Na prática, entretanto, o TPI não tem força coercitiva própria.

Nesta semana, o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, pediu às autoridades brasileiras que cumprissem o mandado internacional de prisão caso Putin viesse ao País. No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a afirmar que Putin poderia se sentir tranquilo em participar do encontro, pois não seria preso no País.

"O que eu posso dizer é que, se eu sou o presidente do Brasil e se ele for para o Brasil, não há por que ele ser preso", afirmou Lula em entrevista ao canal indiano Firstpost em Nova Délhi, em outubro de 2023.

O Kremlin, que não reconhece o TPI, sempre rejeitou com firmeza as acusações do tribunal contra o presidente russo.

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse que planeja conversar nesta sexta-feira, 18, com Benjamin Netanyahu, depois que o primeiro-ministro israelense ligou para ele após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar.

"Ele não era uma boa pessoa, essa é a minha reação", disse Trump aos repórteres que perguntaram sobre a morte de Sinwar.

Trump revelou que planejava retornar a ligação de Netanyahu. "Estou feliz que Bibi tenha decidido fazer o que tinha que fazer. Está indo muito bem", complementou. Fonte: Dow Jones Newswires