Vamos isentar de impostos os empresários que vierem para a zona leste de SP, diz Boulos

Política
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O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, prometeu na tarde deste sábado, 24, isentar de impostos os empresários que resolverem instalar empresas na zona leste da capital paulista. A promessa da Boulos se deu na esteira de duras críticas que o candidato fez ao adversário e candidato à reeleição, prefeito Ricardo Nunes (MDB).

"Aqui em São Miguel, eu quero assumir um compromisso com vocês. A zona leste já foi tratada como cidade dormitório, onde o povo só morava e tinha que trabalhar muito longe. Hoje, apesar da zona leste ter se desenvolvido, ainda tem muita gente que tem que sair daqui e ficar duas horas no ônibus lotado para ir trabalhar lá no centro. E por isso, como nós temos um prefeito que não cuidou da zona leste, não cuidou do desenvolvimento, o compromisso que eu quero assumir com vocês é que o nosso governo, a partir de 1º de janeiro do ano que vem, nós vamos trazer emprego e oportunidade para a zona leste da cidade", prometeu Boulos.

"Pra quem mora aqui poder trabalhar perto da sua casa, nós vamos chegar para o presidente Lula, para as empresas, e dizer o seguinte: olha, você hoje tá lá no centro, se você vier pra zona leste, para a periferia da cidade, nós vamos apoiar, dar crédito, isentar de impostos", acrescentou. "Vamos dar o apoio para os empresários que queiram gerar emprego na zona leste, para que vocês não precisem ficar todo dia sofrendo o que sofrem hoje. É o cuidado que nós vamos ter com a periferia da zona leste", disse Boulos.

A promessa de isenção de impostos feita por Boulos se deu sobre o mesmo palanque do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem empenhado esforços para cortar gastos e estimular a arrecadação tributária - o que inclui um pente-fino nos incentivos que, ainda hoje, são dados a setores empresariais no País.

Boulos voltou a repetir fala que fez em comício pela manhã em Campo Limpo, zona sul da capital paulista, quando disse que não permitirá a permanência "deste incompetente na Prefeitura, nem deixar que o marginal chegue perto da Prefeitura" ao se referir ao prefeito Ricardo Nunes e ao candidato Pablo Marçal (PRTB).

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Um homem da Flórida foi preso na quarta-feira, 20, acusado de um plano para "reiniciar" o governo dos Estados Unidos, plantando uma bomba na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) esta semana e detonando-a com um dispositivo controlado remotamente, de acordo com o FBI. Harun Abdul-Malik Yener, 30, de Coral Springs, Flórida, foi acusado de tentar usar um explosivo para danificar ou destruir um edifício.

O FBI começou a investigar Yener em fevereiro com base em uma dica de que ele estava armazenando "esquemas de fabricação de bombas" em um armazém.

Eles encontraram esboços de fabricação de bombas, muitos relógios com temporizadores, placas de circuito eletrônico e outros eletrônicos que poderiam ser usados para construir dispositivos explosivos. Ele também pesquisou na internet informações relacionadas à fabricação de bombas desde 2017.

Yener disse ainda a agentes disfarçados do FBI que queria detonar a bomba na semana anterior ao Dia de Ação de Graças e que a Nyse seria um bom alvo de ataque. "A Bolsa de Valores, queremos atingir isso, porque isso vai acordar as pessoas", ele disse aos agentes disfarçados, de acordo com documentos judiciais. Fonte: Associated Press.

A Força Aérea da Ucrânia emitiu nesta quinta-feira, 21, alerta de ataques de novos ataques e pediu que a população busque abrigo. Mais cedo, os militares disseram que o país havia sido alvo de um míssil balístico intercontinental disparado pela Rússia.

A ofensiva acontece em meio à escalada das tensões no conflito que se arrasta há quase três anos, depois que os Estados Unidos deram aval para que Kiev use armas de longa alcance contra os russos.

Em resposta, o Kremlin atualizou a sua doutrina nuclear e acentuou os ataques contra os ucranianos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, recepcionaram o presidente da China, Xi Jinping, no Palácio Itamaraty na noite desta quarta-feira, 20. A recepção ocorre após ambos terem se reunido e firmado 37 acordos, porém, sem adesão formal à nova Rota da Seda.

A chegada ocorreu por volta das 18h40. Após a recepção de Lula e Janja, o líder chinês cumprimentou o vice-presidente Geraldo Alckmin, a segunda dama, Lu Alckmin, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco, e a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco do Brics, Dilma Rousseff. Também estão previstos ministros e autoridades no jantar.

O dia de Lula foi focado na visita do chinês. Às 10h, o petista recepcionou o líder no Palácio da Alvorada, que foi seguida de uma reunião bilateral entre ambos e, depois, um encontro ampliado. No começo da tarde, houve uma agenda de assinatura de atos e uma coletiva de imprensa.

Entre os acordos assinados hoje, está uma parceria conjunta de investimentos criada sob medida para evitar os desgastes geopolíticos que uma adesão plena à Iniciativa Cinturão e Rota (conhecida como a Nova Rota da Seda) poderia trazer ao País. Na prática, isso quer dizer que os dois países desenvolverão projetos e investimentos conjuntos.

Do lado chinês, a parceria contará com a execução, no Brasil, de alguns projetos presentes na Rota da Seda. Já do lado brasileiro, estão previstas parcerias com o plano Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana e o Plano de Transformação Ecológica.

Discursos

Na fala desta manhã, Xi Jinping pediu apoio de Lula para que o Brasil defenda o "verdadeiro multilateralismo" ante a "confrontação" e a "hegemonia", na esteira da eleição do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos. O líder chinês realiza uma visita de Estado a Brasília e discursou no Palácio da Alvorada. O petista disse que ambos países privilegiam o diálogo em um mundo de conflitos e tensões.

"A China está disposta a trabalhar com o Brasil para defender firmemente o verdadeiro multilateralismo. Juntos, vamos emitir uma voz alta da nova era e buscar desenvolvimento, cooperação e justiça em vez de pobreza, confrontação e hegemonia. E vamos construir um mundo melhor", afirmou o líder, sem menção direta ao norte-americano.